Resumo
Pode-se dizer que os estudos dos mecanismos do maquinário social, através do qual certos símbolos se “universalizam” e passam a elaborar códigos supostamente expressivos de identidades e culturas nacionais, se valeram, em grande medida, da mobilização de materiais provenientes dos mais diversos gêneros da produção cultural. No Brasil, em particular, não seria arriscado afirmar que a literatura e o pensamento social ofereceram um dos pontos de apoio privilegiados para apreender as representações “do nacional”. Na análise exaustiva da história literária e intelectual, importantes trabalhos devassaram os anos de 1920 e 30, entendidos como os momentos catalisadores para a construção e projeção de uma identidade nacional mestiça e, em particular, devedora aos elementos culturais reconhecidos como “negros”. Entretanto, neste período em que símbolos – tais como a malandragem, o samba e a mulata – passaram a aglutinar sentidos renovados de brasilidade, intelectuais, cientistas e literatos não foram os únicos a desempenharem um papel vigoroso na manipulação e divulgação destes símbolos.Downloads
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