Resumo
Propomos discutir, neste texto, sobre a atribuição do sinal de pessoa para os sujeitos surdos, no embate entre estar no espaço de enunciação que já tem um nome definido pelo Estado e a necessidade de um sinal para ser identificado pela comunidade surda. Este texto se constitui em um espaço de reflexão sobre a atribuição de nome próprio por meio de sinal por e para pessoas surdas e ouvintes na comunidade surda na cidade de Cáceres/MT. Ao refletir sobre a nomeação do sujeito surdo por um determinado sinal por meio da Língua Brasileira de Sinais, no espaço de enunciação movimentado por duas línguas – Língua Portuguesa e Libras - e falantes e sinalizantes destas línguas, respectivamente, mobilizamos os pressupostos teórico-metodológicos da Semântica da Enunciação, desenvolvidos por Guimarães (2002, 2004, 2005), para estabelecer uma relação entre essas duas línguas no espaço de enunciação brasileiro.
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