Banner Portal
Autocontenção e moralidade
PDF (English)

Palavras-chave

Ética
Autocontenção
Tentação

Como Citar

BENZIMAN, Yotam. Autocontenção e moralidade. Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia, Campinas, SP, v. 43, n. 3, p. 55–71, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8664308. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O item estava no noticiário. Um funcionário público disse que contrataria um motorista do sexo masculino em vez de uma mulher, porque após a crescente influência do movimento #MeToo, contratar um homem seria mais seguro. Assim ninguém o acusaria de assédio. A declaração do funcionário suscitou críticas públicas justificadas. Sendo um funcionário público, ele deve estar comprometido com as práticas de igualdade na contratação. Mas suponha que fosse um indivíduo particular que quisesse fazer o possível para se proteger da tentação. Pode parecer que não há nada de errado com isso: ele é livre para contratar quem quiser, e sua cautela é justificada: planejar com antecedência e resistir à tentação são marcas de racionalidade e pessoalidade, no sentido de Harry Frankfurt do termo. Mas por que devemos ser tão cautelosos para começar? Desafiando outras análises filosóficas da tentação, argumento que as tentações dificilmente são irresistíveis. Todos nós devemos assumir a responsabilidade por nossas ações e comportamento. É um dever moral controlar a nós mesmos e não deixar que outros paguem o preço por nossas deficiências. Essa noção é ao mesmo tempo kantiana, pois enfatiza a autonomia, e aristotélica: ela nos incita a trabalhar nossas virtudes.

PDF (English)

Referências

A. T. Nuyen (1997), “The Nature of Temptation,” Southern Journal of Philosophy 35, pp. 91-103.

Frank Jackson (2014), “Procrastinate Revisited,” Pacific Philosophical Quarterly 95, pp. 634-647.

Frank Jackson and Robert Pargetter (1986), “Oughts, Options, and Actualism,” Philosophical Review 95, pp. 233-255

Harry Frankfurt (1971), “Freedom of the Will and the Concept of a Person,” The Journal of Philosophy 68, pp. 5-20.

Homer (2003), The Odyssey, translated by E. V. Rieu, revised translation by D. C. H. Rieu, London: Penguin Paul M. Hughes (2002), “The Logic of Temptation,” Philosophia 29, pp. 89-110.

Jane H. Aiken (1984), “Differentiating Sex from Sex: the Male Irresistible Impulse,” N.Y.U. Review of Law and Social Change 12, pp. 357-383.

Michael E. Bratman (1987), Intentions, Plans, and Practical Reason, Cambridge, Mass.: Harvard University Press.

Michael E. Bratman (2014), “Temptation and the Agent’s Standpoint,” Inquiry 57, pp. 293-310 J. P. Day (1993), “Temptation,” American Philosophical Quarterly 30, pp. 175-181.

Paul M. Hughes (2004), “What Is Wrong with Entrapment,” Southern Journal of Philosophy 42, pp. 45- 60.

Saul Smilansky (1997), “Should I Be Grateful to You for Not Harming Me?”, Philosophy and Phenomenological Research 57, pp. 585-59.7

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia

Downloads

Não há dados estatísticos.