Banner Portal
Dinâmica setorial e especialização produtiva da indústria de transformação brasileira entre 1998 e 2014
PDF (English)
PDF Acesso via SciELO (English)

Palavras-chave

Especialização produtiva
Manufatura
Análise fatorial
Análise de Cluster
Mudança estrutural.

Como Citar

MAIA, Bento Antunes de Andrade; MAIA, Alexandre Gori. Dinâmica setorial e especialização produtiva da indústria de transformação brasileira entre 1998 e 2014. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 18, n. 1, p. 121–156, 2019. DOI: 10.20396/rbi.v18i1.8653206. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8653206. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O processo de desindustrialização no Brasil tem sido amplamente discutido na literatura econômica. Contudo, seria o caso de considerarmos toda a indústria como perdedora desse processo de desenvolvimento? E quais seriam os fatores associados às transformações estruturais da indústria brasileira? Este artigo analisa os setores perdedores e ganhadores do processo de desenvolvimento brasileiro entre 1998 e 2014, período marcado por profundas transformações econômicas. O trabalho utiliza uma abordagem bastante desagregada, incluindo dados de 200 classes da indústria de transformação e uma nova estratégia de agrupamento dos setores mais e menos dinâmicos. Os resultados destacam: setores especialmente favorecidos, como o processamento de commodities agrícolas e os setores de bens de consumo (como a fabricação de computadores, aparelhos telefônicos, aparelhos de ar-condicionado, automóveis, aparelhos de televisão, entre outros); e setores especialmente fragilizados, como os segmentos têxteis e da indústria química.

https://doi.org/10.20396/rbi.v18i1.8653206
PDF (English)
PDF Acesso via SciELO (English)

Referências

BACHA, E. Bonança externa e desindustrialização: uma análise do período 2005-2011. In: BACHA, E.; BOLLE, M. de (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. p. 97-120.

BARBOSA FILHO, N. Dez anos de política econômica. In: SADER, E. (Org). 10 anos de governo pós-neoliberal no Brasil – Lula e Dilma. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.

BARBOSA FILHO, N. O desafio macroeconômico de 2015-2018. Revista de Economia Política, v. 35, n. 3, p. 403-425, jul./set. 2015.

BATISTA JUNIOR, P. A economia como ela é. São Paulo: Boitempo, 2000.

BAUMOL, W. Macroeconomics of unbalanced growth: the anatomy of urban crisis. American Economic Review, v. 57, n. 3, p. 415-426, June 1967.

BIELSCHOWSKY, R.; SQUEFF, G.; VASCONCELOS, L. Evolução dos investimentos nas três frentes de expansão da economia brasileira na década de 2000. In: CALIXTRE, A.; BIANCARELLI, A.; CINTRA, M. A. (org.). Presente e futuro do desenvolvimento brasileiro. 1. ed. Brasília: Ipea, 2014. p. 195-225.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Banco de dados agregados. Sistema Sisbacen. Available in: http://bit.ly/GSoutello9/. Access in: 20 Sep. 2015.

BRESSER-PEREIRA, L. The Dutch Disease and its neutralization: a ricardian approach. Brazilian Journal of Political Economy, v. 28, n. 1, p. 47-71, Jan./Mar. 2008.

BRESSER-PEREIRA, L.; NASSIF, A.; FEIJÓ, C.; ARAÚJO, E. Structural change and economic development: is Brazil catching up or falling behind?. Cambridge Journal of Economics, v. 39, n. 5, p. 1307-1332, 2015.

CARVALHO, F. Brazil still in troubled waters. New York: Levy Economics Institute of Bard College, 2017 (Public Policy Brief, n. 143).

CARVALHO, L.; KUPFER, D. Diversificação ou especialização: uma análise do processo de mudança estrutural da indústria brasileira. Revista de Economia Política, v. 31, n. 4, p. 618-637, out./dez. 2011.

CHANG, H-J. Kicking away the ladder: development strategy in historical perspective. London: Anthem Press, 2002.

CHANG, H-J. Maus samaritanos – o mito do livre comércio e a história secreta do capitalismo. Translation of Celina Martins Ramalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

CHENERY, H. Structural change and development policy. New York: Oxford University Press, 1979.

CLARK, C. The conditions of economic progress. London: MacMillan, 1957.

COUTINHO, L.; KUPFER, D. As múltiplas oportunidades de desenvolvimento e o futuro da indústria brasileira. In: DE TONI, J. (Org.). Dez anos de política industrial: balanços e perspectivas (2004-2014). Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2015.

CUADRAS, C. M. Métodos de análisis multivariante. Barcelona: EUNIBAR – Editorial Universitária de Barcelona S. A., 1981.

CRIVISQUI, E. Presentación de los métodos de clasificación. Bruxelas: Programa Presta, ULB, 1999.

DIAO, X.; MCMILLAN, M.; RODRIK, D. The recent growth boom in developing economies: a structural change perspective. National Bureau of Economic Research, 2017.

FIGUEIREDO FILHO, D.; SILVA JÚNIOR, J. Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial. Opinião Pública, v. 16, n. 1, p. 160-185, 2010.

FISHLOW, A. Origens e consequências da substituição de importações: 40 anos depois. In: BACHA, E.; BOLLE, M. B. de (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. p. 97-120.

FUNCEX – Fundação de Comércio Exterior. Available in: http://www.funcex.com.br. Access in: Feb. 2016.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Instituto Brasileiro de Economia: Índice de Preços por Atacado – Setorial, FGV Dados Premium.

GHANI, E.; O’CONELL, S. Can service be a growth escalator in low income countries? Washington, DC: World Bank, July 2014 (Policy Research Working Paper, 6971). Available in: http://documents.worldbank.org/curated/en/2014/07/19877603/can-service-growthescalatorlow-income-countries-can-servicegrowth-escalator-low-income-countries. Access in: 2014.

HAIR, JR., J. F.; BLACK, W; BABIN, B; ANDERSON, R. Multivariate data analysis. 6. ed. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall, 2006.

HAMILTON, W. Geometry for the selfish herd. Journal of theoretical Biology, v. 31, n. 2, p. 295-311, 1971.

HAUSMANN, R.; HIDALGO, C.; BUSTOS, S. The atlas of economic complexity: mapping paths to prosperity. Cambridge, MA: Mit Press, 2014.

HIRATUKA, C.; SARTI, F. Transformações na estrutura produtiva global, desindustrialização e desenvolvimento industrial no Brasil. Brazilian Journal of Political Economy/Revista de Economia Política, v. 37, n. 1, p. 189-207, 2017.

HIRSCHMAN, A. O. The strategy of economic development. New Heaven: Yale University Press, 1958.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Comissão Nacional de Classificação (Concla). Available in: concla.ibge.gov.br. Access in: Nov. 2015.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual da Indústria. Available in: www.ibge.gov.br. Access in: Oct. 2016.

KIM, C.; LEE, S. Different paths of deindustrialization: Latin American and Southeast Asian countries from a comparative perspective. Journal of International and Area Studies, v. 21, n. 2, p. 65-81, Dec. 2014.

KIM, J.; MUELLER, C. Factor analysis – statistical methods and practical issues. Iowa: University of Iowa, 1978.

KRUGMAN, P. A crise de 2008 e a economia da depressão. Translation of Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

KUBIELAS, S. Transformation of technology patterns of trade in the post-socialist economies. In: DYKER, D. A.; RADOSEVIC, S. (ed.). Innovation and structural change in post-socialist countries: a quantitative approach. Kluwer Academic Plublishers, 1999. p. 385-410.

KUZNETS, S; MURPHY, J. T. Modern economic growth: rate, structure, and spread. New Haven: Yale University Press, 1966.

KUZNETS, S. Modern economic growth: findings and reflections. The American Economic Review, v. 63, n. 3, p. 247-258, 1973.

LAPLANE, M. A indústria ainda é o motor do crescimento? Teoria e evidencias. In: DE TONI, J. (org.). Dez anos de política industrial: balanços e perspectivas (2004-2014). Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. 2015.

LAZZARINI, S.; JANK, M.; INOUE, C. Commodities no Brasil: maldição ou benção? In: BACHA, E.BOLLE, M. B. de (org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. p. 201-225.

LEWIS, W. Economic development with unlimited supplies of labour. The Manchester School, v. 22, n. 2, p. 139-191, 1954.

LIST, F. The National System of Political Economy. New Jersey: Augustus M. Kelly, 1991 edition.

MADDISON, A. Growth and slowdown in advanced capitalist economies: techniques of quantitative assessment. Journal of economic literature, v. 25, n. 2, p. 649-698, 1987.

MAIA, B. Mudança estrutural na indústria de transformação brasileira entre 1998 e 2014. Tese (Doutorado) – Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas (IE/Unicamp), Campinas, 2018.

MAIA, A.; MENEZES, E. Economic growth, labor and productivity in Brazil and the United States: a comparative analysis. Revista de Economia Política, v. 34, n. 2, p. 212-229, n. 2014.

MEDEIROS, C. Inserção externa, crescimento e padrões de consumo na economia brasileira. Brasília: Ipea, 2015.

MILLS, W. A nova classe média. Translation of Vera Borda. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.

NASSIF, A.; BRESSER-PEREIRA, L. C.; FEIJO, C. The case for reindustrialisation in developing countries: towards the connection between the macroeconomic regime and the industrial policy in Brazil. Cambridge Journal of Economics, v. 42, n. 2, p. 355-381, 2018.

OECB – Organisation for Economic Co-Operation and Development. Isic Rev. 3 Technology Intensity Definition. 2011.

OCAMPO, J. (coord.). Globalização e desenvolvimento. Cepal, 2002.

PEREZ, C. A vision for Latin America: a resource-based strategy for technological dynamism and social inclusion. Economica, 2013.

PREBISCH, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e seus principais problemas. Revista Brasileira de Economia, v. 3, n. 3, p. 47-111, 1949. Available in: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/viewArticle/2443. Access in: Nov. 2015.

ROCHA, F. Produtividade do trabalho e mudança estrutural nas indústrias brasileiras extrativa e de transformação, 1970-2001. Revista de Economia Política, v. 27, n, 2 (106), p. 221-241, abr./jun. 2007.

ROCHA, C. Recursos naturais e estratégia de desenvolvimento no Brasil. In: BARBOSA, N. et al. (Org.). Indústria e desenvolvimento produtivo no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

ROWTHORN, R.; COUTTS, K. De-industrialisation and the balance of payments in advanced economies. Cambridge Journal of Economics, v. 28, n. 5, p. 767-790, 2004.

SAS. SAS/STAT – user’s guide. Cary: SAS Institute Inc., 1990.

SQUEFF, G. Rigidez produtiva e importações no Brasil: 1995-2009. In: SQUEFF, G. C. (Org.). Dinâmica macrossetorial brasileira. Brasília: Ipea, 2015.

TREGENNA, F. Deindustrialisation, structural change and sustainable economic growth. UNIDO/ Industrial Development Report. Maastricht, 2016.

UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development. UNCTADStat Database. 2017. Available in: http://unctadstat.unctad.org/. Access in: Jan. 2017.

UNSTAT – United Nation Statistical Division. ISIC Rev.4. Available in: https://unstats.un.org/unsd/cr/registry/isic-4.asp. Access in: Jun. 2016.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Revista Brasileira de Inovação

Downloads

Não há dados estatísticos.