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Espaços de solidão, estados de liminaridade: cidade e as ressonâncias da modernidade em A Cidade Onde Envelheço e O Homem das Multidões
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Palavras-chave

Cinema Brasileiro. Modernidade. Filosofia. Cidade.

Como Citar

COSTA, Wendell Marcel Alves da. Espaços de solidão, estados de liminaridade: cidade e as ressonâncias da modernidade em A Cidade Onde Envelheço e O Homem das Multidões. RUA, Campinas, SP, v. 24, n. 1, p. 85–101, 2018. DOI: 10.20396/rua.v24i1.8652439. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8652439. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem como proposta analisar o cinema como reconhecimento dos mundos sociais que coexistem na representação fílmica das relações afetivas na cidade de Belo Horizonte – MG. Entende-se aqui que o cinema fornece um acervo de imagens que ilustram situações sociais que podem ser consideradas como ressonâncias da modernidade. Para efeito de análise empírica, privilegiaremos a apreciação dos longas-metragens O Homem das Multidões (Marcelo Gomes e Cao Guimarães, 2013) e A Cidade Onde Envelheço (Marília Rocha, 2016), e discutir quais os elementos que estão presentes nas narrativas desses filmes para a compreensão das questões sobre solidão, afetividades, memórias e identidadesencenadas na cidade, sob a ótica dos estudos sobre a modernidade.Diante desse contexto, conduzimos o debate a partir das reflexões sobre os aspectos do cinema como um objeto referente da prática social, e da cidade como um lugar da intensificação das matrizes fundamentais da modernidade. Logo, o potencial do cinema em representar determinadas realidades sociais também contribui para dimensionar as questões postas neste trabalho sobre o viver no urbano, quando oportuniza reconhecer os mundos sociais através do dispositivo imagético que congrega elementos filosóficos das ressonâncias da modernidade.

https://doi.org/10.20396/rua.v24i1.8652439
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