Banner Portal
A Pesquisa Científica e o Interesse Público
PDF

Palavras-chave

Ciência e estado. Ciência e sociedade. Sistemas de inovação. Instituições científicas. Políticas de ciência e tecnologia.

Como Citar

SCHWARTZMAN, Simon. A Pesquisa Científica e o Interesse Público. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 1, n. 2, p. 361–395, 2009. DOI: 10.20396/rbi.v1i2.8648864. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648864. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este artigo resume as principais conclusões de uma pesquisa que examinou o relacionamento entre a pesquisa científica e tecnológica e o interesse público no Brasil, nas áreas de pesquisa agrícola e ambiental, farmacêutica e nas ciências sociais – pesquisas sobre trabalho e educação. A tese principal é que, em países em desenvolvimento, o principal parceiro e usuário potencial dos conhecimentos gerados pela pesquisa não é o setor privado, mas o setor público. Esta parceria entre instituições de pesquisa e agências públicas requer novas formas de institucionalização tanto da pesquisa quanto das agências de política científica, de maneira tal que seja possível aumentar a utilidade social da pesquisa, preservando ao mesmo tempo os padrões de liberdade acadêmica e qualidade que são essenciais em qualquer trabalho de natureza científica e tecnológica.
https://doi.org/10.20396/rbi.v1i2.8648864
PDF

Referências

Archibugi, D.; Michie, J., Technology, globalization and economic performance. Cambridge England, New York: Cambridge University Press, 1997.

Ashman, K. M.; Baringer, P. S., After the science wars. New York: Routledge, 2000.

Ben-David, J., The scientist’s role in society: a comparative study. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice Hall, 1971.

Bender, T., “Politics, intellect, and the American university, 1945-1995”. In Bender, T.; Schorske, C. E., American academic culture in transformation - fifty years, four disciplines. Princeton, N.J: Princeton University Press, p. 17-54, 1998.

Bonelli, R., Impactos econômicos e sociais de longo prazo da expansão agropecuária no Brasil: revolução invisível e inclusão social. Brasília: Embrapa. Seminário Impactos da mudança tecnológica do setor agropecuário na economia brasileira, 2001.

Botelho, A.; Schwartzman, S., “Growing pains: Brazilian scientists and their shifting roles”. In Gaillard, J.; Krishna, V. V.; Waast, R., Scientific communities in the developing world. New Delhi, Thousand Oaks, Calif: Sage Publications, p. 336-353, 1997.

Branscomb, L. M., “United States science and technology policy: issues for the nineties”. In Schwartzman, S.; Bertero, C. O.; Krieger, E. M. et. al. (eds). Science and technology in Brazil: a new policy for a global world, vol. 1, Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1995.

Branscomb, L. M., Auerswald, P. E., Taking technical risks: how innovators, managers, and investors manage risk in high-tech innovations, Cambridge, Mass: MIT Press, 2001.

Branscomb, L. M.; Keller, J., Investing in innovation – creating a research and innovation policy that works. Cambridge, Mass: MIT Press, 1998.

Branscomb, L. M.; Kodama, F., Japanese innovation strategies – technical support for business visions. Cambridge, Mass: Center for Science and International Affairs, Harvard University, CSIA occasional paper n. 10, 1993.

Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia. Silva, C. G.; Melo, L. C. P. (orgs.), Ciência, tecnologia e inovação – desafio para a sociedade brasileira – Livro Verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia/Academia Brasileira de Letras, 2001.

Brasil, Ministério do Planejamento. Despesa por programa, exercício de 1995 a 2000. http://www.planejamento.gov.br/orcamento/conteudo/estatistica/quadros/estatistica_1995_2001/dados_serie_historica/despesas_programa/exercicio_1995a2000.htm (acessado em 2001).

Brooks, S.; Gagnon, A. G.; Conway, T. et. al., Social scientists, policy and the state. New York: Praeger Publishers, 1990.

Brunner, J. J.; Sunkel, G., Conocimiento, sociedad y política. Santiago, Chile: Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO), 1993.

Chagas Filho, C. Entrevista de Johana Döbereiner. In Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência Cientistas do Brasil – vários depoimentos. São Paulo: SBPC, p. 77-85, 1998.

Coelho, E. C., As Profissões Imperiais: Advocacia, Medicina e Engenharia no Rio de Janeiro, 1822-1930. Rio de Janeiro: Editora Record, 1999.

David, P. A., Behind the diffusion curve – theoretical and applied contributions to the microeconomics of technology adoption. Boulder, Colorado: Westview Press, 1997.

De La Mothe, J.; Paquet, G., Information, innovation, and impacts. Norwell, Mass: Kluwer Academic. Economics of science, technology, and innovation, 2000.

Dosi, G.; Teece, D. J.; Chytry, J., Technology, organization and competitiveness perspectives on industrial and corporate change. Oxford: Oxford University Press, 1998.

Douglas, M.; Wildavsky, A. B., Risk and culture an essay on the selection of technical and environmental dangers. Berkeley: University of California Press, 1982.

Durand, M.; Giorno, C., “Indicators of international competitiveness: conceptual aspects and evaluation”. OECD Economic Studies, v. 9, n. Autumn, p.147-82, 1987.

The Economist. “A survey of the defence industry”. The Economist, n. June 20, 2002.

Edge, D.; “Reinventing the wheel”. In Jasanoff, S. M. G.; Petersen, J. C.; Pinch, T., Handbook of science and technology studies. Thousand Oaks, Calif: Sage Publications, 3-24, 1995.

Elzinga, A.; Jamison, A., “Changing policy agendas in science and technology”, ch. 25. In Jasanoff, S. M. G. E.; Petersen, J. C.; Pinch, T., Handbook of science and technology studies. Thousand Oaks, Calif: Sage Publications, p. 572-597, 1995.

Fuller, S.; “Is there life for sociological theory after the sociology of Sociology?”, The Journal of the British Sociological Association, v. 29, n.1 (Feb), p.159, 1995.

Gibbons, M.; Trow, M.; Scott, P. et. al. The new production of knowledge – the dynamics of science and research in contemporary societies. London, Thousand Oaks, California: Sage Publications, 1994.

Godin, B. E Gingras, Y., “The place of universities in the system of knowledge production.” Research Policy, v. 29, n.2, p. 273-78. 2000.

Graham, H. D.; Diamond, N., The rise of American research universities: elites and challenges in the postwar era. Johns Hokpins University Press, 1997.

Graham, L. R., What have we learned about science and technology from the Russian experience? Stanford, Calif: Stanford University Press, 1998.

Hilgartner, S., “The Human Genome Project”. In Jasanoff, S. M. G. E.; Petersen, J. C. e Pinch, T., Handbook of science and technology studies. Thousand Oaks, California: Sage Publications, p. 302-315, 1995.

Joravsky, D., The Lysenko affair, Cambridge, Mass: Harvard University Press, Russian Research Center studies 61, 1970.

Krieger, E.; Galembeck, F., “A capacitação brasileira para a pesquisa”. In Schwartzman, S.; Bertero, C. O.; Krieger, E. M. et. al. (eds). Ciência e tecnologia no Brasil (vol. 3): A capacitação brasileira para a pesquisa científica e tecnológica. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas,1-18, 1996.

Landi, F. R. (ed.), Vigor e inovação na pesquisa brasileira – resultados de projetos temáticos em São Paulo. São Paulo: FAPESP, 1998.

Latour, B. We have never been modern. Cambridge, Mass: Harvard University Press, 1993.

Mariani, M. C., “Educação e Ciências Sociais: O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais”. In Schwartzman, S. (org.), Universidades e instituições científicas no Rio de Janeiro. Brasília: CNPq, Coordenação Editorial, p. 167-195, 1982.

Mcmillan G.S.; Narin F. ; Deeds D.L., “An analysis of the critical role of public science in innovation: the case of biotechnology”. Research Policy, v. 29, n.1, p. 1-8. 2000.

Menand, L., “College: the end of the golden age”. The New York Review of Books, n. October 18, p. 44-47. 2001.

Merton, R. K., The sociology of science – theoretical and empirical investigations. Chicago: University of Chicago Press, 1973.

Mowery, D. C.; Rosenberg, N., Paths of innovation technological change in 20th century America. Cambridge, UK, New York: Cambridge University Press, 1998.

Needham, J., Science and society in ancient China. London: Watts, Conway memorial lecture, 1947.

Niosi, J.; Saviotti, P.; Bellon, B. et. al., “National systems of innovation: in search of a workable concept”. Technology in Society, v. 15, p. 207-27, 1993.

Organisation for Economic Co-operation and Development. Policy evaluation in innovation and technology: towards best practices. Paris, Washington: OECD, OECD proceedings, 1997.

Perez, J. F.; “Pesquisa e ousadia”. Folha de São Paulo, Caderno Tendência/Debates. 2000.

Sadlak, J.; Altbach, P. G., Higher education research at the turn of the new century structures, issues, and trends. Paris, New York: UNESCO. Garland Publications, 1997.

Salles Filho, S. (coord.). Ciência, tecnologia e inovação – A reorganização da pesquisa pública no Brasil. Campinas: Editora Komedi, 2000.

Schwartzman, S., “Ciência, tecnologia, tecnocracia e democracia”. In Schwartzman, S., Ciência, universidade e ideologia: a política do conhecimento. Rio de Janeiro: Zahar Editores, cap. 1, 1981a.

Schwartzman, S., “Modelos de atividade científica”. In Schwartzman, S.; Carvalho, A. P. D.; Leite, R. C. et. al., Administração da atividade científica. Brasília: FINEP/CNPq, p. 9-18, 1981b.

Schwartzman, S., “Desempenho das unidades de pesquisa: ponto para as universidades”. Revista Brasileira de Tecnologia, v. 16, n.2, p.54-60, 1985.

Schwartzman, S., “Brazil: Scientists and the State – Evolving Models and the ‘Great Leap Forward’”. In Solingen, E. Scientists and the state domestic structures and the international context. Ann Arbor: University of Michigan Press, p. 171-188, 1994a.

Schwartzman, S., “Os Institutos de pesquisa do Governo Federal”,1994b. http://www.airbrasil.org.br/simon/inpesq.htm

Schwartzman, S., “A Força do novo”. In Schwartzman, S., A redescoberta da cultura. São Paulo: Edusp – FAPESP, 1997.

Schwartzman, S., Um espaço para a ciência: a formaçao da comunidade científica no Brasil. Brasília: Ministério de Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimiento Científico e Tecnológico, Centro de Estudos Estratégicos, 2001.

Schwartzman, S., Balbachevsky, E., The academic profession in Brazil. In Altbach, P. G. (ed.). The international academic profession portraits of fourteen countries. Princeton, N.J: Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching, p. 231-280, 1996.

Schwartzman, S., Bertero, C. O.; Krieger, E. M. et. al. (eds.). Ciência e tecnologia no Brasil: uma nova política para um mundo global. Vol 2:. política industrial, mercado de trabalho e instituições de apoio. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas, 1995.

Segerstråle, U. C. O., Beyond the science wars the missing discourse about science and society. Albany: State University of New York Press, 2000. SUNY series in science, technology, and society.

Sokal, A. D.; Bricmont, J., Impostures intellectuelles. Paris: O. Jacob, 1997.

Stepan, N., Gênese e evolução da ciência brasileira: Oswaldo Cruz e a política de investigação científica e médica. Rio de Janeiro: Artenova, 1976.

Teichler, U.; Sadlak, J., Higher education research its relationship to policy and practice. Oxford: Pergamon Press, International Association of Universities, Issues in higher education, 2000.

Todeschini, R. (Representante da CUT no CODEFAT), “O FAT e o CODEFAT nas Políticas Públicas de Emprego e Renda no Brasil”, Internet, 2002.

Vessuri, H. M. C., La academia va al mercado relaciones de científicos académicos con clientes externos. Caracas: Fondo Editorial FINTEC. Distribuido por Monte Avila Editores Latinoamericana, 1995.

Weiss, C. “The many meanings of research utilization”. In Bulmer, M., Social Science and social policy. London, Boston: Allen & Unwin, p. 31-40, 1986.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.