Resumo
A problemática da inovação tecnológica está despertando grande interesse da parte dos cientistas sociais. Nas últimas décadas diversos trabalhos foram desenvolvidos enfocando a construção de ambientes de inovação e capital social. Percebe-se que os estudos sobre sistemas e ambientes de inovação estão tirando importância da discussão propriamente tecnológica sobre as práticas de inovação, na medida em que focam preferencialmente a gestão e organização de fluxos de conhecimento e formação de redes. O presente trabalho pretende discutir a relação entre gestão tecnológica e prática dos inovadores, tendo por base o trabalho de filósofos e sociólogos das técnicas.Referências
Albagli, S.; Maciel, M.L., “Informação e conhecimento na inovação e no desenvolvimento local”, Ciência da Informação, v.33, n.3, set.-dez., 2004.
Andrade, T., “Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação”, Lua Nova, n.66, 2006.
Callon, M.; Lascoumes, P.; Barthe, Y., Agir dans um monde incertain, Paris: Seuil, 2001.
Cassiolato, J.E.; Lastres, H., “Sistemas de Inovação: políticas e perspectivas”, Parcerias Estratégicas, n.8, p.237-255, 2000.
Castells, M., A sociedade em rede, São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Dodgson, M., “As políticas para ciência, tecnologia e inovação nas economias asiáticas de industrialização recente”, in Kim, L.; Nelson, R. (orgs.), Tecnologia, aprendizado e inovação, Campinas: Ed. Unicamp, 2005.
Dosi, G., Technical change and industrial transformation, Londres: McMillan, 1988.
Freeman, C., The economics of hope, Londres: Pinter, 1992.
Freeman, C., La teoria económica de la innovación industrial, Madri: Alianza Editorial, 1975.
Gibbons, M. et al, The new production of knowledge, Londres: Sage, 1994.
Habermas, J., “Ciência e técnica como ‘ideologia’”, São Paulo: Ed. Abril (col. Os Pensadores), 1983.
Lemos, C., “Inovação na era do conhecimento”, Parcerias Estratégicas, n.8, p.157-179, 2000.
Maciel, M.L., O milagre italiano: caos, crise e criatividade, Brasília: Paralelo 15, 1996.
Maciel, M.L., “Inovação e conhecimento”, in Sobral, Fernanda et al. (orgs.), A alavanca de Arquimedes – ciência e tecnologia na virada do século, Brasília: Paralelo 15, 1997.
Martins, C.E., Tecnocracia e capitalismo, São Paulo: Ed. Brasiliense, 1974.
Moles, A., “Engenheiros e inventores hoje”, in Scheps, R. (org.), O império das técnicas, Campinas: Ed. Papirus, 1994.
Rosenberg, N., Por dentro da caixa-preta, Campinas: Ed. Unicamp, 2006.
Schumpeter, J.A., Teoria do desenvolvimento econômico, São Paulo: Ed. Abril (col. Os Pensadores), 1982.
Simondon, G., Du mode d ́existence des objets techniques, Paris: Aubier Montaigne, 1969.
Simondon, G., L ́individuation psychique et collective, Paris: Aubier, 1989.
Stiegler, B., “La maieutique de l ́objet comme organisation de l ́inorganique”, in Simondon – une pensée de l ́individuation et de la technique, Paris: Albin Michel, 1994.
Stiegler, B., Technics and time 1, Stanford: Stanford University Press, 1998.
Trigueiro, M.G.S., O clone de Prometeu, Brasília: Ed. UnB, 2002.
Zackiewicz, M., “Coordenação e organização da inovação: perspectives do estudo do futuro e da avaliação em ciência e tecnologia”, Parceiras Estratégicas, n.17, nov., 2003
O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.