Banner Portal
Emílio Goeldi (1859-1917) e a Institucionalização das Ciências Naturais na Amazônia
PDF

Palavras-chave

Memória

Como Citar

SANJAD, Nelson. Emílio Goeldi (1859-1917) e a Institucionalização das Ciências Naturais na Amazônia. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 5, n. 2, p. 455–477, 2006. DOI: 10.20396/rbi.v5i2.8648936. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648936. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

A fundação do Museu Paraense, em 1866, é usualmente considerada um marco na história das ciências no Brasil, principalmente em razão da diversificação do cenário científico na segunda metade do século XIX, por meio da criação de museus de história natural, comissões geológicas, institutos agrícolas e bacteriológicos (Schwartzman, 1979; Dantes, 1979-1980; Lopes, 1997). Contudo, e apesar de criado em meados do século, as atividades científicas do Museu Paraense foram incrementadas somente a partir de 1894, quando o zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917) assumiu a direção do museu. Apoiado pelos primeiros governantes republicanos do Pará, Goeldi reformou a instituição dando-lhe um novo nome (Museu Paraense de História Natural e Etnografia), um regimento, uma produtiva equipe de cientistas e infra-estrutura adequada para a investigação e para as atividades museológicas (Sanjad, 2005).

https://doi.org/10.20396/rbi.v5i2.8648936
PDF

Referências

Brölemann, H., Dous myriapodos notáveis do Brazil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 3(1): 65-71, 1900.

Dahl, Fr., “A Fauna do Pará”, Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(4): 357-375, 1896.

Dantes, M.A., Institutos de Pesquisa Científica no Brasil, in: Ferri, M.G., e Motoyama, S. (orgs.). História das Ciências no Brasil. v.2. São Paulo, EPU-Edusp, 1979-1980, p.341-380.

Forel, A., A Fauna das Formigas do Brasil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(2): 89-143, 1895.

Goeldi, E.A., Chelonios do Brazil (Jabotys – Kágados – Tartarugas). Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 4(4): 699-756, 1906.

Goeldi, E.A., On Myiopatis semifusca, a small Neotropical Tyrant-bird, harmful to Tree-culture as a Disseminator of the parasitic Loranthaceae. The Ibis, Londres, ser. VIII, v.V, n.XVIII, p.169-179, 1905.

Goeldi, E.A., Lacertílios. Lagartos do Brasil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 3(3/4): 499-560, 1902a.

Goeldi, E.A., Estudos sobre o desenvolvimento da armação dos veados galheiros do Brazil (Cervus paludosus, C. campestris, C. wiegmanni). Belém, Museu Paraense de História Natural e Etnografia, 1902b.

Goeldi, E.A., Album de Aves Amazônicas. Supplemento illustrativo à obra “Aves do Brazil”. Três Fascículos. Belém, Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia, 1900-1906.

Goeldi, E.A., Verzeichnis der bisher wissenschaftlich beschriebenen Neuen Tier- und Pflanzenformen welche während der Jahre 1884-1899 in Brasilien (Staaten Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia und Pará). Com sete Suplementos. Bern, Buchdruckerei Jent & Co., 1899-1904.

Goeldi, E.A., Primeira contribuição para o conhecimento dos Peixes do valle do Amazonas e das Guyanas. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 2(4): 443-488, 1898.

Goeldi, E.A., Contornos para a avifauna do Pará e da Amazônia inferior; conforme o material dos três colleccionadores mais importantes Natterer, Wallace, Layard. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(4): 336-356, 1896a.

Goeldi, E.A., Lancear de olhos sobre a fauna dos repteis do Brazil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(4): 402-432, 1896b.

Goeldi, E.A., Relatório apresentado pelo Director do Museu Paraense ao Sr. Dr. Lauro Sodré, Governador do Estado do Pará. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(3): 217-239, 1895a.

Goeldi, E.A., Os Myriapodos do Brazil (embuás e centopéias). Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(2): 157-167, 1895b.

Goeldi, E.A., Carta-Circular. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(1): 8-0, 1894a.

Goeldi, E.A., As Aves do Brazil (Monographias Brasileiras II). Primeira Parte. Rio de Janeiro, Alves & Cia., 1894b.

Goeldi, E.A., Estudos aracnológicos relativos ao Brasil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(1): 32-39, 1894c.

Goeldi, E.A., Breve notícia acerca de alguns vermes interessantes do Brasil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(1): 40-44, 1894d.

Goeldi, E.A., Os Mammiferos do Brazil (Monographias Brasileiras I). Rio de Janeiro, Alves & Cia., 1893.

Goeldi, E.A., Zur Orientierung in der Spinnenfauna Brasiliens. Mitteilungen der Naturforschenden Gesellschaft des Osterlandes, Altenburg, v. V, p. 200-248, 1892.

Goeldi, E.; Hagmann, G.A., Prodromo de um Catálogo Crítico, Comentado da Coleção de Mamíferos no Museu do Pará (1894-1903). Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 4(1): 38-122, 1904.

Gounelle, E., Um mez de caça coleopterologica no Pará. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 2(1): 70-77, 1897.

Hagmann, G., As Aves Brasílicas mencionadas e descriptas nas obras de Spix (1825), de Wied (1830-1833), Burmeister (1854) e Pelzeln (1874) na sua nomenclatura scientifica actual. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 4(2/3): 198-308, 1904.

Hagmann, G., Lista das aves indicadas como provenientes da Amazônia nos 27 volumes do “Catalogue of Birds of British Museum” de Londres (1874-1898). Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 3(3/4): 276-327, 1902.

Lopes, M.M. O Brasil descobre a pesquisa científica. Os museus e as Ciências Naturais no século XIX, São Paulo: Hucitec, 1997.

Maio, M.C.; Sanjad, N.; Drummond, J.A. Entre o global e o local: a pesquisa científica na Amazônia do século XX. Ciência & Ambiente, Santa Maria (RS), v.31, p.147-166, 2005.

Meerwarth, H., Símios (macacos) do Novo Mundo. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 2(2): 121-154, 1897.

Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Regulamento do Museu Paraense. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(1): 22-27, 1894.

Nyhart, L.K. Natural history and the ‘new’ biology, in: Jardine, N.; Secord, J.A.; Spary, E.C. (orgs.). Cultures of natural history. Cambridge, Cambridge University Press, p.426-443, 1996.

Ritvo, H., The Platypus and the Mermaid and other Figments of the Classifying Imagination. Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1997.

Sanjad, N., A Coruja de Minerva: o Museu Paraense entre o Império e a República, 1866-1907. Rio de Janeiro, Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, 2005 (Tese de Doutorado).

Schwartzman, S., Formação da Comunidade Científica no Brasil. São Paulo, Nacional; Rio de Janeiro, FINEP, 1979.

Sheets-pyenson, S., Cathedrals of Science. The Development of Colonial Natural History Museums during the Late Nineteenth Century. Kingston, McGill/Queen’s University Press, 1988.

Snethlage, E., Catálogo das Aves Amazônicas. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 8: 1-530, 1914.

Studer, T., Exame do material de Canides (cães e raposas) colleccionado na região Amazonica pelo Museu Goeldi no Pará. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, Belém, 4(1): 107-118, 1904.

Thomas, O., Exame de uma collecção de Chiropteros (Morcegos) do Pará. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, Belém, 4(1): 101-106, 1904.

Wallace, A.R., Os Símios (macacos) da Amazônia. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(4): 375-381, 1896.

Wasmann, E., Os hóspedes das formigas e dos térmites (“cupim”) no Brasil. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, Belém, 1(3): 273-324, 1895.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.