Banner Portal
Pensar o corpo oprimido d’A Gorda, de Isabela Figueiredo
PDF

Palavras-chave

Corpo
Gorda
Gênero
Escrita de si

Como Citar

UECHI, Fabrizio. Pensar o corpo oprimido d’A Gorda, de Isabela Figueiredo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 62, p. e216211, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8667010. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo, eu proponho uma tradução do romance A gorda, escrito por Isabela Figueiredo. Se a literatura não é um lugar essencialmente de emancipação, esforço-me em traduzi-lo, enquanto prática política de leitura, a partir da noção de gênero, segundo teorias que diagnosticam e problematizam a condição do corpo da mulher como objeto de discursos e práticas de opressão. Para tanto, parto da hipótese de que a forma como o romance de Isabela foi escrito aproxima-o da noção de “escrita de si”. Dessa maneira, o romance se torna a expressão de um corpo falante, que se contrapõe à noção do sujeito Mulher.

PDF

Referências

ARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo, Martins Fontes, 2012.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo – Fatos e mitos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2016.

BOURCIER, Marie-Hélène. Prefácio. In: PRECIADO, Paul B. Manifesto contrassexual. São Paulo, n-1 edições, 2015.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa. São Paulo, Elefante, 2019.

FIGUEIREDO, Isabela. A gorda. Lisboa, Caminho, 2017.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – A vontade de saber. São Paulo, Graal, 2009.

FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: Ditos & Escritos: Ética, sexualidade e política. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2004.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação. Rio de Janeiro, Livros Cobogó, 2019.

LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa B. (Org.). Tendências e Impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Rocco, 1994, pp. 206-241.

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Negros são mais afetados por desigualdades e violência no Brasil, alerta agência da ONU. São Paulo, 2017. Disponível em: https://nacoesunidas.org/negros-sao-mais-afetados-por-desigualdades-e-violencia-no-brasil-alerta-agencia-da-onu/. Acesso em: 19 nov 2019.

NATALI, Marcos Piason. Questões de herança: do amor à literatura (e ao escravo). In: SANTURBANO, Andrea; MARSAL, Meritxell; PETERLE, Patricia (Org.). Fluxos literários: ética e estética. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2013, pp.115-132.

PRECIADO, Paul B. Beatriz Preciadoenconversácioncon Marianne Ponsford. Hay Festival Cartagena. 2014a. Disponível em: https://reddebibliotecas.org.co/diario/beatriz-preciado-y-marianne-ponsford-hay-festival-2014. Acesso em: 19 nov 2019.

PRECIADO, Paul B. Manifesto contrassexual. São Paulo, n-1 edições, 2014b.

PRECIADO, Paul B. Transfeminismo. São Paulo, n-1 edições, 2018.

RAGO, Margareth. Escrita de si, parrésia e feminismo. In: VEIGA-NETO, A.; CASTELO BRANCO, G. (Org.). Foucault, Filosofia e Política. Belo Horizonte, Autêntica, 2011, pp.251-267.

RANCIÈRE, Jacques. A literatura impensável. In: Políticas da escrita. São Paulo, Editora 34, 2017, pp.27-50.

RANCIÈRE, Jacques. Ainda se pode falar de democracia? Lisboa, KKMY, 2014a.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível – Estética e política. São Paulo, Editora 34, 2014b.

SALLES, Penélope. Entrevista com Isabela Figueiredo. Revista Crioula, n. 22, São Paulo, 2018, pp.146-162. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/crioula/article/view/149973. Acesso em: 19 nov 2019.

SARAMAGO, José. Literatura, compromisso e transformação social. Fundação José Saramago, Lisboa, 2010. Disponível em: https://www.josesaramago.org/sobre-literatura-compromisso-e-transformacao-social. Acesso em: 19 nov. 2019.

SILVA, Denise Ferreira da. Ninguém: direito, racionalidade e violência. Revista Meritum, v. 9, n. 1, Belo Horizonte, 2014, pp.67-117.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2014.

VIGARELLO, George. As metamorfoses do gordo – História da obesidade. Petrópolis, Vozes, 2012.

WOOLF, Virginia. Orlando. São Paulo, Companhia das Letras, 2018.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Fabrizio Uechi

Downloads

Não há dados estatísticos.