Banner Portal
Diferenças de comportamento inovador entre empresas nacionais e estrangeiras no Brasil
PDF

Palavras-chave

Inovação. Capital estrangeiro. Brasil. Indústria. Empresas multinacionais.

Como Citar

URRACA-RUIZ, Ana; AMORIM, Renata Bhawan de. Diferenças de comportamento inovador entre empresas nacionais e estrangeiras no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 29–68, 2010. DOI: 10.20396/rbi.v9i1.8648993. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648993. Acesso em: 8 nov. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo comparar o comportamento inovador de empresas multinacionais (EMN) e nacionais (ENA) no Brasil por setor de atividade industrial. As variáveis de comparação são as que a literatura tradicionalmente recomenda (intensidade de mudança tecnológica, insumos, produtos, aprendizado e trajetória tecnológica) e que se encontram na Pintec 2003 do IBGE. A comparação é realizada mediante o cálculo de índices de semelhança e coeficientes de correlação entre as propensões a realizar as atividades definidas entre ambos os grupos de empresas e por setor, assim como por meio de indicadores de autonomia e dependência tecnológica. Os principais resultados mostram que: i) as EMN são mais propensas a inovar, mas não são altamente inovadoras; ii) as diferenças de comportamento entre ambos os grupos estudados são muito reduzidas em termos agregados, na maior parte dos setores e para todas as variáveis examinadas, o que significa que a atividade inovadora de cada empresa é fortemente determinada por imperativos tecnológicos setoriais; iii) os setores que apresentam maiores diferenças de comportamento são praticamente os mesmos para a maior parte das variáveis objeto de comparação (confecção, metalurgia, indústrias diversas, refino de petróleo, veículos e instrumentos e equipamentos de comunicações), o que revela que os aspectos relativos à estrutura e organização da firma podem ser mais relevantes que os imperativos tecnológicos setoriais.
https://doi.org/10.20396/rbi.v9i1.8648993
PDF

Referências

ARCHIBUGI, D. The sectoral structure of innovative activities in Italy. Results and methodology. Tesis (doctoral) – Universidad de Sussex, Science Policy Research Unit, Brighton, 1991.

ARCHIBUGI, D.; CESARATTO, S.; SIRILLI, G. Sources of innovative activities and industrial organization in Italy. Research Policy, v. 20, p. 299-313, 1991.

CANTWELL, J. The globalism of technology: what remains of the product cycle model. Cambridge Journal of Economics, v. 19, p. 155-174, 1995.

CANTWELL, J.; JANNE, O. Technological globalisation and innovative centres: the role of corportate technological leadership and locational hierarchy. Research Policy, v. 28, p. 119-144, 1999.

COHEN, W.M.; LEVINTHAL, D.A. Innovation and learning: the two faces of R&D. The Economic Journal, v. 99, p. 569-596, Sept. 1989.

DOSI, G. Sources, procedures and microeconomics effects of innovation. Journal of Economic Literature, v. 26, p. 1120-1171, 1988.

DUNNING, J.H. Multinational enterprises and the globalisation of innovatory capacity. Research Policy, v. 23, p. 67-88, 1994.

GARCÍA-GARCÍA, C.E. El proceso de innovación en la empresa. Competencias y aprendizaje organizativos en la producción de conocimiento para la innovación. Economía Industrial, v. 301, p. 27-36, 1995.

GERYBADZE, A.; REGER, G. Globalization of R&D: recent changes in the management of innovation in transnational corporations. Research Policy, v. 28, n. 2-3, p. 251-274, 1999.

HOWELLS, J. The location and organization of research and development: new horizons. Research Policy, v. 19, n. 2, p. 133-146, Apr. 1990.

ITO, B.; WAKASUGI, R. What factors determine the mode of overseas R&D by multinationals? Empirical evidence. Research Policy, v. 36, n. 5, p. 1275-1287, 2007.

KLEVORICK, A.K. et al. On the sources and significance of interindustry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, p. 185-205, 1995.

KUROKAWA, S. The relationship between internal R&D capabilities and external technology adquisitions: small technology-based firms in the U.S. and Japan. In: KOJIMA, K. (Ed.). Innovation and business dynamism in Japan and Korea. Kobe, Kobe University, 1992. p. 101-111.

LEVIN, R.C. Appropriability, R&D Spending, and Technological Performance. American Economic Review, v. 78, n. 2, p. 424-428, May 1988.

LEVIN, R.C. et al. Appropriating the returns from industrial research and development. Brookings Papers on Economic Activity, v. 3, p. 783-820, 1987.

MALERBA, F. Learning by firms and incremental technical change. The Economic Journal, n. 102, p. 845-859, 1992.

MALERBA, F.; ORSENIGO, L. Technological regimes and patterns of innovation: a theoretical and empirical investigation of the italian case. In: HEERTJE A.; PERLMAN M., (Ed.). Evolving Technology and Market Structure: Studies in Schumpeterian Economics. USA: The University of Michigan Press, 1990. p. 283-305.

MANSFIELD., E.; RAPOPORTS, J. The costs of industrial products innovations. Management Science, v. 21, n. 12, p. 1380-1386, Ago. 1975.

OCDE. Proposed Guidelines for collecting and interpreting technological innovation data: Oslo manual. 1. ed. Paris: OCDE, 1992.

PATEL, P.; PAVITT, K. Patterns of technological activity: their measurement and interpretation. In: STONEMAN P. (Ed.). Handbook of the economics of innovation and technological change. Oxford: Blackwell Publishers LTD, 1995.

PATEL, P.; VEGA, M. Patterns of internationalisation of corporate technology: location versus home country advantages. Research Policy, v. 28, n. 2-3, p. 145-155, 1999.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v. 13, n. 6, p. 343-373, 1984.

PEARCE, R.D. Factors influencing the internationalization of R&D in multinational enterprises. In: BUCKLEY, P.J.; CASSON, M. Multinational enterprises in the world economy. England: Edgar Elgar Publishing LTD, 1992.p. 75-95.

VON HIPPEL, E. The sources of innovation. Oxford: Oxford University Press. 1988.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.