Banner Portal
Os esforços inovativos das grandes empresas farmacêuticas no Brasil
PDF
PDF Acesso via SciELO

Palavras-chave

Indústria farmacêutica
Grandes empresas
Capacidade tecnológica
Inovação
Brasil

Como Citar

PARANHOS, Julia; MERCADANTE, Eduardo; HASENCLEVER, Lia. Os esforços inovativos das grandes empresas farmacêuticas no Brasil: o que mudou nas duas últimas décadas?. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 19, p. e0200015, 2020. DOI: 10.20396/rbi.v19i0.8655780. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8655780. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este artigo compara os esforços inovativos das grandes empresas farmacêuticas nacionais (GEFNs) e transnacionais (GEFTs) atuantes no Brasil. A metodologia descritiva utiliza dados não publicados das últimas três edições da Pesquisa de Inovação (Pintec) – 2008, 2011 e 2014 – e uma revisão da literatura sobre a indústria farmacêutica e suas estratégias de inovação para explicar os esforços inovativos descritos pelos dados. Os resultados mostram a evolução positiva das GEFNs em termos de esforços de criação de capacidades inovativas, e a manutenção do padrão de baixos esforços inovativos das GEFTs no Brasil. Conclui-se que as GEFNs estão alterando seu padrão de investimentos em atividades inovativas. Tais resultados corroboram estudos empíricos, que mostraram o avanço na complexidade das capacidades inovativas dessas empresas, e apontaram outras estratégias utilizadas, como parceria com centros de conhecimento e internacionalização da P&D.

https://doi.org/10.20396/rbi.v19i0.8655780
PDF
PDF Acesso via SciELO

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico. Brasília: Anvisa, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS (PRÓGENÉRICOS). Dados do setor. Disponível em: www.progenericos.org.br/dados-dosetor. Acesso em: 21 dez. 2015.

BASTOS, V. Inovação farmacêutica: padrão setorial e perspectivas para o caso brasileiro. BNDES Setorial, n. 22, p. 271-296, set. 2005.

BELL, M; PAVITT, K. Technological accumulation and industrial growth: contrasts between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change, v. 2, n. 2, p. 157-210, 1993.

BUENO, I. Como estabilizar o financiamento para a subvenção econômica para empresas inovadoras? In: ENCONTRO NACIONAL DE INOVAÇÃO EM FÁRMACOS E MEDICAMENTOS – ENIFARMED, 11., 2017, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: <http://www.ipd-farma.org.br/secoes/page/95/11-ENIFarMed>. Acesso em: 19 jun. 2019.

CALIARI, T., RUIZ, R. Brazilian pharmaceutical industry and generic drugs policy: impacts on structure and innovation and recent developments. Science and Public Policy, v. 41, n. 2, p. 245-256, Apr. 2014.

CANTWELL, J. Innovation and competitiveness. In: FARGERBERG, J., MOWERY, D., NELSON, R. (Ed.). The Oxford handbook of innovation. New York: Oxford University Press, 2005. p. 543-567.

CENTRO DE GESTÃO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE). Competências para inovar na indústria farmacêutica brasileira. Brasília, DF: CGEE, 2017.

COHEN, W.; LEVINTHAL, D. Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, p. 128-152, 1990.

CUNHA, G.; HASENCLEVER, L. As capacidades tecnológicas das grandes empresas farmacêuticas nacionais: o caso do Grupo FarmaBrasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA INDUSTRIAL E INOVAÇÃO, 4., 2019. Campinas. Blucher Engineering Proceedings. São Paulo: Editora Blucher, 2019. p. 913-929.

FIGUEIREDO, P. Learning, capability accumulation and firms differences: evidence from latecomer steel. Industrial and Corporate Change, v.12, n.3, p. 607-643, 2003.

FIGUEIREDO, P. et al. Imperativo do fortalecimento da competitividade industrial no Brasil: evidências em nível de empresas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.

FRENKEL, J.; REIS, J.; ARAÚJO JR, J. Tecnologia e Competição na Indústria Farmacêutica Brasileira. Rio de Janeiro: Finep, 1978. (Mimeo).

HASENCLEVER, L.; FIALHO, B.; KLEIN, H.; ZAIRE, C. Economia Industrial de Empresas Farmacêuticas. Rio de Janeiro: E-papers, 2010.

HASENCLEVER, L.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. DAMASCENO, C. Uma análise das políticas industriais e tecnológicas entre 2003-2014 e suas implicações para o Complexo Industrial da Saúde. In: HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M.A.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. (org.). Desafios de operação e desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde. Rio de Janeiro: E-Papers, 2016. p. 99-126.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

KALE, D.; LITTLE, S. From imitation to innovation: the evolution of R&D capabilities and learning processes in the Indian pharmaceutical industry. Technology Analysis & Strategic Management, v. 19, n. 5, p. 589-609, 2007.

KATZ, J. Domestic technological innovation and dynamic comparative advantage: Further reflections on a comparative case-study program. Journal of Development Economics, v. 16, n. 1-2, p. 13-37, 1984.

KIM, L. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico na Coréia. Campinas: Editora da Unicamp, 2005 [1997].

KLEVORICK, A.; LEVIN, R.C.; NELSON, R.R.; WINTER, S.G. On the sources and significance of inter-industry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, n. 2, p. 185-205, 1995.

LADHA, Z. Marketing Strategy: are consumers really influenced by brands when purchasing pharmaceutical products? Journal of Medical Marketing, v. 7, n. 2, p. 146-151, 2007.

LAVARELLO, P.; GUTMAN, G.; SZTULWARK, S. Explorando el camino de la imitación creativa: la industria biofarmacéutica argentina en los 2000. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Ed. Carolina Kenigstein, 2018.

LUCIETTO, D.; SAGAZ, S.M.; ZASSO, F.M.; FREDDO, S.L. Marketing para a saúde: Conceitos, possibilidades e tendências. Revista Tecnológica, v. 3, n. 2, p. 30-50, 2015.

MACHADO, L.; MARTINI, R.; PIMENTEL, V. The effects of BNDES on Brazilian pharmaceutical firms’ innovation investments: a panel data approach. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 47, 2019, São Paulo. São Paulo, 2019 Disponível em: https://www.anpec.org.br/encontro/2019/submissao/files_I/i9-7076f869aae3d8895dc2a09a28995462.pdf. Acesso em: 10 out. 2019.

MALERBA, F.; ORSENIGO, L. The evolution of the pharmaceutical industry. Business History, v. 57, n. 5, p. 664-687, 2015.

MERCADANTE, E.; PARANHOS, J. Um Panorama dos Setores Farmacêuticos do Brasil e da Índia após a Adequação ao Acordo TRIPS. In: IORIO, V.; OLIVEIRA, A. (org.). Pesquisa e Compromisso Social a produção científica na graduação e na pós-graduação do CCJE/UFRJ. Rio de Janeiro: CCJE/UFRJ, 2017. p. 159-188.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). Relação Anual de Estatísticas Sociais 1995-2015. Brasília: MTE, 2017. Disponível em: http://bi.mte.gov.br/bgcaged. Acesso em: 05 jul. 2017.

MOTA, F.B.; PINTO, C.D.; PARANHOS, J.; HASENCLEVER, L. Mapping the ‘dynamic capabilities’ scientific landscape, 1990-2015: a bibliometric analysis, COLLNET Journal of Scientometrics and Information Management, v. 11, n. 2, p. 1-16, 2017.

NELSON, R.; WINTER, S. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Editora da Unicamp, 2005 [1982].

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Oslo Manual. 4. ed. Paris: OECD, 2018.

ORSI, F.; CORIAT, B. The New Role and Status of Intellectual Property Rights in Contemporary Capitalism. Competition & Change, v. 10, n. 2, p. 162-179, June 2006.

PALMEIRA FILHO, P. Catch Up da Indústria Farmacêutica Nacional e Financiamento à Inovação: o caso da atuação do BNDES através do Profarma. 2013, 242f. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

PARANHOS, J. Interação entre empresas e instituições de ciência e tecnologia: o caso do sistema farmacêutico de inovação brasileiro. Rio de Janeiro: Eduerj, 2012.

PARANHOS, J.; MERCADANTE, E.; HASENCLEVER, L. Alteração do padrão de esforços de inovação das grandes empresas farmacêuticas no Brasil. In: HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M.A.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. (org.). Desafios de operação e desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde. Rio de Janeiro: E-Papers, 2016. p. 247-277.

PARANHOS, J.; PERIN, F.S.; MERCADANTE, E.; SOARES, C. Industry-university interaction strategies of large Brazilian pharmaceutical companies. Management Research, v. 17, n. 4, p. 494-509, 2019.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: Towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v. 13, n. 6, p. 343-373, 1984.

PERIN, F. A internacionalização das empresas farmacêuticas nacionais brasileiras. 2019. 222 f. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

PIMENTEL, V. Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo de medicamentos no Brasil sob a ótica das compras públicas para inovação: 2009-2017. 2018. 248 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

RADAELLI, V. Trajetórias inovativas do setor farmacêutico no Brasil: tendências recentes e desafios futuros. 2012. 308 f. Tese (Doutorado em Política Científica e Tecnológica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.

SCHERER, F. Pharmaceutical Innovation. In: HALL, B.; ROSENBERG, N. (ed.). Handbook of the Economics of Innovation. New York: Elsevier, 2010. v. 1. p. 539-574.

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO (SINDUSFARMA). Indicadores econômicos. Disponível em: www.sindusfarmacomunica.org.br. Acesso em: 05 jul. 2017.

SUTZ, J. La innovación realmente existente en América Latina: medidas y lecturas. Rio de Janeiro: RedeSist/IE/UFRJ, 1998. (Nota Técnica n. 33).

TEECE, D. Technological innovation and the theory of the firm: the role of enterprise-level knowledge, complementarities, and (dynamic) capabilities. In: HALL, B.; ROSENBERG, N. (ed.). Handbook of the Economics of Innovation. New York: Elsevier, 2010. v. 1. p.680-730.

TEECE, D. Towards a capability theory of (innovating) firms: implications for management and policy. Cambridge Journal of Economics, v. 41, n. 3, p. 693-720, 2017.

TEECE, D.; PISANO, G. The dynamic capabilities of firms: An introduction. Industrial and Corporate Change, v. 3, n. 3, p. 537-556, 1994.

THOMPSON, P. Learning by doing. In: HALL, B.; ROSENBERG, N. (ed.). Handbook of the Economics of Innovation. New York: Elsevier, 2010. v. 1. p. 430-476.

TORRES, R. Capacitação tecnológica na indústria farmacêutica brasileira. 2015. 213 f. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

TORRES, R.L.; HASENCLEVER, L. Technological Capability Building in the Brazilian Pharmaceutical Industry. Latin American Business Review, v. 17, n. 3, p. 223-244, 2016.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Inovação

Downloads

Não há dados estatísticos.