Banner Portal
Institucionalistas e pós-keynesianos
PDF

Palavras-chave

Intitucionalismo
Pós-keynesiano
Incerteza.

Como Citar

CONCEIÇÃO, Octavio A. C.; GABRIANI, Carlos Roberto. Institucionalistas e pós-keynesianos: ensaio sobre incerteza em uma economia capitalista financeira moderna. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 28, n. 1, p. 1–23, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8656770. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Na evolução das ideias propostas por Keynes sobre uma economia monetária de produção, há ainda um fecundo campo para o desenvolvimento das análises sobre o comportamento das economias capitalistas financeiramente modernas que emerge de mediações entre os approaches teóricos institucionalista e pós-keynesiano. Tais abordagens são capazes de propiciar explicações mais aquilatadas sobre a natureza eminentemente instável do atual estágio do sistema capitalista. O conceito de incerteza é central nesta aproximação teórica. Na vertente institucionalista ela decorre do processo natural de co-evolução das instituições econômicas e sociais e afeta as relações com os indivíduos (“processo de causação”). Nos pós-keynesianos, ela gera indefinições na tomada de decisões dos agentes econômicos, incapazes de prever o comportamento futuro da economia. Daí que, segundo Minsky, emana o imperativo de ações coordenadas de intervenções, tanto por parte do Estado quanto pela sociedade, com vistas a criar instituições, capazes de atenuar ou agravar o percurso da trajetória do sistema econômico.

PDF

Referências

ALMEIDA, Maria H. T. de. Apresentação. In: VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Economistas).

BEAUD, Michael; DOSTALER, Gilles. O pensamento económico, de Keynes aos nossos dias. Porto: Edições Afrontamento, 2000.

BOYER, Robert; SAILLARD, Yves. Theórie de la régulation: l’état des savoirs. Paris, La Découverte, 1995.

BOYER, Robert; HOLLINGSWORTH, J. Rogers. How and why do social systems of production change? In: HOLLINGSWORTH, J. Rogers; BOYER, Robert. Contemporary capitalism: the embeddedness of institutions. New York: Cambridge University Press, 1997. p. 189- 195.

CARVALHO, F. C. de. Fundamentos da escola pós-keynesiana: a teoria de uma economia monetária. Rio de Janeiro, IEI/UFRJ, 1988. (Texto para Discussão, n. 176).

COASE, Ronald H. The institutional structure of production. The American Economic Review, v. 82, n. 4, p. 713-719, Sept. 1992. Disponível em: http://web.ntpu.edu.tw/~guan/courses/Coase92.pdf. Acesso em: 16 dez. 2016.

COMMONS, John R. Institutional economics. American Economic Review, v. 21, n. 4, p. 648- 657, 1931. Disponível em: http://la.utexas.edu/users/hcleaver/368/368commonsoninstitutional econtable.pdf. Acesso em: 16 dez. 2016.

COMMONS, John R. Institutional economics. Madison: University of Wisconsin Press, 1934.

CONCEIÇÃO, Octavio A. C. Instituições, crescimento e mudança na ótica institucionalista. Porto Alegre: Fundação FEE, 2002.

DAVIDSON, Paul. Colocando as evidências em ordem. Ensaios FEE, v. 17, n. 2, p. 7-41, Porto Alegre, Fundação FEE, 1996.

DOSI, Giovanni. Hierarquies, Markets and Power: some foundational issues on the nature of contemporary economic organizations. Industrial and Corporate Change. v. 4, n. 1, p. 1-20, 1995.

DUGGER, William. Radical Institutionalism: Basic Concepts. Review of Radical Political Eonomics, v. 20, n. 1, p. 1-20. 1988.

FERRARI FILHO, Fernando; CONCEIÇÃO, Octavio A. C. A noção de incerteza nos póskeynesianos e institucionalistas: Uma conciliação possível? Nova Economia, Belo Horizonte, FACE/UFMG, v. 11, n. 1, p. 99-122, 2001.

GORDON, Wendell. Institutional economics: the changing system. Austin: University of Texas Press, 1980. HICKS, John R. Keynes’ theory of employment. The Economic Journal, v. 46, n. 182, p. 238- 253, Jun. 1936.

HICKS, John R. Mr. Keynes and the “classics”: a suggested interpretation. Econometrica, v. 5, n. 2, p. 147-159, Apr. 1937.

HICKS, John R. Value and capital: an inquiry into some fundamental principles of economic theory. Oxford: Clarendom Press, 1939.

HODGSON, Geoffrey M. Institutional economics: surveying the “old” and the “new”. Metroeconomica, v. 44, n. 1, p. 1-28, 1993.

HODGSON, Geoffrey M. The approach of institutional economics. Journal of Economic Literature. v. 36, n. 1, p. 166-192, Mar. 1998a.

HODGSON, Geoffrey M. On the evolution of Thorstein Veblen’s evolutionary economics. Cambridge Journal of Economics. v. 22, n. 4, p. 415-431, 1998b.

KEYNES, John Maynard. The General Theory of Employment. Quarterly Journal of Economics. v. 51, n. 2, p 209-223, Feb. 1937.

KEYNES, John Maynard. Treatise on money. London: Macmillan, 1971. v. 1-2.

KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1985. (Os Economistas).

KREGEL, Jean A. Aspects of a Post Keynesian theory of finance. Journal of Post Keynesian Economics. v. 21 n. 1, p. 111-133, 1998.

MARSHALL, Ray. Commons, Veblen, and other economists: remarks upon receipt of the veblen-commons award. Journal of Economic Issues, v. 26, n. 2, p. 301-322, Jun. 1993.

MATTHEWS, R. C. O. The economics of institutions and the sources of growth. The Economic Journal, v. 96, p. 903-918, Dec. 1986.

MINSKY, Hyman P. Estabilizing an instable economy. New York: McGraw Hill, 1986.

MINSKY, Hyman P. Uncertainty and the institutional structure of capitalism economies. Journal Economics Issues, v. XXX, n. 2, p. 357-368, 1996.

MINSKY, Hyman P. John Maynard Keynes. Campinas: Editora da Unicamp, 2011.

MITCHELL, Wesley C. Os ciclos econômicos e suas causas. São Paulo: Abril Cultual, 1984. (Os Economistas).

MYRDAL, Gunnar. Aspectos políticos da teoria econômica. São Paulo: Abril Cultural, 1984. (Os Economistas).

NELSON, Richard R.; WINTER, Sidney G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1982.

NORTH, DOUGLASS. Economic performance through time. The American Economic Review, v. 84, n. 3, p. 359-68, Jun. 1994.

SAMUELS, Warren J. The present state of institutional economics. Cambridge Journal of Economics, v. 19, n. 4, p. 569-590, 1995.

SARGENT, Thomas J. Bounded rationlality in macroeconomics. Oxford: Clarendon Press, 1993.

SKIDELSKY, Robert. John Maynard Keynes – 1. Esperanzas frustradas: 1883-1920. Madrid: Alianza Editorial, 1986.

VEBLEN, Thorstein. The place of science in modern civilization and other essays. New York: Huebsch, 1919.

VEBLEN, Thorstein. Why is economics not an evolutionary science? Cambridge Journal of Economics, v. 22, p. 403-414, 1998.

VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Economistas).

VILLEVAL, Marie-Claire. Une théory économique des institutions. In: BOYER, R. et SAILLARD, Yves. Théorie de la régulation: l’état des savoirs. Paris: La Découverte, 1995.

WILLIAMSON, Oliver E. Mercados y Jerarquías: su análisis y sus implicaciones antitrust. México D. F.: Fondo de Cultura Económica, 1991a.

WILLIAMSON, O. E. Comparative economic organization: the analysis of discrete structural alternatives. Administrative Science Quarterly, v. 36, n. 2, p. 269-296, Jun. 1991b.

WILLIAMSON, Oliver E. Hierarquies, markets and power in the economy: an economic perspective. Industrial and Corporate Change, v. 4, n. 1, p. 21-49, 1995.

ZYSMAN, John. How institutions create historically rooted trajectories of growth. Industrial and Corporate Change, v. 3, n. 1, p. 243-283, 1994.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.