Banner Portal
Panorama sociolinguístico do contato português-francês na fronteira Brasil-Guiana Francesa
PDF

Palavras-chave

Fronteira linguística
Contato
Português - Francês

Como Citar

DAY, Kelly Cristina Nascimento. Panorama sociolinguístico do contato português-francês na fronteira Brasil-Guiana Francesa. Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas, SP, v. 24, n. 48, p. 199–219, 2021. DOI: 10.20396/lil.v24i48.8666204. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8666204. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar reflexões acerca dos efeitos sociais e linguísticos aportados pelo contato português-francês na fronteira franco-brasileira, tomando por base resultados de diferentes pesquisas de cunho sociolinguístico realizadas ao longo dos últimos 20 anos. Esta análise conjunta e articulada nos permite perceber como as dinâmicas linguístico-linguageiras dessa fronteira têm sido determinadas por critérios sociodemográficos e econômicos delimitadores, por sua vez, do uso compartimentalizado das línguas na região, bem como por limites linguístico-identitários que encontram na língua um elemento delimitador de território.

https://doi.org/10.20396/lil.v24i48.8666204
PDF

Referências

ALKMIN, T. “Sociolinguística”. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. (Org.). Introdução a Linguística: Domínios e Fronteiras. São Paulo: Cortez Editora, p.21-47, 2000.

ALMEIDA, C.; RAUBER, A. “Oiapoque, aqui começa o Brasil: a fronteira em construção e os desafios do Desenvolvimento Regional”. In: Redes, n.1, v. 22, p. 474 – 493. Santa Cruz do Sul: USCS, 2017.

ALVIR, Spomenka; GOHARD-RADENKOVIC, Aline. (2013). “Quand les espaces - tiers révèlent les frontières... Et vice et versa”. In: Cahiers internationaux de sociolinguistique, nº 4. p.57-78. Suisse: Université de Fribourg.

BOUDREAU, Annette. A construção das representações linguísticas na acádia. Trad. Ana Lúcia Silva Paranhos. In: Interfaces Brasil /Canadá, n. 10, p. 77-108. Rio Grande: ABECAN, 2009.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.

CALVET, L.-J. “Oiapoque /Saint-Georges de l’Oyapoque: effets de marge et fusion des marges en situation frontalière”. In: Bulot, T. (Org.) formes et Normes sociolinguistique Ségrégations et discriminations urbaines. Paris: L’Harmattan, p. 15-40, 2009.

DAY, K. A situação sociolinguística da fronteira franco-brasileira: Oiapoque & Saint Georges. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2005.

DAY, K. “Fronteiras linguísticas e fronteiras políticas: relações linguísticas e socio-históricas na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa”. In: Cadernos de Letras da UFF, Dossiê: Língua em uso, n. 47, p. 163-182. Niterói: UFF, 2013

DAY, K. Repercussões da Lei 11.161/2005 sobre a política linguística da fronteira franco-brasileira. Comunicação oral apresentada no congresso da Abralin. UFPA, Belém: Pará, 2015.

DI MÉO, G. Le territoire: un concept essentiel de la géographie sociale, les documents de la Maison de la Recherche en Sciences Humaines de Caen, n. 7, (Colloque de géographie sociale de Caen d'octobre 1996), 1998.

FISHMAN, J. “A sociologia da Linguagem”. In: FONSECA, M. S. V.; NEVES, F. (Orgs.). Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, p. 25-40, 1974.

FISHMAN, J. “Bilingualism with and without diglossia; diglossia with and without bilingualism”. In: Journal of social issues, 23 (2), 29 – 38. The Society for the Psychological Study of Social Issues, 1967.

FUMELÊ, L.V. da S.; DAY, K. “O contato português-francês e o bilinguismo societal dos catraieiros na fronteira franco-brasileira”. In: Revista Sociodialeto, n. 32, v. 11, p. 113-138, 2020.

GAJO, L. “Le discours sur le bilinguisme autour de la frontière linguistique en Suisse. Représentations de frontières et frontières de représentations”. In: Synergies, n°4. p. 37- 45, Sylvains les Moulins, France, 2005.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik; Tradução Adelaine La Guardia Resende et all. - Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.

HAMEL, R. E. “L’aménagement linguistique et la globalisation des langues du monde”. In: Télescope, n. 3, vol. 16, p. 1-21. Quebec: UNAP, 2010.

HAMERS, J.F.; BLANC, M. H A. Bilingualité et bilinguisme. Bruxelles: Pierre Mardagas Editeur, 1983.

LEGLISE, I. “Langues frontalières et langues d‟immigration en Guyane Française: pratiques et attitudes d‟enfants scolarisés en zone frontalières”. In: Glottopol. n. 4 p. 110- 124. Rouen: CNRS/ DYALANG, 2004.

LEGLISE, I. Multilinguisme, variation, contact. Des pratiques langagières sur le terrain à l'analyse de corpus hétérogènes. Institut National des Langues et Civilisations Orientales- INALCO PARIS – LANGUES, 2013.

LEMOS, G. M; DAY, K. “Representação e identidade fronteiriça: um estudo na fronteira franco-brasileira”. In: Miguilim – Revista Eletrônica do Netlli, n. 3, v. 9, p. 992-1018, set.-dez, Crato: NETLLI, 2020.

MELLO, H. “Atitudes linguísticas em uma comunidade bilíngue do sudoeste goiano”. In: SILVA, S. (Org.). Línguas em contato: cenários de bilinguismo no Brasil. Campinas: Pontes Editores, p.141-178, 2011.

MACKEY, W. F. Bilinguisme et Contact des langues. Paris: Editions Klincksieck, 1976.

OLIVEIRA, T. C. M. “Os Elos da Integração”. In: OLIVEIRA, M; COSTA, E. (Org.). Seminário de Estudos Fronteiriços. 1 ed., v. 1, p. 25- 44. Campo Grande: Editora da UFMS, 2009.

PEREIRA, Telma. “Fronteira Oiapoque Saint-Georges: línguas e políticas linguísticas em contato”. In: SALGADO A. C. P.; BARRETO, M.M.G.S. (Org.). Sociolinguística no Brasil: uma contribuição dos estudos sobre línguas de/em contato. Rio de Janeiro: 7 Letras, p. 177-188, 2009.

ROMANI, Carlo. “A história entre o oficial e o lendário: interações culturais no Oiapoque”. In: Antíteses, n. 5, v. 3, p. 145-169, 2010.

SILVA, J. “A cidade de Oiapoque e as relações transnacionais na fronteira Amapá-Guiana Francesa”. In: História Revista, n. 2, v. 10, p. 273-298. Macapá: Unifap, 2005.

SIMMEL G. Sociologie, Études sur les formes de socialisation, Paris: PUF, 1999.

SOUZA NASCIMENTO, J. L. de; DAY, K. C. N. “Dinâmicas interacionais fronteiriças: o uso do Francês nas instituições públicas em Oiapoque”. In: Macabéa, n. 1, v. 10, p. 315-337. Crato: NETLLI, 2021.

SPINASSÉ, K. “Os conceitos Língua Materna, Segunda Língua e Língua Estrangeira e os falantes de línguas alóctones minoritárias no Sul do Brasil”. In: Revista Contingentia, Vol. 1, p. 01–10. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2006.

SKUTNABB-KANGAS, T. “Multilingualism and the education of minority children”. In: SKUTNABB-KANGAS, Tove & CUMMINS, Jim (Org.). Minority education: fron shame to stryggle. Clevedon: Multilingual Materrs, p. 9-44, 1988.

STURZA, E. R. “Línguas de Fronteira: O Desconhecido Território das Práticas Linguísticas nas Fronteiras Brasileiras”. In: Ciência e Cultura, n.2, v. 57, p. 57-65. São Paulo: SBPC, 2006.

STURZA, E. R. “Espaço de enunciação fronteiriço e processos identitários”. In: Pro-Posições, n. 3 (63), v. 21, p. 83-96, set./dez. Campinas: Unicamp, 2010.

STURZA, E. R.; TATSCH, Juliane. “A fronteira e as línguas em contato: uma perspectiva de abordagem”. In: Cadernos de Letras da UFF. Dossiê: Línguas e culturas em contato nº 53, p. 83-98. Niterói/UFF, 2016.

VALDES, G.; FIGUEROA, R. “Bilingualism and Testing: A Special Case of Bias”. In: STEFANAKIS, E. H. Applied psycholinguistics. n.2, v. 21, p. 290-300. Norwood, NJ: Ablex Publishing, 1994.

WEINREICH, U. Languages in contact: finding and problems. Haia: Mouton, 7. ed. 1970.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Línguas e Instrumentos Linguísticos

Downloads

Não há dados estatísticos.