Banner Portal
Mobilidades e imobilidades articuladas às relações de gênero no casamento de migrantes haitianos
Capa comemorativa dos 30 anos da Cad. pagu - Um mulher mergulhando e cauda de um peixe aparecendo
PDF (Português (Brasil))
XML (Português (Brasil))

Palabras clave

Mobilidade
Imobilidade
Casamento
Migração
Gênero

Cómo citar

MEJÍA, Margarita Rosa Gaviria; SCAPIN, Marcele. Mobilidades e imobilidades articuladas às relações de gênero no casamento de migrantes haitianos. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 67, p. e236719, 2023. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8673812. Acesso em: 16 ago. 2024.

Resumen

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de analisar as mobilidades e imobilidades inerentes ao processo migratório haitiano no Brasil, observadas a partir do casamento entre haitianos em Lajeado, no interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Revela como os diversos movimentos na configuração dos casamentos entre esses migrantes estão articulados a relações de gênero fundamentadas em identidades religiosas. Os dados empíricos foram levantados em uma pesquisa etnográfica desenvolvida em Lajeado desde 2013.

PDF (Português (Brasil))
XML (Português (Brasil))

Citas

ALTIVO, Bárbara Regina. “Dever e prazer no casamento-empresa: transações regulares de controle do amor segundo a Igreja Universal”. Galaxia, n. 32, São Paulo, ago. 2016, pp.176-187 [http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542016224434 - acesso em: 19 abr. 2018].

ASSIS, Glácia de Oliveira. Mulheres migrantes no passado e no presente: gênero, redes sociais e migração internacional. Revista Estudos Feministas, 15(3), Florianópolis, setembro-dezembro/2007, pp.745-772.

AUDEBERT, Cédric. Territoires migratoires et réseaux transnationaux en La Diaspora Haïtienn. Rennes, Presses Universitaires, 2012.

BAENINGER, Rosana; PERES, Roberta. Migração de crise: a migração haitiana para o Brasil. Revista brasileira Estudos de População, v.34, n.1, Belo Horizonte, 2017, pp.119-143.

BARTEL, Carlos Eduardo. Integração social dos imigrantes haitianos no interior do Brasil: o caso de Presidente Getúlio/SC. XIII Encontro Estadual de História da Anpuh/RS. Anais..., Santa Cruz do Sul, 2016, pp.1-14 [http://www.eeh2016.anpuh-rs.org.br/resources/anais/46/1468615073_ARQUIVO_IntegracaosocialdoshaitianosemPresidenteGetulio.pdf - acesso em: 20 abr. 2018].

BESSERER, Federico. Presentación Revista La ciudad transnacional: aportes teóricos e etnográficos. Alteridades, n. 50, ano 25, Universidad Autónoma Metropolitana, 2015, pp.5-10.

BOFULIN, Martina. Transnational Matchmaking: Marriage Practices of Chinese Migrant from Qingtian Living in Europe. In: GROES, Christian; FERNANDEZ, Nadine (ed.). Intimate Mobilities: Sexual Economies, Marriage and Migration in a Disparate World. . Berghan Oxford, 2018, pp.46-72.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 3aed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2003. Tradução: Maria Helena Kuhner.

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean Claude; PASSERON, Jean Claude. O Ofício do Sociólogo. Petrópolis-RJ, Vozes, 2004.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. cadernos pagu (26), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2006, pp.329-376.

BRAUM, Pedro; DALMASO, Flávia, NEIBURG, Federico. Gender issues. Relations between men and women in the low-income districts of Port-au-Prince. Viva Rio, NuCec, UFRJ, 2014.

BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 2003. Tradução de Renato Aguiar.

COGO, Denise. Comunicação, migrações e gênero: famílias transnacionais, ativismos e usos de TICs. Intercom - RBCC, v.40, n.1, São Paulo, 2017, pp.177-193.

COLE, Jennifer. Giving Life: Regulating Affective Circuits among Malagasy Marriage Migrants in France. In: COLE, Jennifer; GROES, Christian (org.). Affective Circuits African Migrations to Europe and the Pursuit of Social Regeneration. The University of Chicago Press, 2016 [https://ereader.perlego.com/1/book/1851026/15 - acesso em: 14 mar. 2018].

DUARTE, Luiz Fernando Dias. “Aonde caminha a moralidade?” cadernos pagu (41), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, jul./dez. 2013 [http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332013000200003 - acesso em: 22 set. 2018].

DUTRA, Delia. Mulheres, migrantes, trabalhadoras: a segregação no mercado de trabalho. Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, v. 21, n.40, Brasília, jan/jun. 2013, pp.177-193.

FERNANDES, Duval; CASTRO, Maria da Consolação G. de Castro. Projeto “Estudos sobre a Migração Haitiana ao Brasil e Diálogo Bilateral”. 2014 [https://oestrangeiro.org/estudos-sobre-a-migracao-haitiana-ao-brasil-e-o-dialogo-bilateral/ - acesso em: 03 mar. 2018].

FERNANDEZ, Nadine. The Masculine and Moral Self: migration narratives of Cuban husbands in Scandinavia. In: GROES, Christian; FERNANDEZ, Nadine (ed.). Intimate Mobilities: Sexual Economies, Marriage and Migration in a Disparate World..Berghan Oxford, 2018, pp.274-311.

GLICK-SCHILLER, Nina; ÇAGLAR, Ayse. Introduction: Migrants and cities. Journal of Ethnic and Migration Studies, v. 35, n. 2, Londres, 2009, pp.177-202.

GROES, Christian. Men Come and Go, Mothers Stay: Personhood and Resisting Marriage among Mozambican Women Migrating to Europe. In: COLE, Jennifer; GROES, Christian (org.). Affective Circuits African Migrations to Europe and the Pursuit of Social Regeneration. The University of Chicago Press, 2016. pp.169-196.

GROES, Christian; FERNANDEZ, Nadine. Intimate Mobilities and Mobile Intimacies. In: GROES, Christian; FERNANDEZ, Nadine (ed.). Intimate Mobilities: Sexual Economies, Marriage and Migration in a Disparate World. Berghan Oxford, 2018, pp.11- 44.

HAMBERGER, Klaus. “Por uma teoria espacial do parentesco”. Mana, v. 11, n. 1, Rio de Janeiro, abr. 2005, pp.155-199 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132005000100006&lng=en&nrm=iso - acesso em: 17 abr. 2018].

HANDERSON, Joseph. Diáspora. Sentidos sociais e mobilidades haitianas. Horizontes Antropológicos, ano 21, n. 43, Porto Alegre, jan./jun, 2015, pp.51-78.

HANDERSON, Joseph; JOSEPH, Rose-Myrlie. As relações de gênero, de classe e de raça: mulheres migrantes haitianas na França e no Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v.9, n.2, Brasília, 2015 [https://periodicos.unb.br/index.php/repam/issue/view/1360, - acesso em 17 maio 2016].

HERRERA, Gioconda. Género y migración internacional en la experiencia latinoamericana. De la visibilización del campo a una presencia selectiva. Política y Sociedad, v. 49, n. 1, 2012, pp.35-46.

IGREJA fornece refeições para haitianos desempregados. Jornal A Hora, 4 agosto 2016 [www.jornalahora.com.br/2016/08/04/igreja-fornece-refeicoes-para-haitianos-desempregados/ - acesso em: 03 mar. 2018].

INGOLD, Tim. Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da antropologia. Revista Educação Quadrimestral, PUCRS, v. 39, n. 3, Porto Alegre, 2016, pp.404-411.

INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística. Lajeado [https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/lajeado/panorama - acesso em: 11 nov. 2018].

JARDIM, Denise. Imigrantes ou Refugiados: tecnologias de controle e as fronteiras. Jundiaí-SP, Paco Editorial, 2017.

JARDIM, Denise Fagundes; PETERS, Roberta. Os casamentos árabes: a recriação de tradições entre imigrantes palestinos no sul do Brasil. Revista Anos 90, v.12, n. 21/22, Porto Alegre, jan/dez, 2005, pp.173-225.

JORDÃO, Roziane da Silva. A mulher haitiana em Porto Velho, Rondônia: imigração e gênero. Dissertação Mestrado em Letras, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Núcleo de Ciências Humanas. UNIR, Porto Velho, 2017.

JUSTIÇA autoriza casamento de haitianos. Jornal A Hora, 9 de outubro de 2015 [http://www.jornalahora.com.br/2015/10/09/justica-autoriza-casamento-de-haitianos/ - acesso em: 07 mar. 2018].

LAJEADO se destaca como 7ª melhor cidade para se viver após 60 anos em todo Brasil. Portal Região dos Vales, 7 de março de 2017 [http://www.regiaodosvales.com.br/lajeado-se-destaca-como-7a-melhor-cidade-para-se-viver-apos-60-anos-em-todo-brasil/ - acesso em: 27 abr. 2023].

MACHADO, Igor (org.). Valadares em família: experiências etnográficas e deslocamentos. Brasília-DF, ABA, 2014.

MARINUCCI, Roberto. Feminização das migrações? [http://www.csem.org.br/pdfs/feminizacao_das_migracoes_roberto_marinucci2007.pdf - acesso em: 2 jun. 2016].

MARQUES, Ângela Cristina Salgueiro; TERRIER, Dina. A imigração de mulheres haitianas em Belo Horizonte/ Brasil: identidades femininas, relatos de si e autonomia. Panorama, v. 7, n. 2, Goiânia, ago/dez, 2017, pp.03-09.

MEZZADRA, Sandro. Multidão e Migrações: a autonomia dos migrantes. Revista do Programa de Pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ, v. 15, n. 2, 2012, pp.1-38.

MIRANDA, Adelina. Editorial. Revue européenne des migrations internationales, v. 31, n. 1, 2015, pp.7-14.

MISKOLCI, Richard. Exorcizando um fantasma: os interesses por trás do combate à “ideologia de gênero”. cadernos pagu (53), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2018, e185302 [https://www.scielo.br/pdf/cpa/n53/1809-4449-cpa-18094449201800530002.pdf - acesso em: 14 abr. 2023].

MOHANTY, Chandra Talpade. Bajo los ojos de occidente. Academia Feminista y discurso colonial. In: SUÁREZ NAVAZ, Liliana; HERNÁNDEZ, Aída (ed.). Descolonizando el Feminismo: Teorías y Prácticas desde los Márgenes. Madrid, ed. Cátedra, 2008.

PARA fugir da crise, haitianos trocam o Brasil pelo Chile. Caderno Cotidiano, Folha de S. Paulo, 8 de maio de 2016 [https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/05/1768958-para-fugir-da-crise-haitianos-trocam-o-brasil-pelo-chile.shtml – acesso em: 27 abr. 2023].

PEREZ, Léa Freitas. Antropologia das efervescências coletivas. In: PASSOS, Mauro (org.). A festa na vida: significado e imagens. Petrópolis, Vozes, 2002, pp.15-58.

PESSAR, Patricia R; MAHLER, Sarah J. Gender and Transnational Migration. Paper given to the conference on Transnational Migration: Comparative Perspectives. Princeton University, 30 June-1 July 2001 [https://www.incedes.org.gt/Master/pessarsesentatre.pdf – acesso em: 27 abr. 2023].

PISCITELLI, Adriana. From Programas to Help and Marriage: Transnational Sexual, Economic and Affective Exchanges among Brazilian Women. In: GROES, Christian; FERNANDEZ, Nadine (ed.). Intimate Mobilities: Sexual Economies, Marriage and Migration in a Disparate World. Berghan Oxford, 2018, pp.212-238.

PISCITELLI, Adriana. Gênero, a história de um conceito. In: BUARQUE DE ALMEIDA, Heloisa; SZWAKO, José Eduardo (org.). Diferenças e Igualdade. São Paulo, Berlendis & Vertecchia, 2009a, pp.116-148.

PISCITELLI, Adriana. Tránsitos: Circulación de Brasileñas en el ámbito de la Transnacionalización de los mercados sexual y matrimonial. Revista Horizontes Antropológicos, ano 15, n. 31, Porto Alegre, jan./jun. 2009b, pp.101-136.

SALAZAR, Noel B; GLICKSCHILLER, Nina. Regimes of mobility across the globe: Imaginaries and Relationalities of Power. New York (USA), Ed. Routledge, 2014.

SANDER, Vanessa. Pensar o sexo e o gênero. cadernos pagu (52), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2018, e185221 [https://www.scielo.br/pdf/cpa/n52/1809-4449-cpa-18094449201800520021.pdf – acesso em: 14 abr. 2023].

SAYAD, Abdelmalek. A imigração e os paradoxos da alteridade. São Paulo, Edusp, 1998.

SEGALEN, Martine. Ritos e rituais contemporâneos. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2002 [1995].

SEM documentos, haitianos obtêm licença para casar. Zero Hora, 10 de out. 2015 [https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2015/10/sem-documentos-haitianos-ganham-autorizacao-da-justica-para-casar-4867610.html - acesso em: 20 maio 2018].

SEYFERTH, Giralda. A dimensão cultural da imigração. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 26, n. 77, 2011, pp.47-62.

SEYFERTH, Giralda. A invenção da raça e o poder discricionário dos estereótipos. Anuário Antropológico, 93, Tempo Brasileiro, 1995, pp.175-203.

SLENES, Robert Wayne. Na senzala, uma flor – esperanças e recordações na formação da família escrava: Brasil Sudeste, século XIX. 2ª ed. corrigida. Campinas, Editora da Unicamp, 2011.

URRY, John; SHELLER, Mimi. The new mobilities paradigm. Environment and Planning A, v. 38, n. 2, Lancaster University, England, 2006, pp.207-226.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

Derechos de autor 2023 Cadernos Pagu

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.