Procriar na norma
PDF (Español (España))

Palavras-chave

Biomedicina
Judaísmo
Islã
Novas técnicas reprodutivas

Como Citar

Fassatoui, O. (2019). Procriar na norma: como casais judeus e muçulmanos inférteis lidam com técnicas de reprodução medicamente assistida (RMA). Ciencias Sociales Y Religión, 21, e019008. https://doi.org/10.20396/csr.v21i00.12639

Resumo

Casais religiosos - como qualquer outro casal - enfrentam a infertilidade procurando soluções nas três religiões monoteístas que indiscutivelmente incentivam a procriação. Para esse fim, os casais recorrem a técnicas de reprodução medicamente assistida (novas técnicas reprodutivas). Ao indagar sobre o desejo de conceber um filho e comparar esse desejo com casais menos religiosos, podemos ver um quadro original pelo qual esses casais habitam a norma. Esses casais certamente querem conceber de acordo com as regras religiosas. Sob esse fundamento, os casais podem excluir algumas técnicas existentes e eficazes que seriam incompatíveis com os regulamentos religiosos aos quais atribuem. Explorando alguns casos dentro do judaísmo e do islamismo no Mediterrâneo, este trabalho procura analisar como os casais habitam a norma convencional no sistema de saúde em geral e, principalmente, no nível estatal (seja no caso da religião de Estado ou religião oficial do Estado). Também veremos através de exemplos concretos em contextos judaicos e muçulmanos como as normas religiosas podem reduzir ou expandir o leque de técnicas que casais inférteis podem empregar. Analisaremos como os casais de fiéis habitam a norma - apresentando uma posição original quando suas práticas estão em conformidade com as normas convencionais -, bem como o papel desempenhado pelos processos de globalização e internet nessa mesma direção. Finalmente, veremos como são construídas a religiosidade aceita e a medicina avançada.

https://doi.org/10.20396/csr.v21i00.12639
PDF (Español (España))

Referências

BERGER Peter; LUCKMANN, Thomas. La construction sociale de la réalité, Paris: Meridiens Klincksieck, 1986.

BOURDIEU, Pierre. Le capital social, Notes provisoires. Actes de la recherche en sciences sociales, n. 31, pp. 2-3, 1980.

CLARKE, Morgan. Shiite Perspectives on Kinship and New Reproductive Technologies, ISIM Review, 17, pp. 26–27, 2006.

HOTTOIS, Gilbert. Bioéthique, dans les mots de la bioéthique, un vocabulaire encyclopédique. Revue Philosophique de Louvain, v. 92, n. 2, pp. 392-394, 1994.

INHORN, Marcia. Globalization and gametes: Islam Assisted reproductive technologies and the middle eastern state. In: BROWNER, C.; SARGENT, C. Reproduction, Globalization, and the State: New Theoretical and Ethnographic Perspectives, Duke University Press, 2011. pp. 126-137.

NIZARD, Sophie. Evyatar Marienberg, Niddah. Lorsque les juifs conceptualisent la menstruation. Archives de sciences sociales des religions, n 140, pp. 157-310, 2007.

OBADIA, Lionel. Religion(s) et modernité(s) : Anciens débats, enjeux présents, nouvelles perspectives. Socio-anthropologie, 17-18, 2006.

SPERLING, Daniel. Commanding the “Be Fruitful and Multiply” Directive: Reproductive Ethics, Law and Policy in Israel, Cambridge Q. of Healthcare Ethics, 19, pp. 363-371, 2010.

THIEL, Marie-Jo. Du désir d'enfant à l'enfant désiré. Revue des Sciences Religieuses, v. 68, n. 1, pp. 95-107, 1994.

ZERRADI, Mouna. Les enjeux éthiques potentiels de la procréation médicalement assistée dans les pays musulmans, cas du Maroc. Institut International de Recherche en Éthique Biomédicale, 2008.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Omar Fassatoui

Downloads

Não há dados estatísticos.