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Innovation and the Development Convention in Brazil
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Palavras-chave

Desenvolvimento econômico. Inovação. Convenção. Estratégia de desenvolvimento.

Como Citar

ERBER, Fabio Stefano. Innovation and the Development Convention in Brazil. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 3, n. 1, p. 35–54, 2009. DOI: 10.20396/rbi.v3i1.8648891. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648891. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Durante os anos noventa a economia brasileira foi governada por uma visão específica do processo de desenvolvimento econômico que enfatizava o papel do progresso técnico como um meio para atingir crescimento econômico rápido e estável. Não obstante, o grau de inovação tecnológica endógena no Brasil permanece muito baixo. Este artigo explora a conjectura de que este último resultado é uma conseqüência da visão hegemônica de desenvolvimento. A primeira seção do artigo apresenta dados quantitativos e qualitativos para apoiar nossa afirmativa a respeito da inovação da economia brasileira. A segunda seção argumenta que a “visão de desenvolvimento” pode ser tratada como uma “convenção”, um conjunto de crenças compartilhado pelos tomadores de decisão, utilizado para identificar os principais problemas que uma estratégia de desenvolvimento deve enfrentar e os meios adequados para resolver estes problemas. Uma convenção de desenvolvimento contém também uma agenda “negativa” — questões e soluções que devem ser evitados. A mesma seção analisa a convenção de desenvolvimento que foi hegemônica dos anos noventa até a data do artigo (2002) e as implicações de suas agendas — positiva e negativa — para o desenvolvimento tecnológico, supondo que a convenção tivesse funcionado como seus defensores acreditavam. Os resultados hipotéticos são consistentes com os fatos relatados na seção inicial. A última seção comenta o efetivo funcionamento da convenção de desenvolvimento, argumentando que a prática exacerbou as características tecnológicas presentes na “forma pura” da convenção. Na conclusão, discute-se brevemente o papel da inovação numa nova convenção de desenvolvimento que delineava-se à época.
https://doi.org/10.20396/rbi.v3i1.8648891
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