Resumen
Alinhando três abordagens – a produção social do espaço e a forma urbana em Lefebvre, a experiência empírica do corpo no espaço em Debord e De Certeau e a ação coletiva em Tilly – o trabalho busca analisar as formas de apropriação cotidiana dos espaços do Setor Comercial Sul (SCS) de Brasília, Distrito Federal, pela população, como possibilidade para um planejamento como práxis transformadora e uma política patrimonial que considere o modo de vida como aspecto vital e interligado ao conjunto tombado da capital. O mapeamento, fotografias e entrevistas conduzidos mostram as possibilidades para uma revolução urbana a partir do cotidiano valorizando as práticas ordinárias e criativas de apropriação dos espaços para um planejamento e política patrimonial não-técnicos.
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