Resumo
O objetivo do presente ensaio é de analisar, no conjunto das expressões que são empregadas na Antiguidade para nomear as línguas, os sentidos construídos em torno das expressões sermo patrius e patria lingua.Procuramos demonstrar o efeito da modificação do status e do imaginário sobre a língua latina na forma como ela é nomeada. Dessa forma, chegamos à afirmação de que o status e a relação das línguas não são fixos, que seu funcionamento e, em articulação, sua nomeação podem mudar ao longo da história.
Referências
AUROUX, Sylvain. (1992). A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: Editora da UNICAMP.
BATANY, Jean. (1982). L’amère maternité du français medieval. Langue Française, Paris, v. 54, n. 1. p. 29-39.
BENVENISTE, Émile. (1995). O vocabulário das instituições indo-europeias. Campinas: UNICAMP, v. 2.
CHANTRAINE, P. (1937). Quelques emprunts du grec au latin. Revue des Études Latines, Paris, n. 15, p. 88-91.
COLOMBAT, Bernard; FOURNIER, Jean-Marie; PUECH, Christian. (2017). Uma história das ideias linguísticas. São Paulo : Contexto.
DUBUISSON, Michel. (2004). Le pouvoir et la langue: le cas du latin classique. Cahiers de l’ILSL, n. 17, p. 33-43. ________. (1981). Utraque lingua. AC, n. 50, p. 274-286.
EINHARD. (1880). The Life of Charlemagne. Trad. Samuel Epes Turner. New York: Harper & Brothers.
GABBA, Emilio. (2000). Il latino come dialetto greco. In: Roma arcaica: storia e storiografia. Roma, Edizioni di Storia e Letteratura, p. 159-164.
GRONDEUX, Anne. (2008). La notion de langue maternelle et son apparition au Moyen Age. In: VON MOOS, Peter (Éd.). Zwischen Babel und Pfingsten / Entre Babel et Pentecôte. Zurich : Berlin : Lit Verlag, p. 339-356
ORLANDI, Eni P. (2002). Língua e conhecimento linguístico: para uma história das ideias linguísticas no Brasil. São Paulo: Cortez.
OVÍDIO. (1936). Les Métamorphoses. Trad. J. Chamonard. Paris : Librairie Garnier Frères,.
OVÍDIO. (2000). Le metamorfosi. Trad. Guido Paduano. Torino: Giulio Einaudi editore.
ROCHETTE, Bruno. (2009). Les noms de la langue en latin. Histoire Epistémologie Langage, v. 31, n. 2, p. 29-48.
TOMBEUR, Paul. (2005). Maternitas dans la tradition latine. CLIO. Histoire, femmes et sociétés, Toulouse, n. 21, p. 1-6.
VEYNE, Paul (Org.). (2009). História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras.
WOLFF, Philipee. (1970). Les origins linguistiques de l’Europe occidentale. Paris : Hachette.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2020 Línguas e Instrumentos Línguísticos