Resumo
A maioria dos modelos lexicais correntes trata ao menos de uma parte da fonotaxe, i.e., a sintaxe das unidades fonicas (sequenciais ou não), por meio de regras derivacionais. Na abordagem radicalmente não-derivacional aqui defendida, as restrições de boa formação que explicam a aceitabilidade dos neologismos aplicam-se também às formas existentes, sobre essas restrições e a sua natureza probabilistica. Elas são expressas em termos quantitativos e levam em conta fatores tais como as frequências de ocorrências das unidades em questão e a direção, para a esquerda ou para a direita, das relações entre elas. A discussão é respaldada por dados fonotáticos probabilísticos, inclusive morfol´´ogicos, do português brasileiro.
Referências
ALBANO, E. (no prelo). O gesto e suas bordas: esboço de fonologia acustica-articulatoria do portugues brasileiro. Campinas: Editora Mercado de Letras.
ALBANO, E. 1999a. criatividade e gradiência num lexico sem derivações. In: Grimm-Cabral e J. Morais (orgs.). Investigando a Linguagem: ensaios em homenagem a Leonor Scliar-cabral. Florianopolis: Editora Mulheres, pp. 35-54.
ALBANO, E. 1999b. O gesto articulatorio como unidade fonica abstrata: indicios da fala infantil e evidencias da fala adulta.. In: R, Lamprecht (org.). Aquisição de linguagem: questões e analises. Porto Alegre. Editora da PUC-RS, pp. 139-163.
ALBANO, E. 1999c. A gestural solution for some glide epenthesis problems, Procedings ICPhS'99. Berkeley: University of Californa at Berkeley, vol 3 : 1785-1788.
ALBANO, E. 1999d. "Representações fonetica e fonologia: ruma a parcimõnia". Cadernos de Estudos Linguisticos, 37, no prelo.
ALBANO, E; P. Barbosa.; S. Madureira; A Gama- Rossi; A. Silva. 1998. A interface fonetica-a-fonologia e a interação prosodia-segmentos. Estudos Linguisticos XXVII: anais dio XLV Seminario do Grupo de Estudos Linguisticos do Estado de São Paulo (GEL). São Jose do Rio Preto: UNESP- IBILCE, 135-143.
BARBOSA, P. 2000. Timing in Brazilian Portuguese revisited: new light under a dynamical perspective. Manuscrito inedito. LAFAPE, IEL, UNICAMP.
BERKO, J. The childs learning of English morphology. In: S. Saporta (org.) Psycholinguistics: a book of readings . Nova Yorque: Holt, Rinehart and Winston, 1961, pp. 359-375.
BROWMAN, C.;L. Goldstein. 1985. Dynamic Modeling of phonetic structure. In V.Fromkin (org.). Phonetic Linguistics. Nova Iorque: Academic Press, 35-53.
BROWMAN, C.; L. Goldstein. 1989. Articulatory gestures as phonological units. Phonology Yearbook 6: 201-251.
BROWMAN, C.; L. Goldstein. 1990a. Tiers in articulatory phonology. In: Kingston e Beckman, pp. 341-376.
BROWMAN, C.; I Goldstein. 1990b. Gestural specification of dynamically determind articulatory structures. Journal of Phonetics, 18: 299-320.
BROWMAN, Goldstein.. 1992a. Articulatory phonology: an overview. Phonetica, 49: 155-180.
BROWMAN, C.; L. Goldstein. 1992b. "Targetless" schwa: an articulatory analysis. In: G. Docherty e R.ladd (orgs.), pp. 26-56.
DELL, G. 1998. The retrieval of phonological forms in production: tests of predictions from a connectionist model. Journal of Memory and Language, 27: 124-142.
DOCHERTY, G.; R. Ladd. 1992. (orgs.). Papers in laboratory phonology II: gesture, segment,prosody, Cambridge: Cambridge University Press.
FERREIRA, A.B.H. s. d. Dicionario Aurelio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
FERREIRA, A.B.H. 1977. Minidicionario Aurelio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira
FRISCH, S.; R. Wright. 1998. THe phonetics of phonological speech errors: abn acoustic analysis of /s/ and /z/ errors by four talkers. Research in spoken language processing: Progress Report 22. Bloomington: Indiana University Speech Research Laboratory, pp. 125-154.
GAMA-ROSSi, A. 2000. A realidade psicologica da fonotaxe do português brasileiro e o estatuto das represetações lexicais. Projeto de pesquisa de pos-doutorado aceito pela FAPESP.
KINGSTON, J.; M. Beckman. 1990. (orgs.). Papers in laboratory phonology: between the grammar and the physics of speech . Cambridge: Cambridge University Press.
KIPARSKY,P. 1982. From Cyclic phonology to lexical phonology. In: H. vander Hust e N. Smith (orgs.). The structure of phonological representation. Part I. Dordrecht: Foris, pp. 131-175.
KELSO, J; E. Saltzman; B. Tuller. 1986. The dynamical perspective on speech pro junction: data and theory. Journal of Phonetics, 14 : 29-59.
NAVAS, A.L. 2000. Estudo experimental sobre a natureza da representação fonologicas. Relatorio de pesquisa de pos-doutorado submetido a FAPESP.
PACHECO, V. 2000. Estudo fonetico acustico da inserção de glide(1) diante de (s) de cada num corpus de noticiarios televisivos. Relatorio de pesquisa de iniciação cientifica. CNPq, PIBIC-UNICAMP.
PIERREHUMBERT, J. 1993. Dissimilarity in the Arabic verbal roots. Procedings of the north east linguistic society, 23: 367-381.
PRINCE, A.; P, Smolensky. 1993. Optimality theory: constrain interaction in generative grammar. Manuscrito inedito: Rutgers University e University of Colorado.
RAVIZZA, J. 1956. Gramatica Latina, Niteroi: Fundação Dom Bosco.
SCLIAR-CABRAL, L.; M. Kuhn, 1976. Adaptação do teste de BerkoGleason de morfologia ao português. Comunicação a SBPC, Brasilia.
WHALEN, D.; C. Best; J. Irwin. 1997. Lexical effects in the perception and productionof American /p/ allophones. Journal of Phonetics, 25, 501-528.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2001 Línguas e Instrumentos Línguísticos