Banner Portal
Política industrial como política de inovação: notas sobre hiato tecnológico, políticas, recursos e atividades inovativas no Brasil
PDF

Palavras-chave

Política industrial. Inovação. Capacitações. Competitividade.

Como Citar

MELO, Tatiana Massaroli; FUCIDJI, José Ricardo; POSSAS, Mario Luiz. Política industrial como política de inovação: notas sobre hiato tecnológico, políticas, recursos e atividades inovativas no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 14, p. 11–36, 2015. DOI: 10.20396/rbi.v14i0.8649098. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649098. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Este artigo discute uma dimensão central da política industrial em economias modernas e globalizadas: a política de inovação. A partir da abordagem evolucionista, é abordada a relação entre hiato tecnológico e competitividade. A seguir, a proposição central do texto é formulada, mostrando a relação entre política industrial, acumulação de competências tecnológicas e competitividade internacional. Esta orientação da política industrial, porém, deve ir além do fomento e da oferta de recursos (financeiros e humanos) para as atividades inovativas e ocupar-se dos determinantes do baixo esforço inovativo das empresas brasileiras.
https://doi.org/10.20396/rbi.v14i0.8649098
PDF

Referências

AGHION, P.; DEWATRIPONT, M.; DU, L.; HARRISON, A.; LEGROS, P. Industrial policy and competition. NBER, maio 2012 (Working paper, n. 18048).

AMENDOLA, G.; DOSI, G.; PAPAGNI, E. The dynamics of industrial competitiveness. Weltwirtschaftliches Archiv, v. 129, n. 3, p. 451-471, set.1993.

ANTIMIANI, A.; CONSTANTINI, V. Trade performances and technology in the enlarged European Union. Journal of Economic Studies, v. 40, n. 3, p. 355-389, 2013.

ARRUDA, M.; VERMULM, R.; HOLLANDA, S. Inovação tecnológica no Brasil: a indústria em busca da competitividade global. São Paulo: Anpei, 2006.

AVELLAR, A. P. Políticas de inovação no Brasil: uma análise com base na PINTEC 2008. Economia & Tecnologia, ano 6, v. 23, p. 139-149, out./dez. 2010.

BELL, M.; PAVITT, K. Technological accumulation and industrial growth: contrasts between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change, v. 2, n. 2, p. 157-210, 1993.

BELL, M. The development of technological capabilities. In: HAQUE, I. U. (Ed.). Trade, technology and international competitiveness. Washington: The World Bank, 1995, p. 69-101.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, M. H. Inovação, globalização e as novas políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. Nota Técnica 21/98. Projeto Globalização e inovação localizada: experiências de sistemas locais no âmbito do Mercosul e proposições de políticas de ciência e tecnologia. Rio de Janeiro, novembro de 1998.

CASSIOLATO, J. E. Tecno-globalismo e o papel dos esforços de P&D&I de multinacionais no mundo e no Brasil. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, outubro 2005. Mimeografado.

CHANG, H.-J. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

CIMOLI, M.; DOSI, G.; STIGLITZ, J. E. The political economy of capabilities accumulation: the past and future of policies for industrial development. In: CIMOLI, M.; DOSI, G.; STIGLITZ, J. E. (Eds.). Industrial policy and development: the political economy of capabilities accumulation. Oxford/New York: Oxford University Press, 2009, p. 1-16.

CRUZ, C. H. B.; PACHECO, C. A. Conhecimento e inovação: desafios do Brasil no século XXI. Campinas, 2004. Disponível em: www.inovacao.unicamp.br/report/inte-britopache co.html. Acesso em: 25 nov. 2013.

DEVLIN, R.; MOGUILLANSKY, G. What’s new in the new industrial policy in Latin América? In: STIGLITZ, J. E.; LIN, J. (Eds.). The industrial policy revolution I: the role of government beyond ideology. London: International Economic Association, 2013, p. 276-317.

DOSI, G.; SOETE, L. Technology gaps and cost-based adjustment: some explorations on the determinants of international competitiveness. Metroeconomica, v. 35, n. 3, p. 197-222, out. 1983.

DOSI, G. Technical change and international trade. In: DOSI, G.; FREEMAN, C.; NELSON, R. R.; SILVERBERG, G.; SOETE, L. (Eds.). Technical change and economic theory. Londres: Pinter Publishers, 1988, p. 401-431.

DOSI, G.; PAVITT, K.; SOETE, L. The economics of technical change and international trade. London: Harvester Wheatsheaf, 1990.

DOSI, G.; GRAZZI, M.; MOSCHELLA, D. Technology and costs in international competitiveness: from countries and sectors to firms. Sant’Anna School, abril 2014 (LEM working paper, n. 2014/10).

ERBER, F. S. O padrão de desenvolvimento industrial e tecnológico e o futuro da indústria brasileira. Revista de Economia Contemporânea, v. 5, n. especial, p. 179-206, 2001.

EUROSTAT. Community Innovation Survey 2010. Luxemburgo: Eurostat, 2013.

FAGERBERG, J. Technology and international differences in growth rates. Journal of Economic Literature, v. 32, n. 3, p. 1147-1175, set. 1994.

FAGERBERG, J.; SRHOLEC, M. National innovation systems, capabilities and economic development. Research Policy, v. 37, n. 9, p. 1417-1435, out. 2008.

FAGERBERG, J.; SRHOLEC, M.; KNELL, M. The competitiveness of nations: why some countries prosper while others fall behind. World Development, v. 35, n. 10, p. 1595-1620, out. 2007.

FAGERBERG, J.; VERSPAGEN, B. One Europe or Several? Causes and consequences of the European stagnation. Workshop The Challenge for Europe in a New Age, Alborg, março 2013.

FIGUEIREDO, P. N. Aprendizagem tecnológica e aprendizagem industrial em economias emergentes: uma breve contribuição para a implementação e desenho de estudos empíricos e estratégias no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, v. 3, n. 2, p. 323-361, jul.-dez. 2004.

GADELHA, C. A. G. Política industrial: uma visão neo-schumpeteriana sistêmica e estrutural. Revista de Economia Política, v. 21, n. 4, p. 149-171, out.-dez. 2001.

GUERRIERO, I. Formulação e avaliação de política industrial e o caso da PDP. 2012. 270 f. Tese (Doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

IBGE. Pesquisa de Inovação: instruções para o preenchimento do questionário. Rio de Janeiro, 2011.

IBGE. Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica 2011. Rio de Janeiro, 2013.

LALL, S. Technological capabilities and industrialization. World Development, v. 20, n. 2, p. 165-186, fev. 1992.

MAGGI, G. Technology gap and international trade: an evolutionary model. Journal of Evolutionary Economics, v. 3, n. 2, p. 109-126, maio 1993.

MORAIS, J. M. Uma avaliação de programas de apoio financeiro à inovação tecnológica com base nos Fundos Setoriais e na Lei de Inovação. In: NEGRI, J. A.; KOBOTA, L. C. (Orgs.). Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil. Brasília: Ipea, 2008, p. 68-105.

NASSIF, A.; FEIJÓ, C.; ARAUJO, E. Structural change and economic development: is Brazil catching up or falling behind? Cambridge Journal of Economics, p. 1-26, 2014.

NELSON, R. R. National Innovation Systems: a retrospective on a study. Industrial and Corporate Change, v. 1, n. 2, p. 347-374, 1992.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge MA: Belknap Press of Harvard University Press, 1982.

O’SULLIVAN, E.; ANDREONI, A.; LÓPEZ-GÓMEZ, C.; GREGORY, M. What is new in the new industrial policy? A manufacturing systems perspective. Oxford Review of Economic Policy, v. 29, n. 2, p. 432-462, verão 2013.

OECD. Frascati Manual: proposed standard practice for surveys on research and experimental development. Paris: OECD Publications Service, 2002.

OECD. Perspectives on global development 2013 – Industrial policy in a changing world. Paris: OECD Publishing, 2013.

PACHECO, C. A. A criação dos fundos setoriais de ciência e tecnologia. Revista Brasileira de Inovação, v. 6, n. 1, p. 191-223, jan.-jun. 2007.

POSNER, M. V. International trade and technical change. Oxford Economic Papers, v. 13, n. 3, p. 323-341, out. 1961.

POSSAS, M. L. Competitividade: fatores sistêmicos e política industrial: implicações para o Brasil. In: CASTRO, A. B.; POSSAS, M. L.; PROENÇA, A. (Orgs.). Estratégias empresariais na indústria brasileira: discutindo mudanças. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1996, p. 71-117.

POSSAS, M. S. Concorrência e competitividade: notas sobre estratégia e dinâmica seletiva na economia capitalista. São Paulo: Hucitec, 1999.

RAPINI, M. S. Interação universidade-empresa no Brasil: evidências do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Estudos Econômicos, v. 37, n. 1, p. 211-233, jan.-mar. 2007.

REINER, C.; STARITZ, C. Private sector development and industrial policy: why, how and for whom?. In: ÖSTERREICHISCHEN FORSCHUNGSSTIFTUNG FÜR INTERNATIONALE ENTWICKLUNG (ÖFSE). Private sector development: einneuer businessplan für entwicklung? Viena: ÖFSE, 2013, p. 53-61.

REINERT, E. S. How rich countries got rich... and why poor countries stay poor. London: Constable, 2007.

RODRIK, D. Industrial development: stylized facts and policies. Harvard University, agosto 2006. Disponível em: http://www.ksg.harvard.edu/rodrik/ Acesso em: 23 jul. 2014.

SCHUMPETER, J. A. Capitalism, socialism and democracy. New York: Harper & Row, 1942.

STIGLITZ, J. E.; LIN, J.; MONGA, C. Introduction: the rejuvenation of industrial policy. In: STIGLITZ, J. E.; LIN, J. (Eds.). The industrial policy revolution I: the role of government beyond ideology. London: International Economic Association, 2013, p. 1-15.

TIGRE, P. B. O papel da política tecnológica na promoção das exportações. In: PINHEIRO, A. C.; MARKWALD, R.; PEREIRA, L. V. (Orgs.). O desafio das exportações. Rio de Janeiro: BNDES, 2002, p. 245-282.

WARWICK, K. Beyond industrial policy: emerging issues and new trends. OECD Science, Technology and Industry Policy Papers, n. 2, 2013.

ZUCOLOTO, G. F.; TONETO JR., R. Esforço tecnológico da indústria de transformação brasileira: uma comparação com países selecionados. Revista de Economia Contemporânea, v. 9, n. 2, p. 337-365, 2005.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.