Resumo
O presente livro parte da hipótese de que, nos últimos duzentos anos, uma série de filósofos alemãs, alguns de primeira linha, utilizaram o seu engajamento político em termos de um "quadrilátero" de conceitos, a saber, dos coneceitos de crise, nação, liderança e ordem. Por serem ao mesmo tempo filosóficos e políticos, os elementos que constituem esse quadrilátero, elaborado pela primeira vez por Fichte, puderam servir de ponte, ao longo de dois séculos da história alemã, entre o discurso filosofófico e a ação política. Os mesmos conceitos fizeram a ligação- essa é a tese central do livro- entre a filosofia e a política também na Alemanha de Hitler. A crise pessoal de Heidegger, em 1933, deve ser estudada no interior da crise de identidade que envolveu a filosofia alemã no seu todo. Paradoxalmente, portanto, o subtítulo do livro em apreço é mais importante do que o título: ele trata muito mais da relação entre a filosofia alemã e o socialismo nacional do que da relação de Heidegger com esse movimento.
Referências
Sluga, H. (1993). Heidegger's Crisis: Philosophy and Politics in Nazi Germany (Cambridge, Mass., Harvard University Press).
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Copyright (c) 1997 Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia