Comunidades de terreiro na Argentina
PDF

Palavras-chave

Comunidades de Terreiro
Quimbanda
Umbanda
Batuque
Comunidades de terreiro

Como Citar

Nogueira, G. D. (2018). Comunidades de terreiro na Argentina. Ciencias Sociales Y Religión, 20(29), 180–199. https://doi.org/10.20396/csr.v20i29.12326

Resumo

Busco com o artigo apresentar o modo de funcionamento e o contexto social das comunidades de terreiro na Argentina, o que passa por sumarizar o processo de transnacionalização e consequente fixação das religiões afro-brasileiras desde o Brasil àquele país. Para tanto, recorri à pesquisa de campo com imersão junto à comunidade do terreiro Ilé Nueva Conciéncia, localizado na província de Buenos Aires, assim como a diálogos com diferentes religiosos e visitas a locais de referência/interesse dos religiosos. Demais informações foram recuperadas via pesquisa bibliográfica e contato com outros públicos interessados não apenas na temática afrorreligiosa, mas afrodescendente na Argentina. Comunidades de terreiro e suas religiões resistem a um ambiente social intolerante na Argentina e a um Estado que sustenta o catolicismo como religião do governo, e seguem cultuando seus antepassados e divindades, sendo, ainda, pioneiras na luta contra o racismo naquele país.

https://doi.org/10.20396/csr.v20i29.12326
PDF

Referências

ARGENTINA. Constituição (1994). Constituição Nacional de 1994: promulgada em 22 de agosto de 1994. Santa Fé: Senado de la Nación Argentina, 1994.

BARROS, Sulivan. Sociabilidades míticas na Umbanda: identidade étnica e consciência subalterna. Série Antropologia 433. Brasília: DAN, 2010.

BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição a uma sociologia das interpretações de civilizações. Segundo volume. São Paulo: Editora da USP, 1971.

BOTELHO, Denise, NASCIMENTO, Wanderson. Educação e religiosidades afro-brasileiras: a experiência dos Candomblés. Participação: a revista do decanato de extensão da Universidade de Brasília. Brasília, vol. 17, pp. 74-82, 2010.

BRAGA, Julio. Fuxico de Candomblé. Feira de Santana: UEFS, 1998.

BROWN, Diana. Umbanda: Religion and politics in urban Brazil. Nova York: Columbia University Press, 1994.

CIRIO, Pablo. De Eurindia a Bakongo: El viraje identitario argentino tras la asunción de nuestra raíz afro. Entremúsicas: música, investigación y docencia. Buenos Aires, 2007a.

CIRIO, Pablo. Del sueño de la Argentina blanca europea a la realidad de la Argentina americana: la asunción del componente étnico – cultural afro y su (nuestro) patrimonio cultura. Entremúsicas: música, investigación y docencia. Buenos Aires, 2007b.

EUGÊNIO, Rodnei. A senioridade nos terreiros de Candomblé. Jornal Maturidades. São Paulo: PUC São Paulo, número 38, 2011.

FRIGERIO, Alejandro. Como los porteños conocieron a los orixás: la expansión de las religiones afrobrasileñas en Buenos Aires. In: PICOTTI, D. El negro en Argentina: Presencia y negación. Buenos Aires: Editores de América Latina, 2001, p. 301-318.

FRIGERIO, Alejandro. Por nuestros derechos ahora o nunca!: construyendo una identidad colectiva umbandista en Argentina. Civitas: Revista de Ciências Sociais. Porto Alegre, vol. 3, n. 1, jun. 2003.

FRIGERIO, Alejandro, LAMBORGHINI, Eva. Procesos de reafricanización en la sociedad Argentina: Umbanda, Candombe y militancia "afro". Revista Pós Ciências Sociais. Dossiê Religiões Afro-Americanas. São Luís, vol. 8, n. 16, p. 21-36, 2011.

FRIGERIO, Alejandro, WYNARCZYK, Hilario. Cult controversies and government control of New Religious Movements in Argentina (1985-2001). In: RICHARDSON, J. Regulating Religion: Case Studies from Around the Globe. New York: Kluwer Publishers, 2004, p. 453-475.

INDEC – Instituto Nacional de Estadísticas y Censos. Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2010: censo del Bicentenario: resultados definitivos, serie B nº 2. Buenos Aires: INDEC, 2012.

LÓPEZ, Laura. De transnacionalización y censos: los “afrodescendientes” en Argentina. AIBR – Revista de Antropología Iberoamericana. Madrid, vol. 1, n. 2, mar-jul. 2006.

NASCIMENTO, Wanderson. Sobre os candomblés como modo de vida: Imagens filosóficas entre Áfricas e Brasis. Ensaios Filosóficos Volume XIII. Rio de Janeiro, v.13, ago. 2016.

NOGUEIRA, Guilherme. A história e seus outros: vida e narrativa de Nema. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, 18, Brasília, Anais, Brasília: SBS, 2017.

NOGUEIRA, Guilherme. Mães do axé e da resistência: o papel de liderança das mães de santo nas comunidades de terreiro. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DAS RELIGIÕES – XV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA DAS RELIGIÕES, 2. Florianópolis, Anais, Florianópolis: UFSC, 2016.

ORO, Ari. Axé Mercosul: as religiões afro-brasileiras nos países do prata. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.

SEGATO, Rita. Religions in transition – changing religious adhesions in a merging world. In: Religions in transition: mobility, merging and globalization in contemporary religious adhesions. Uppsala: Acta Universitatis Upsaliensis, 2003.

SILVEIRA, Renato. O Candomblé da Barroquinha: Processo de constituição do primeiro terreiro baiano de keto. Salvador: Edições Maianga, 2006.

VERGER, Pierre. Orixás: deuses iorubás na África e no novo mundo. São Paulo: Editora Corrupio Comércio, 1981.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Guilherme Dantas Nogueira

Downloads

Não há dados estatísticos.