Banner Portal
A Relação Universidade-Empresa no Brasil e o "Argumento da Hélice Tripla"
PDF

Palavras-chave

Política científica e tecnológica. Relação universidade-empresa. Argumento da hélice tripla. Pólos e parques tecnológicos. América Latina.

Como Citar

DAGNINO, Renato. A Relação Universidade-Empresa no Brasil e o "Argumento da Hélice Tripla". Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 2, n. 2, p. 267–307, 2009. DOI: 10.20396/rbi.v2i2.8648874. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648874. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

A relação universidade-empresa (relação U-E) é abordada tendo como guia o “argumento da Hélice Tripla” (argumento HT), entendido como combinação de duas correntes de pensamento elaboradas nos países avançados — a “Segunda Revolução Acadêmica” e a que ressalta a importância das relações com o entorno na competitividade das empresas — e de uma proposição de Política Científica e Tecnológica (PCT) — os Pólos e Parques Tecnológicos — delas decorrente. Analisando a evolução das interpretações sobre a relação U-E na América Latina — os marcos de referência utilizados, as posturas analíticas ou disciplinares, sua influência junto à comunidade de pesquisa e na elaboração de PCT — mostra-se como o argumento HT contribuiu para que a interpretação que até o final dos anos 1980 era dominante perdesse influência e como o debate em curso entre essas duas atuais posições parece encaminhar-se. Por oferecer um padrão para análise crítica das mudanças nos modelos explicativo e normativo-institucional da PCT em países avançados e periféricos, o argumento HT pode informar novas interpretações, mais aderentes ao cenário de democratização ora em construção no País.
https://doi.org/10.20396/rbi.v2i2.8648874
PDF

Referências

Albornoz, M., La ciencia política ignora a la política de la ciencia. Trabalho apresentado nas Jornadas Latinoamericanas de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología. Quilmes: Argentina, 1995.

Almeida, J., “Transferência de Tecnologia e Absorção de Mão-de-obra”, Pesquisa e Planejamento Econômico, 3 (1), Brasília, 1973.

Barrella, A., O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico — PADCT: um exercício de análise de política. Dissertação de Mestrado. DPCT-UNICAMP, 1998.

Brito Cruz, C. A, “Universidade, a Empresa e a Pesquisa que o País precisa”, in Santos, L. et al., Ciência, Tecnologia e Sociedade: o Desafio da Interação, Londrina: IAPAR, p.191-228, 2002.

Bush, V., Science, the Endless Frontier. National Science Foundation, Washington, 1945.

Callon, M., “The Dinamics of Techno-Economic Networks”, in: Coombs, R.; Saviotti, P.; Walsh,V., Technological Change and Company Strategies: Economical and Sociological Perspectives. London: Harcourt Brace Jovanovich Publisher, 1992.

Castro, M.H.; Balán, J., A Universidade versus Setor Produtivo: a Perspectiva e a Realidade da Universidade — Caso 2: A Faculdade de Engenharia Elétrica da Unicamp e os Três Departamentos de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP. São Paulo: NUPES/USP, ago., 52 p., 1994.

Castro, M.H., A Universidade versus Setor Produtivo: a Perspectiva e a Realidade da Universidade – Caso 3: O Instituto de Economia da Unicamp (IE) e o Departamento de Economia da FEA-USP. São Paulo: NUPES/USP, ago., 38 p., 1994.

Castro, M.H., A Universidade versus Setor Produtivo: a Perspectiva e a Realidade da Universidade – Caso 1: Os Institutos de Física Gleb Wataghin da Unicamp (IFGW) e o da USP (IF). São Paulo: NUPES/USP, jul., 41 p., 1994.

Cerantola, W. A., “O Caso do Instituto Butantan”, in Cadernos de Gestão Tecnológica. São Paulo: CYTED: NPGCT/USP, n.12, dez., 46 p., 1993.

Cox, R.N., “Lessons From 30 Years of Science Parks in the USA”, in Gibb, J.M. (org.), Science Parks and Innovation Centres: Their Economic and Social Impacts. Amsterdã: Elsevier, p.17-24, 1985.

Cruz, H., Alternativas e Difusão Tecnológica: o caso do setor de calçados no Brasil. Tese de Doutorado FEA-USP, São Paulo, 1977.

Currie, J., Science Parks in Britain — the Role for the Late 1980’s. Great Britain: CSP Economic Publications, 105 p., 1985.

Dagnino, R.; Gomes, E., “O Processo Decisório na Universidade Pública Brasileira: uma visão de Análise de Política”, in Avaliação — Revista da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior, Campinas. v.7, fasc.4, p.43-72, 2002.

Dagnino, R.; Thomas, H., “Planejamento e Políticas Públicas de Inovação: Em direção a um marco de referência latino-americano”, in Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n.

p.205-232, 2001.

Dagnino, R., “A Relação Pesquisa-Produção: em Busca de um Enfoque Alternativo”, in Santos, L. et al., Ciência, Tecnologia e Sociedade: o Desafio da Interação, IAPAR, Londrina, p.103-146, 2002.

Dagnino, R.; Davyt, A., “Vinculacionismo/ Neovinculacionismo: racionalidades de la interacción Universidad-Empresa en América Latina (1955-1995)” in Espacios Revista Venezolana de Gestión Tecnológica, v.18, fasc.1, 49-76, 1997.

Dagnino, R.; , “El pensamiento en ciencia, tecnología y sociedad en latinoamérica: una interpretación política de su trayectoria”, in REDES, n.7, 1996.

Dagnino, R.; Gomes, E., “Elementos para un estado del arte de la reflexión latinoame-

ricana en Ciencia, Tecnología y Sociedad”, in REDES, v.5, n.11, p.231-255, 1998.

Dalton, I.G., “The Objectives and Development of the Heriot-watt University Research Park”, in Gibb, J.M. (ed.), Science Parks and Innovation Centres: their Economic and Social Impacts, Amsterdã: Elsevier, p.231-36, 1985.

Darós, M., O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade: Uma Análise de Política. Dissertação de Mestrado. DPCT-UNICAMP, 1997.

Davis, C., Local Innovation Systems: Management and Policy Issues for Strengthening Local Capacity to Promote Technological Innovation. Science Council of Canada, 20 p., 1992.

Delapierre, M. et al., Cooperation between firms and research instituts: the french case, s.l., s.n, 41 p. (mimeo) 1988.

Díaz, R., Ofertismo em Ciência, fluxo acrítico de tecnologias forâneas e enfoque gerencial: uma problematização da política científica e tecnológica cubana. Dissertação de Mestrado. DPCT-

UNICAMP, 1997.

Dorfman, N.S., “Route 128: the Development of a Regional High Technology Economy”, in Research Policy, n.12, p.299-316, 1983.

Dosi, G., “Technological paradigms and technological trajectories. the determinants and directions of technological change and the transformation of the economy”, in Freeman, C., Long Waves in the World Economy. London: Pinter Publishers, 1982.

Dosi, G.; Soete, L., “Technical change and international trade”, in Dosi, G. et al. (orgs.), Technical Change and Economic Theory. Londres: Pinter Publishers, 1988.

Dosi, G., “The nature of the innovative process”, in Dosi, G.; Soete, L. (orgs.), Technical Change and Economic Theory. Londres: Pinter Publishers, 1988.

Etzkowitz, H.; Peters, L.S., Profiting from knowledge: organizational innovations and the revolution of academics norms, s.l., s.n., 1991.

Etzkowitz, H., “Academic-industry relations: a sociological paradigm for economic development”, in Leydersdorff, L.; Van Den Besslaar, P., Evolutionary economics and chaos theory: new directions in technology studies. London: Pinter Publishers, p.139-151, 1994.

Etzkowitz, H., “Entrepeneurial science in the academy: a case of transformation of norms”, in Social Problems, v.36, n.1, p.14-29, fev., 1989.

Figueiredo, N., A transferência de Tecnologia no Desenvolvimento Industrial do Brasil, Rio de Janeiro: IPEA, 1972.

FRANÇA. Ministère de l’Amenagement du territoire et des reconversions. Vingt technolopes: un premier bilan. Organizado por Thierry Bruhat. Paris: la documentation française, 214 p., 1990.

Freeman, C., “Japan: a new national system of innovation?”, in Dosi, G. et al. (eds.), Technical change na economic theory. London: Pinter Publishers, 1988.

Freeman, C., The Economics of Industrial Innovation, 1978.

Gomes, E., “Polos tecnológicos y promoción del desarrollo. hecho o artefacto?”, in Revista de estudios sociales de la ciencia, in REDES, p.177-216, n.14, v.7, nov., Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 1999.

Grynszpan, H., “A visão Empresarial da Cooperação com a Universidade”, in Revista de Administração, v.34, p.23-31, out./dez., São Paulo, 1999.

Herrera, A., “Los determinantes sociales de la política científica en América Latina. Política científica explícita y política científica implícita”, in Sabato, J. (ed.), El pensamiento latino-americano en la problemática ciencia-tecnología-desarrollo-dependencia, Buenos Aires: Paidós. p.98-112, 1975.

Kreimer, P., “De qué objeto hablamos?”, in REDES, v.9, n.18, p. 2.225-232, 2002.

Lacave, M., Technopoles: instruments of local and regional economic development, versão inglesa de Les technopoles, outils de developpment,.s.l.: Prowse, P., 7 p.1991.

Lafite, P., “Sophia-Antipolis and its impact on the côte d’ azur”, in Gibb, J.M. (org.), Science Parks and Innovation Centres: their Economic and Social Impacts, Amsterdã: Elsevier, p.87-90, 1985.

Lundvall, B. (org.), National systems of innovation: towards a theory of innovation and interactive learning. Londres: Pinter Publishers, 1992.

Lundvall, B., “Innovation as an interactive process: from user-producer interaction to the national system of innovation”, in Dosi, G.; Soete, L. (orgs.), Technical Change and Economic Theory. Londres: Pinter Publishers, 1988.

Lundvall, B., Product innovation and user-producer interaction. Aalborg: Aalborg University Press, 1985.

Marcovitch, J. A, “Cooperação da universidade moderna com o setor empresarial”, in Revista de Administração, v.34, p.13-17, out./dez., São Paulo,1999.

Medeiros, J.A., As novas tecnologias e a formação dos pólos tecnológicos brasileiros, in Estudos Avançados. Coleção Documentos. Série Política Científica e Tecnológica, 5, 31p. São Paulo: IEA/USP, 1990.

MITI. Industrial Location and Environmental Protection Bureau. Outline and present status of the Technopolis project, s.l.: MITI, 16 p., 1990. (mimeo)

Montalvo, L., A política científica e tecnológica em Cuba: avaliação e elementos para seu aperfeiçoamento, tese de doutorado, DPCT – UNICAMP, 1998.

National Science Foundation. Science and Engineering Indicators, 1996. Washington, DC: National Science Board, National Science Foundation, 1997.

Nelson, R. (org.), National Innovation System: a Comparative Analysis. New York: Oxford University Press, 1993.

Niosi, J. et al., “National systems of innovation: in search of a workable concept”, in Technology in Society, v.15, n.2, 1993.

PCI (Programa de Competitividade Industrial). Política industrial e de comércio exterior (PICE), 2ª ed. rev., Brasília, set., 51 p., 1991.

PICE (Política Industrial e de Comércio Exterior), Diretrizes gerais, 3a ed., Brasília, out., 19 p., 1992.

Plonski, G.A. (org.), Cooperacion empresa-universidad en Iberoamérica: avances recientes, São Paulo: CYTED, 114 p., 1995.

Plonski, G.A., “Beyond Triads: An Institutional Approach to Knowledge-Based Economic Development”, in Anais da University and the Global Knowledge Economy: A Triple Helix of University-Industry-Government Relations, Amsterdã, 3-6 jan., 1996.

Plonski, G.A., “Novas alianças e parcerias em ciência, tecnologia e engenharia: a cooperação universidade-indústria”, in Anais doXV Simpósio Nacional de Pesquisa em Administração em Ciência e Tecnologia. São Paulo, 9 p., 1990.

Porter, M., The Competitive Advantage of Nations, Nova York: Free Press, 1990.

Quirino, T.R.O., “Programa de soja na Universidade Federal de Viçosa”, Cadernos de Gestão Tecnológica, São Paulo: CYTED: NPGCT/USP n.17, dez., 1993.

Roberts, E.B.; Wainer, H.A., “New enterprises on the Route 128”, in Science Journa, p. 78-83, dez., 1968.

Rosenberg, N., Inside the black box — technology and economics, New York: Cambridge University Press, 1982.

Sabato, J. (ed.), El pensamiento latinoamericano en la problemática ciencia-tecnología-desarrollo-dependencia, Buenos Aires: Paidós, 1975.

Sabato, J., “El origen de algunas de mis ideas”, in Repensando la Política Tecnológica – Homenaje a Jorge Sabato, Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión. p.103-114, 1994.

Sabato, J.; Mackenzie, M., La producción de tecnología-autónoma o transnacional, México, ILET — Nueva Imagen, 1982.

Sagasti, F., Science and technology for development: main comparative report of the science and technology policy instruments project (STPI), Otawa: IDRC, 1978.

Saxenian, A.L., “The origins and dynamics of production networks in Silicon Valley”, in Research Policy, n.20, p.423-37, 1991.

Segatto, A. P., Análise do Processo de Cooperação Tecnológica Universidade-Empresa: um estudo exploratório, 98 p., São Paulo: USP, 1996.

Shattock, M.L., “Investiment factors in Britain science park development”, in Gibb, J.M. (ed.), Science parks and innovation centres: their economic and social impacts, Amsterdã: Elsevier, p.142-48, 1985.

Stal, E., “Metal Leve S. A. Indústria e Comércio”, in Cadernos de Gestão Tecnológica, São Paulo: CYTED: NPGCT/USP n.11, dez., 27 p., 1993.

Stefanutto, G. A, Indústria de Software no Brasil — 2002. Fortalecendo a Economia do Conhecimento, Softex, Campinas, 2003.

Sutz, J., “Comentarios a las reflexiones de Terry Shinn”, in REDES, v.9, n.18, p.213-224, 2002.

Takayanagui, A. D., “La Universidad Innovadora — una estrategia para el cambio de las Universidades mexicanas en los 90’s”, Cadernos de Gestão Tecnológica, USP, n.1, 24, 31 p., São Paulo: CYTED: NPGCT/,1995.

Tesse, P. Y., “One ‘technopole’ — A Network Innovation of Centres: the Lyon Model”, in Gibb, J.M. (org.), Science Parks and Innovation Centres: their Economic and Social Impacts, Amsterdã: Elsevier, 1985.

Thomas, H., Dinâmicas de inovação na Argentina (1970-1995) Abertura comercial, crise sistêmica e rearticulação, Tese de Doutorado, São Paulo: DPCT, UNICAMP, 1999.

Torkomian, A., Estrutura de pólos tecnológicos: um estudo de caso, 193 p. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade: Universidade de São Paulo, São Paulo: USP, 1992.

UNESCO. World Science Report 1995, Paris, 1996.

Varsavsky, O., Ciencia politica y cientificismo, Buenos Aires: Centro Editor de America Latina, 1969.

Webster, A.J.; Etzkowitz, H., Academic-industry relations: the second academic revolution?, 31 p., London: Science Policy Support Group, 1991. (SPSG concept paper n.12).

Weiss, J. M. G., “Centros de Excelência em P&D na empresa privada: o caso da Rhodia S. A.”, in Cadernos de Gestão Tecnológica, n.16, dez., São Paulo: CYTED: NPGCT/USP, 1993.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.