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A Pesquisa Pública e a Indústria Sementeira nos Segmentos de Semente de Soja e Milho Híbrido no Brasil
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Palavras-chave

Organização da pesquisa agrícola. Intervenção estratégica. Relações público-privado. Lei de proteção de cultivares. Biotecnologia.

Como Citar

FUCK, Marcos Paulo; BONACELLI, Maria Beatriz. A Pesquisa Pública e a Indústria Sementeira nos Segmentos de Semente de Soja e Milho Híbrido no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 87–121, 2009. DOI: 10.20396/rbi.v6i1.8648942. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648942. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

Os últimos anos têm sido marcados por diversas mudanças na organização da pesquisa agrícola. Neste novo momento, as Instituições Públicas de Pesquisa Agrícola (IPPAs) estão perdendo o espaço ocupado durante a Revolução Verde. Atualmente, em diversos países do mundo, as empresas transnacionais têm sido as principais executoras de pesquisas sobre biotecnologia agrícola e, conseqüentemente, têm ampliado sua participação no mercado de sementes de importantes culturas agrícolas. Porém, entende-se que sem o fortalecimento das instituições de pesquisa locais, os países em desenvolvimento podem vir a ser meros receptores passivos de tecnologias desenvolvidas por tais empresas, não aproveitando as oportunidades a serem exploradas no campo da biotecnologia e não conseguindo se contrapor às estratégias das empresas transnacionais. No caso brasileiro, a forma de atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um bom exemplo de como um IPPA pode participar de modo competitivo desta nova era da pesquisa agrícola.
https://doi.org/10.20396/rbi.v6i1.8648942
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