Resumen
Este artigo trata do funcionamento discursivo dos modos de designar o sujeito que está na rua. Partindo da análise das formas lingüísticas convocadas na enunciação da relação do sujeito com o espaço, mostramos como a política de sentidos da língua marca sua própria organização sintática por uma filiação ao discurso urbano. Carregado pelos sentidos da administração, o modo urbanizado de olhar para a cidade se transfere, por sua vez, para a circulação/fixação do sujeito na cidade. Ao mesmo tempo, pelo jogo de paráfrases entre as diferentes designações, observamos a irrupção do social onde a estrutura da língua se inscreve na história para significar.
Citas
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