Banner Portal
Como era bizarro o nosso cinema
PDF

Palavras-chave

Sady baby
Pornochanchada
Transgressão
Cinema brasileiro
Sexo explícito

Como Citar

JESUS, Diego Santos Vieira de. Como era bizarro o nosso cinema: transgressão conservadora de sady baby. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 60, p. e206010, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664588. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste trabalho é examinar como produções cinematográficas do ator e diretor Sady Baby construíram representações acerca de homens heterossexuais, mulheres, homens homossexuais e travestis. O argumento central aponta que, ainda que o apelo ao bizarro e ao grotesco representasse resistência à domesticação e à normalização dos corpos, as obras desse diretor reproduziam valores depreciativos em relação a mulheres, homens homossexuais e travestis, enquanto reiteravam padrões de uma virilidade dominante dos personagens masculinos heterossexuais.

PDF

Referências

Abreu, Nuno Cesar. O olhar pornô: A representação do obsceno no cinema e no vídeo. Campinas, Mercado das Letras, 1996.

Abreu, Nuno Cesar. Pornochanchada. In: Ramos, Fernão; Miranda, Luiz Felipe (Org.). Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo, Editora SENAC, 2000.

Abreu, Nuno Cesar. Boca do Lixo: cinema e classes populares. Campinas, Editora da UNICAMP, 2006.

Amaral, Muriel. As representações da perversão e o estereótipo no filme “Macho, Fêmea e Cia. – A vida erótica de Caim e Abel”. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (Org.) Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.121-138.

Bertolli Filho, Claudio. Um confronto esquecido: pornochanchada X moral e civismo. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.15-39.

Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. Apresentação: Pornochanchada como discurso do desejo. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.7-10.

Bertolli Filho, Claudio; Talamoni, Ana Carolina Biscalquini. O ‘Sacana Coça-Saco Tropical’ e o Homo brasilis: O discurso fundador do Brasil segundo um ‘professor’ alemão em Bonitas e Gostosas. In: Marques, José Carlos (ed.). A Copa das Copas? Reflexões sobre o Mundial de Futebol de 2014 no Brasil. São Paulo, Edições Ludens, 2015, pp.311-333.

Bourdieu, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2003. [ Links ]

Carneiro, Gabriel. Meninas Virgens e P... (Troca de Óleo). Zingu!, 2007 [http://revistazingu.blogspot.com.br/2007/10/dsb-meninasvirgenseptrocadeoleo.html – acesso em: 23 nov. 2017].

Carrasco, Vinicius; Oliveira, Bruno Jareta de. Pornochanchada, paródia e representações sociais – Análise fílmica de “Bacalhau”, “Nos tempos da vaselina” e “Um pistoleiro chamado Papaco”. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.195-220.

Cruz, Lívia Maria Pinto da Rocha do Amaral. (Nem) tudo puta e viado: uma análise dos estereótipos presentes no cinema erótico brasileiro (1969-1982). Dissertação (Mestrado em Multimeios), Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016a.

Cruz, Lívia Maria Pinto da Rocha do Amaral. O Sexploitation tupiniquim: as Pornochanchadas brasileiras. Argus-a, vol. V, n°. 21, 2016b, s.p.

Freitas, Marcel de Almeida. Entre estereótipos, transgressões e lugares comuns: notas sobre a pornochanchada no cinema brasileiro. Intexto, Porto Alegre, n° 10, 2004, pp.65-91.

Gerace, Rodrigo. Cinema Explícito: representações cinematográficas do sexo. São Paulo, Perspectiva, Edições Sesc São Paulo, 2015.

Gorfinkel, Elena. “Indecent Desires”: Sexploitation Cinema, 1960s Film Culture and the Adult Film Audience. Tese (Doutorado), New York University, Nova Iorque, 2008.

Gorfinkel, Elena. The Body’s Failed Labor: Performance Work in Sexploitation Cinema. Framework: The Journal of Cinema and Media, vol. 53, n° 1, 2012, pp.79-98.

Green, James N. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo, Editora UNESP, 2000.

Gubernikoff, Giselle. A imagem: representação da mulher no cinema. Conexão – Comunicação e Cultura, vol. 8, n°. 15, 2009, pp.65-77.

Kaplan, Elizabeth Ann. A mulher e o cinema: os dois lados da câmera. Rio de Janeiro, Rocco, 1995.

Klanovicz, Luciana Rosar Fornazari; Corrêa, Willian Bruno. Gênero, censura e pornochanchada no cinema brasileiro. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.63-81.

Lamas, Caio. A censura à pornochanchada: o caso de “Anjo Loiro”. In: Bertolli FIlho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.41-61

Leite Jr., Jorge. Das maravilhas e prodígios sexuais: pornografia bizarra como entretenimento. São Paulo, Annablume, 2006.

Lopes, Marcelo. A breve história da pornochanchada. Sintoma de Cultura, 11 out. 2012 [http://sintomadecultura.com.br/coluna-01/cinema-e-audiovisual-coluna-01/a-breve-historia-da-pornochanchada/ – acesso em: 13 nov. 2017].

Lucena, Matias Rech de. Entrevista: Sady Baby. Vice, 6 mar. 2013 [https://www.vice.com/pt_br/article/8q4q7a/entrevista-sady-baby – acesso em: 23 nov. 2017].

Mendes, Gio. Emoções sexuais de um jegue. Zingu!, 2007 [http://revistazingu.blogspot.com.br/2007/10/dsb-emocoessexuaisdeumjegue.html – acesso em: 23 nov. 2017].

Moreno, Antonio. A personagem homossexual no cinema brasileiro. Rio de Janeiro, Editora da UFF; Funarte, 2001.

Mulvey, Laura. Visual Pleasure and Narrative Cinema. In: Braudy, Leo; Cohen, Marshall (ed.). Film Theory and Criticism: Introductory Readings. Nova Iorque, Oxford UP, 1999, pp.833-44.

Padovani, Gustavo. “Garotas da van”: fragmentos da pornochanchada na cultura participativa. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.275-291.

Pelúcio, Larrisa. As maravilhas do sexo que ri de si mesmo. cadernos pagu (29), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2007, pp.481-488.

Pires, Annelize. A representação da travesti na pornochanchada: “Novas sacanagens do Viciado em C”. In: Bertolli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.259-271.

Rossini, Renan Siqueira. Pornochanchada: um sintoma brasileiro. In: Bertoli Filho, Claudio; Amaral, Muriel E.P. (org.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016, pp.83-100.

Roveri, Fernando. No calor do buraco. Zingu!, 2007 [http://revistazingu.blogspot.com.br/2007/10/dsb-nocalordoburaco.html – acesso em: 23 nov. 2017].

Sales Filho, Valter Vicente. Pornochanchada: doce sabor da transgressão. Comunicação & Educação, vol. 2, n°. 3, 1995, pp.67-70.

Seligman, Flávia. Um certo ar de sensualidade: o caso da pornochanchada no cinema brasileiro. Sessões do Imaginário, n°. 9, 2003, pp.38-40.

Simões, Inimá. Sexo à brasileira. Alceu, vol. 8, n°. 15, 2007, pp.185-195.

Sternheim, Alfredo. Cinema da Boca: dicionário de diretores. São Paulo, Imprensa Oficial, 2005.

Trevisan, João Silvério. Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. Rio de Janeiro, Record, 2000.

Vergara, Silvia. Métodos de pesquisa em Administração. São Paulo, Atlas, 2012.

Watson, Paul. There’s no accounting for taste: Exploitation cinema and the limits of film theory. In: Cartmell, Deborah; Hunter, I. Q.; Kaye, Heide; Whelehan, Imelda (ed.) Trash Aesthetics: Popular culture and its audience. Londres, Pluto Press, 1997, pp.66-87.

Williams, Linda. Pornography, porno, porn: thoughts on a weedy field. Porn Studies, vol. 1, n°. 1-2, 2014, pp.24-40.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Cadernos Pagu

Downloads

Não há dados estatísticos.