Palavras-chave
Soberania alimentar
Povos e comunidades tradicionais
Como Citar
Resumo
Introdução: O presente artigo apresenta uma revisão de escopo da literatura com o intuito de analisar a produção científica sobre Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN) entre os povos e comunidades tradicionais no Brasil. Objetivo: Este trabalho será pioneiro no campo da Saúde Pública no que se refere à revisão para esses grupos. Método: As buscas foram realizadas em bases de dados: Science Direct, Medline/PubMed e SciELO, incluindo artigos originais que abordassem experiências de InSAN entre comunidades tradicionais no país. Resultados e discussão: Vinte artigos foram analisados segundo as prevalências de InSAN por macrorregiões do Brasil, os impeditivos para garantir a segurança alimentar e nutricional e as estratégias de enfrentamento da InSAN. Os resultados indicaram que os povos tradicionais enfrentam InSAN em diversos níveis, devido à falta de políticas específicas que considerem os determinantes sociais para e com esta população. Algumas das estratégias utilizadas por estes são: autoconsumo do que é produzido; reforma agrária, como garantia de acesso à terra e a reciprocidade alimentar, o compartilhamento de comida para as pessoas que solicitam a sua rede de apoio, para a não piora dos níveis de SAN. Conclusão: Investir em programas que promovem a soberania alimentar, que protegem os territórios tradicionais e incentivam a autonomia desses grupos é fundamental para enfrentar a InSAN. Além disso, é necessário investir em programas que protejam os territórios dos povos e comunidades tradicionais, fomentar programas de transferência de renda que não tenham um caráter somente assistencialista, mas que atuem no empoderamento desses grupos.
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