Resumo
Este artigo constitui-se numa investigação fundada na visão evolucionista sobre o crescimento econômico, inovação e competição. Nosso ponto de partida é a idéia de que o sistema econômico é composto por múltiplos agentes, diversos em habilidades e capacidades, interagindo e reagindo uns com os outros de forma a se adaptar ao ambiente em que estão inseridos. Neste processo, os agentes econômicos acabam por modificar os padrões de comportamento e as estruturas que eles próprios ajudaram a criar. O artigo está construído em torno de duas idéias principais. A primeira é a de que o processo de tomada de decisões deve ser analisado através do conjunto de regras e rotinas que os agentes econômicos – em particular, as empresas – dispõem para decidir qual o curso de ação que devem tomar. Este tratamento permite recuperar a questão da micro-diversidade e da relevância de padrões de conduta. A segunda idéia está relacionada à importância do crescimento econômico como um fenômeno emergente. Como tal, os processos de transformação podem ser divididos em três elementos: processos de seleção, processos de criação de novidades (micro-diversidade) e processos de desenvolvimento. A forma de interdependência entre estes elementos vai ajudar a definir a própria relação entre inovação, crescimento e competição. No contexto do artigo, a questão-chave está na especificação da concorrência como um processo de seleção. Para avaliar o crescimento e desenvolvimento de categorias relevantes dentro das populações tomamos como base os princípios de Fisher e seus desdobramentos nas equações de replier dynamics. Acreditamos que o artigo possa ajudar a esclarecer os elementos centrais presentes na teoria evolucionista do crescimento endógeno, estabelecendo seus fundamentos no processo de conhecimento.Referências
Jones, C.I., “RandD-Based Models of Economic Growth”, Journal of Political
Economy, v. 103, p. 759-784, 1995.
Jones, C.I., “Growth: With or Without Scale Effects”, American Economic Review, v. 99, (May), 1999.
Jones, C.I., “Was an Industrial Revolution Inevitable? Economic Growth over the Very Long Run”, mimeo, Stanford University, 2000.
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