Resumo
O artigo analisa dados de candidaturas e prestação de contas das eleições de 2014
e 2018 no Brasil para responder à seguinte pergunta: quais são os efeitos da
proibição do financiamento eleitoral empresarial e da introdução do Fundo Especial
de Financiamento de Campanha (FEFC) sobre as redes de financiamento eleitoral?
Coletamos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os analisamos com a
metodologia da Análise de Redes Sociais e tratamentos estatísticos complementares.
Como resultado, confirmamos nossas três hipóteses: (H1) a topologia da rede de
financiamento eleitoral manteve-se altamente assimétrica; (H2) sem as empresas,
os partidos políticos aumentaram sua centralidade na rede de financiamento; e, (H3)
o sucesso eleitoral manteve-se fortemente relacionado à ocupação de posições
centrais na rede de financiamento, não havendo alterações significativas nos perfis
de partidos e candidatos mais competitivos.
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