Resumo
Este artigo, filiado à teoria da Análise de Discurso, analisa duas imagens da ocupação da Avenida Paulista: a primeira, em 2013, pelo Movimento Passe Livre (MPL), e a segunda, em 2016, pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Para essa análise, mobilizaremos alguns conceitos do campo da AD, como formação discursiva, memória discursiva, memória metálica, imagem, memória digital, para avançarmos teórica e analiticamente sobre aquilo que Dias (2011) nos explica ao afirmar que a cidade é modificada pelo digital. Para tal, mobilizaremos também a noção de condições de produção, trazida por Pêcheux em seu livro AAD-69, e que é essencial para pensarmos as questões aqui colocadas em jogo. Quando pensamos, hoje, em como o autor já se debruçava em interrogações que envolviam o discurso digital, acreditamos olhar para tais questões na tentativa de criar novos dispositivos de análise que auxiliem na compreensão dos avanços alcançados na área.
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