Banner Portal
Sobre a coevolução das estruturas comercial e tecnológica: teoria e evidência empírica
PDF
PDF Acesso via SciELO

Palavras-chave

Estrutura tecnológica. Estrutura comercial. Mudança estrutural. Integração econômica.

Como Citar

CARVALHO, Cecilia Menezes Barbosa de; RUIZ, Ana Urraca. Sobre a coevolução das estruturas comercial e tecnológica: teoria e evidência empírica. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 17, n. 2, p. 229–258, 2018. DOI: 10.20396/rbi.v17i2.8650105. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8650105. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar em que medida os padrões de especialização tecnológica coevoluem com os de especialização comercial. Para isso, o artigo assume que existe interdependência entre as estruturas produtiva, tecnológica e comercial e, portanto, os choques de demanda subjacentes aos processos de integração econômica gerarão impactos na estrutura tecnológica. A hipótese de coevolução é testada para 35 países e 38 setores no período de 1996 a 2013 por meio de estimações em dados em painel. Os resultados mostram que ambos os padrões (comercial e tecnológico) coevoluíram, especialmente nos setores mais intensivos em conhecimento, registrando-se um importante efeito demand pull nos setores mais internacionalizados. A ação das empresas multinacionais se revelou como um direcionador menor da evolução dos padrões de especialização tecnológica dos países hospedeiros. Entre os determinantes autônomos da especialização tecnológica, a cumulatividade parece jogar um papel crucial, enquanto a oportunidade tecnológica só se mostrou relevante nas indústrias intensivas em recursos naturais.

https://doi.org/10.20396/rbi.v17i2.8650105
PDF
PDF Acesso via SciELO

Referências

ARCHIBUGI, D., PIANTA, M. The technological specialization of advanced countries: A report to the EEC on international science and technology activities. Dordrecht, Kluwer Academic, 1992.

ARELLANO, M. Panel Data Econometrics. Oxford, Oxford University Press, 2003.

ARELLANO, M.; BOND, S. R. Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. Review of Economic Studies, v. 58, n. 2, p. 277-297, 1991.

ARELLANO, M.; BOVER, O. Another look at the instrumental variable estimation of error components models. Journal of Econometrics, v. 68, n. 1, p. 29-51, 1995.

BALASSA, B. Trade liberalization and ‘revealed’ comparative advantage. The Manchester School, v. 33, n. 2, p. 99-123, 1965.

BELL, M.; PAVITT, K. Technological accumulation and industrial growth: contrasts between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change, v. 2, n. 2, p. 157-210, 1993.

BOND, S. S.; HOEFFLER, A.; TEMPLE, J. GMM estimation of empirical growth models. Economics Papers, Economics Group, Nuffield College: University of Oxford, v. W21, n. 1, p. 33, 2001.

BLUNDELL, R.; BOND, S. Initial conditions and moment restrictions in dynamic panel data models. Journal of Econometrics, v. 87, n. 1, p. 115-143, 1998.

CAMERON, G.; PROUDMAN, J.; REDDING, S. Technological convergence, R&D, trade and productivity growth. European Economic Review, v. 49, p. 775–807, 2005.

CAMERON, A. C.; TRIVEDI, P. K. Microeconometrics: Methods and Applications. Cambridge, Cambridge University Press, 2005.

CANTWELL, J.; VERTOVA, G. Historical Evolution of Technological Diversification. Research Policy, v. 33, p. 511-529, 2004.

COHEN, W.M.; LEVINTHAL, D.A. Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, p. 128–152, 1990.

DIAZ-MORA, C. The role of comparative advantage in trade within industries: a panel data approach for the European Union. Review of World Economics, v.138, n.2, p. 291-316, 2002.

DOSI, G.; PAVITT, K.; SOETE, L. The economics of technical change and international trade. London: Harvester Wheatsheaf, 1990.

EUROSTAT. Patent Statistics: Concordance IPC V8 – NACE REV.2. 2014. Disponível em: < https://circabc.europa.eu/sd/a/d1475596-1568-408a-9191-426629047e31/2014-10-16-Final%20IPC_NACE2_2014.pdf >. Acesso em: 12/02/2017.

GLAUBER VITAL DA COSTA, C; CASTILHO, M; PUCHET ANJUL, M. “Estrutura produtiva e encadeamentos produtivos na era das cadeias globais de valor. Uma análise insumo-produto. Artigo apresentado no II ENEI da ABEIN. 1-3 agosto, 2017, Rio de Janeiro.

HOLLAND, M.; XAVIER, C.L. Dinâmica e competitividade setorial das exportações brasileiras: uma análise de painel para o período recente. Economia e Sociedade, v.14, n.1, p.85-108, 2005.

HUANG, H.T.; MIOZZO, M. Patterns of technological specialisation in Latin-American and East Asian countries: an analysis of patentes and trade flows. Economic Innovation and New Technologies, v. 13, n. 7, p. 615-653, 2004.

LAURSEN, K. The impact of technological opportunity on the dynamics of trade performance. Structural Change and Economic Dynamics, v. 10, p. 341-357, 1999.

LAURSEN, K., ENGENDAL. The role of the technology factor in economic growth: a theoretical and empirical inquiry into new approaches to economic growth. 1995, (Dissertação de Mestrado), University of Aalborg, Dinamarca.

MALERBA, F.; MONTOBBIO, F. Exploring factors affecting international technological specialization. Journal of Evolutionary Economics, v. 13, p. 411-434, 2003.

MELICIANI, V. The impact of technological specialisation on national performance in a balance-of-payments-constrained growth model. Structural Change and Economic Dynamics v. 13, 101–118, 2002.

MELO, M.; URRACA-RUIZ, A. Mudança estrutural e co-evolução das estruturas produtiva, comercial e tecnológica no Brasil. Revista Brasileira de Economia de Empresas, v. 15, n. 1, p. 49-66, 2015.

MIRANDA, P. A internacionalização de atividades tecnológicas e a inserção dos países em desenvolvimento: uma análise baseada em dados de patentes. In: 42º Encontro Nacional de Economia, 2014, Natal, RN.

MONTOBBIO, F., RAMPA, F. The impact of technology and structural change on export performance in nine developing countries. World Development, v. 33, n. 4, p. 527–547, 2005.

PAVITT, K.: Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v.6, n. 13, p. 343-373, 1984.

ROODMAN, D. A Note on the Theme of Too Many Instruments. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, v. 71, n. 1, p. 135–158, 2009.

SCHMOCH, U.; LAVILLE, F.; PATEL, P.; FRIETSCH, R. Linking technology areas to industrial sectors. Final Report to the European Comission, DG Research. Karlsruhe, Paris, Brighton, 2003.

STURGEON, T.; GEREFFI, G; GUINN, A.; ZYLBERBERG, E. O Brasil nas cadeias globais de valor: implicações para a política industrial e de comércio. Revista Brasileira de Comércio Exterior, n. 115, 2013.

URRACA-RUIZ, A. The ‘technological’ dimension of structural change under Market integration. Structural Change and Economic Dynamics, v. 27, p. 1-18, 2013.

VERTOVA, G. National technological specialization and the highest technological opportunities historically. Technovation, v. 21, p. 605–612, 2001.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Revista Brasileira de Inovação

Downloads

Não há dados estatísticos.