Resumo
O objetivo deste trabalho é realizar uma análise ex-ante do Programa Inova Petro para operíodo compreendido entre 2012 e 2017 e responder à seguinte questão: por que a mais importante política de inovação para a cadeia nacional de fornecedores da indústria de petróleo e gás natural apresenta dificuldades em contratar os planos de negócio aprovados? Ao realizar o estudo do programa a partir dos elementos O-M-P (Organizações-Métodos-Propósitos), conclui-se que as fragilidades do Programa Inova Petro estão relacionadas ao baixo nível de coordenação entre as organizações que planejam e executam a política e a seleção dos métodos adequados para o alcance dos propósitos planejados.
Referências
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (ABDI). Referências para a Política Industrial do Setor de Petróleo e Gás: O Caso da Noruega. Brasília: ABDI, 2011.
ARAÚJO, B.P.; MENDES, A.P.A; COSTA, R.C. Perspectivas para o Desenvolvimento Industrial e Tecnológico na Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços Relacionados ao Setor de P&G. In: SOUSA, F.L. (org.). BNDES 60 anos: perspectivas setoriais. Rio de Janeiro: 2012. v.1. p. 224-273.
BAIN & COMPANY; TOZZINI FREIRE ADVOGADOS. Estudos de alternativas regulatórias institucionais e financeiras para a exploração e produção de petróleo e gás natural e para o desenvolvimento industrial da cadeia produtiva de petróleo e gás no Brasil. São Paulo: Editores: Bain & Company e Tozzini Freire Advogados, 2009. Disponível em: https://web.bndes.gov. br/bib/jspui/handle/1408/7681. Acesso em: 10 abr. 2018.
BIANCHI, P.; LABORY, S. Industrial policy after the crisis: seizing the future. Cheltenham-UK: Edward Elgar Publishing, 2011.
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). Resultados do programa Inova Petro. Rio de Janeiro: BNDES – Departamento de Gás, Petróleo e Cadeia Produtiva, 2015.
BRET-ROUZAUT, N.; FAVENNEC, J. P. Petróleo e gás natural: como produzir e a que custo. 2. ed. Rio de Janeiro: Synergia Editora, 2011.
CANO, W.; SILVA, A.L.G. Política industrial do governo Lula. Campinas: IE/Unicamp, 2010. (Texto para discussão, 181).
CIMOLI, M.; DOSI, G.; NELSON, R.; STIGLITZ, J. E. Institutions and policies shaping industrial development: an introductory note. In: CIMOLI, M.; DOSI, G.; NELSON, R.; STIGLITZ, J. E. (ed.). Industrial policy and development: the political economy of capabilities accumulation. Oxford-UK: Oxford University Press, 2009. p. 19-38.
CORDEN, W.M. Relationships between Macro-economic and Industrial Policies. The World Economy, v. 3, n. 2, p. 167-184, Sept. 1980.
DOGSON, M. As políticas para ciência, tecnologia e inovação nas economias asiáticas de industrialização recente. In: KIM, L.; NELSON, R.R. (org.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005. p. 313-364. DOSI, G. Mudança Técnica e Transformação Industrial: a teoria e uma aplicação à indústria dos semicondutores. Campinas: Editora Unicamp, 2006.
FERNÁNDEZ Y FERNÁNDEZ, E. Indústria nacional de bens e serviços nos arranjos produtivos do setor de óleo e gás natural no Brasil. In: GIAMBIAGI, F.; LUCAS, L.P.V. (org.). Petróleo: reforma e contrarreforma do setor petrolífero brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 104-124.
FIGUEIREDO, M.F.; FIGUEIREDO, A.M.C. Avaliação política e avaliação de políticas: um quadro de referência teórica. Análise & Conjuntura, Belo Horizonte, v. 1, n. 3, p. 107127, set./dez. 1986.
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS (FINEP). Relação Final dos Planos de Negócio Aprovados no Edital Inova Petro 01/2012. Rio de Janeiro: Finep, 2013. (de acordo com a linha temática, após os recursos). Disponível em: http://www.finep.gov.br/apoio-e-financiamento-externa/programas-e-linhas/programas-inova/inova-petro. Acesso em: 10 maio 2018.
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS (FINEP). Relação dos Planos de Negócio Contratados no Edital Inova Petro 01/2012. Rio de Janeiro: Finep, 2018. (Posição em agosto de 2018). Departamento de Planejamento (DPLAN). Planilha de Excel.
FINEP; BNDES. Edital de Seleção Pública Conjunta FINEP/BNDES de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial no Setor de Petróleo & Gás – Inova Petro – 01/2012. Rio de Janeiro: Finep/BNDES, 2012. Disponível em: https://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/ programas-e-linhas/inova-petro/inovapetro-edital-selecao-01-2012.pdf. Acesso em: 3 jan. 2018.
FINEP; BNDES. Edital de Seleção Pública Conjunta FINEP; BNDES de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial no Setor de Petróleo & Gás – Inova Petro – 01/2014. Rio de Janeiro: Finep/BNDES, 2014. Disponível em: http://www.finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/562. Acesso em: 3 jan. 2018.
FREEMAN, C.; SOETE, L. A economia da inovação industrial. Campinas: Editora Unicamp, 2008.
GUIMARÃES, E.A. Uma avaliação da política de conteúdo local na cadeia do petróleo e gás. In: BACHA, E.; DE BOLLE, M.B. (org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. p. 333-353.
JOHNSON, B. Introduction: the idea of industrial policy. In: JOHNSON, B. (ed.). The industrial policy debate. San Francisco, ICS Press, 1984.
KIM, L. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da Coréia. Campinas: Editora Unicamp, 2005.
LEE, W.Y. O papel da política científica e tecnológica no desenvolvimento industrial da Coréia do Sul. In: KIM, L.; NELSON, R.R. (org.). Tecnologia aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005. p. 365-393.
NEGRI, J. A de. (coord.). Poder de compra da Petrobras: impactos econômicos nos seus fornecedores. Brasília: IPEA, 2011.
NELSON, R.R.; WINTER, S.G. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Editora Unicamp, 2005.
NERY, C. Inova Petro tem baixa procura por empréstimos. Valor Econômico, São Paulo, 25 ago. 2014. Caderno Empresas. Disponível em: https://www.valor.com.br/empresas/3665742/ inova-petro-tem-baixa-procura-por-emprestimos. Acesso em: 5 jan. 2018.
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. ed. Rio de Janeiro: FINEP, 2006.
OLIVEIRA, A. de; ROCHA, F. Estudo da Competitividade da indústria brasileira de bens e serviços do setor de P&G. Conclusões e Recomendações de Política. Rio de Janeiro: Prominp, 2006.
POSSAS, M.L. Ciência, tecnologia e desenvolvimento: referências para debate. In: CASTRO, A.C. et al. (org.). Brasil em desenvolvimento: economia, tecnologia e competitividade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. v.1. p. 319-349. PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL (PROMINP). Indústria Para-Petrolífera Brasileira: Competitividade, Desafios e Oportunidades. Rio de Janeiro: Prominp, 2008.
RYGGVIK, H. Construindo uma indústria nacional de petróleo offshore: a experiência norueguesa. Rio de Janeiro: Campus, 2014.
STIGLITZ, J.E.; YIFU, J.L.; MONGA, C. The rejuvenation of industrial policy. In: STIGLITZ, J.E.; YIFU, J.L. (ed.). The industrial policy revolution I: the role of government beyond ideology. New York: Palgrave Macmillan, 2013.
SUZIGAN, W.; FURTADO, J. Política industrial e desenvolvimento. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 163-185, 2006.
TESTA, M. Pensar em saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Inovação