Banner Portal
Potencial inovativo da indústria nas regiões brasileiras
PDF

Palavras-chave

Inovação. Indústria. Onet.

Como Citar

GÓIS SOBRINHO, Ednaldo Moreno; AZZONI, Carlos Roberto. Potencial inovativo da indústria nas regiões brasileiras. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 275–304, 2016. DOI: 10.20396/rbi.v15i2.8649131. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649131. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Este trabalho apresenta um novo índice para medir, em níveis geográficos desagregados, o potencial inovativo das regiões no setor industrial. O índice considera conjuntamente o nível tecnológico dos setores, as ocupações associadas a P&D e as habilidades, perícias, conhecimentos e outras características dos trabalhadores. Os índices calculados para regiões, estados e municípios, no período 2003-2012, revelam que o Sul e Sudeste ainda têm a indústria potencialmente mais inovativa. A evolução dos índices mostra que áreas tradicionais registraram crescimento inferior ao de outras áreas, o que indica sinais de mudanças futuras no quadro de concentração industrial. Com base nos índices municipais, definiram-se 15 clusters com alto potencial de inovação, englobando 847 municípios, responsáveis por 60% do valor adicionado industrial do país.
https://doi.org/10.20396/rbi.v15i2.8649131
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, E. M.; SIMÕES, R.; BAESSA, A.; CAMPOLINA, B.; SILVA, L. A distribuição espacial da produção científica e tecnológica brasileira: uma descrição de estatísticas de produção local de patentes e artigos científicos. Revista Brasileira de Inovação, v. 1, n. 2, p. 225-251, 2002.

ANGEL, D. P. High technology agglomeration and the labour market: the case of Silicon Valley. Environment and Planning A, v. 23, p. 1501-1516, 1991.

ANSELIN, L. Local indicator of spatial association – LISA. Geographical Analysis, v. 27, n. 3, p. 93-115, 1995.

ANSELIN, L.; VARGA, A.; ACS, Z. Local geographic spillovers between university research and high technology innovations. Journal of Urban Economics, v. 24, p. 422-448, 1997.

ARAÚJO, V. de C. Dimensão local da inovação no Brasil: determinantes e efeitos de proximidade. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2013.

ARAÚJO, V. de C.; GARCIA, R. Transbordamentos locais de conhecimento por meio de contatos informais: uma análise a partir do sistema local de indústrias TIC de Campinas. Revista Brasileira de Inovação, v. 12, n. 1, p.105-132, 2013.

AUDRETSCH, D. B. Agglomeration and the location of innovative activity. Oxford Review of Economic Policy, v. 14, n. 2, p. 18-29, 1998.

BARUFI, A. M. B. Agglomeration economies and labour markets in Brazil. Tese (Doutorado) – Faculdade de Economia e Administração, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Livro 1 – Classificação Brasileira de Ocupações. 3. ed. Brasília: MTE, SPPE, 2010.

CAMPOLINA, B.; PAIXÃO, A. N. da; REZENDE, A. C. de. Clusterização e localização da indústria de transformação no Brasil entre 1994 e 2009. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 43, n. 4, p. 27-49, 2012.

COOKE, P. Knowledge economies. London: Routledge, 2002.

COOKE, P.; DE LAURENTIS, C.; TODTLING, F.; TRIPPL, M. Regional Knowledge economies: markets, clusters and innovation. Massachusetts: Edward Elgar Publishing Inc., 2007.

CRUZ, B. de D.; SANTOS, Y. R. S. dos. Dinâmica do emprego industrial no Brasil entre 1990 e 2007: uma visão regional da desindustrialização. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, , v. 2, 2009.

DAVID, P.; FORAY, D. Economic fundamentals of the knowledge society. Policy Futures in Education, v. 1, p. 20-49, 2003.

DE NEGRI, J. A.; FREITAS, F. Inovação tecnológica, eficiência de escala e exportações brasileiras. Brasília: Ipea, 2004 (Texto para discussão n. 1044).

DOMINGUES, E. P.; RUIZ, R. M. Aglomerações econômicas no Sul-Sudeste e no Nordeste brasileiro: estruturas, escalas e diferenciais. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 701-746, 2008.

DÖRING, T.; SCHNELLENBACH, J. What do we know about geographical knowledge spillovers and regional growth? A survey of the literature. Deutsche Bank Research. 2004.

FESER, E. J. What regions do rather than make: a proposed set of knowledge-based occupation clusters. Urban Studies, v. 40, n. 10, p. 1937-1958, 2003.

FRITSCH, M.; SLAVTCHEV, V. Universities and innovation in space. Industrial Innovation, v. 14, p. 201-218, 2007.

GÓIS-SOBRINHO, E. M. A localização e o grau inovativo das aglomerações industriais relevantes do Brasil. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Pesquisas Econômicas – IPE, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2014.

GONÇALVES, E. O padrão espacial da atividade inovadora brasileira: uma análise exploratória. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 405-433, 2007.

GONÇALVES, E.; ALMEIDA, E. S. Innovation and spatial knowledge spillovers: evidence from Brazilian patent data. Regional Studies, v. 43, p. 513-528, 2009.

GONÇALVES, E.; FAJARDO, B. A. G. A influência da proximidade tecnológica e geográfica sobre a inovação regional no Brasil. Revista Econômica Contemporânea, v. 15, n. 1, p. 112-142, 2011.

GUJARATI, D. N. Econometria básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

HAIR, J. F. JR.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Multivariate data analysis. 5. ed. USA: Prentice Hall, 1998.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial, v. 22, n. 1, p. 4-9, 2003.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Regiões de influência das cidades – 2007. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/regic.shtm.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação 2011. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv81830.pdf.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: www.ibge.gov.br/apps/arranjos_populacionais/2015.

JACOBS, J. The economy of cities. New York: Vintage, 1969.

JAFFE, A. B. Real effects of academic research. American Economic Review, v. 79, n. 5, p. 957-970, 1989.

JAFFE, A. B.; TRAJTENBERG, M.; HENDERSON, R. Geographic localization of knowledge spillovers as evidenced by patent citations. Quarterly Journal of Economics, v. 108, n. 3, p. 577-598, 1993.

KENNEDY, P. A guide to econometrics. 4. ed. Cambridge: MIT Press, 1998.

LAAFIA, I. National and regional employment in high tech and knowledge intensive sector in the EU, 1995-2000. Statistics in Focus, Science and Technology, Eurostat, 2002.

LEMOS, M. B.; MORO, S.; DOMINGUES, E. P.; RUIZ, R. M. A organização territorial da indústria no Brasil. In: DE NEGRI, J. A.; SALERMO, M. (Org.). Inovação, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: Ipea, 2005. p. 325-363.

LUCAS JR., R. E. On the mechanics of economic development. Journal of Monetary Economics, v. 22, p. 03-42, 1988.

MACIENTE, A. N. The determinants of agglomeration in Brazil: input-output, labor and knowledge externalities. Tese (Doutorado) – University of Illinois at Urbana-Champaign, Illinois, 2013.

MARKUSEN, A. Targeting occupations rather than industries in regional and community economic development. Minneapolis: Humphrey Institute of Public Affairs, 2002. Unpublished manuscript. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.194.6382&rep=rep1&type=pdf.

MASCARINI, S. M. S. Fatores territoriais da inovação: uma análise empírica das relações entre os insumos inovativo e os resultados da inovação aplicada às microrregiões paulistas. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, 2012.

MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2007 (Texto técnico).

MONTENEGRO, R. L.; GONÇALVES, E.; ALMEIDA. E. S. Dinâmica espacial e temporal da inovação no estado de SP: uma análise das externalidades de diversificação e especialização. Estudos Econômicos, v. 41, n. 4, p. 743-776, 2011.

MONTENEGRO, R. L. G.; BETARELLI JR., A. A. Análise e investigação dos fatores determinantes da inovação nos municípios de SP. Revista da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 2, n. 2, 2011.

MORENO, R.; PACI, R.; USAI, S. Spatial spillovers and innovation activity in European regions. Environment and Planning A, v. 37, p. 1793-1812, 2005.

OECD – Organisation for Economic Co-operation and Development. Innovation-driven growth in regions: the role of smart specialization. 2013. Disponível em: http://www.oecd.org/innovation/inno/smart-specialisation.pdf.

OECD – Organisation for Economic Co-operation and Development. OECD science, technology and industry scoreboard 2015: innovation for growth and society. Paris: OEDC Publishing, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1787/sti_scoreboard-2015-en.

PUGA, D. The magnitude and causes of agglomeration economies. Journal of Regional Science, v. 50, n. 1, p. 203-219, 2010.

ROMEIRO, M. do C.; PREARO, L. C.; SILVEIRA, M. A. P. da; NETO, J. de P. R. Pesquisa sobre Inovação Tecnológica: o possível viés da informação em levantamentos. Revista Brasileira de Inovação, v. 13, n. 1, p. 133-162, 2014.

ROMER, P. M. Increasing returns and long-run growth. Journal of Political Economy, v. 94, n. 5, p. 1002-1037, 1986.

ROMER, P. M. Endogenous technological change. Journal of Political Economy, v. 98, n. 5, p. 71-100, 1990.

STORPER, M.; VENABLES, A. J. Buzz: face-to-face contact and the urban economy. Journal of Economic Geography, v. 4, p. 351-370, 2004.

VARGA, A. Local academic knowledge spillovers and the concentration of economic activity. Morgantown: Regional Research Institute, West Virginia University, 1998 (Research paper, n. 9803).

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.