Resumo
Nordeste - um nome entre sentidos “perfeitamente transparentes" e “profundamente opacos”, retomando os dizeres de Michel Pêcheux (2012 [1983]). Segundo Albuquerque Jr. (2001), em A invenção do Nordeste e outras artes, Nordeste é uma “espacialidade fundada historicamente” e que se origina no cruzamento de tradições de pensamento, de imagísticas e de textos que foram lhe fundando enquanto presença e realidade. Esse amálgama de sentidos constrói imaginários para/sobre o Nordeste e, ao mesmo tempo que silencia (ORLANDI, 1992) a pluralidade histórica da região, define também as partes pelo todo.
Referências
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 4. ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São Paulo: Cortez, 2009.
ORLANDI, Eni. As formas do silêncio – no movimento dos sentidos. 6. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2007 [1992].
ORLANDI, Eni. Terra à vista. Discurso do confronto: velho e novo mundo. 2. ed. Campinas, SP: Ed. da Unicamp, 2008 [1990].
PÊCHEUX, Michel. “Análise Automática do Discurso (AAD-69)”. Tradução de Eni Pulcinelli Orlandi. In: GADET, F. HAK, T. [orgs.] Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Tradução de Bethania Mariani et alii. 3. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997 [1969].
PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni Pulcinelli Orlandi. 6. ed. Campinas, SP: Pontes, 2012 [1983].
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