Resumen
O presente artigo discute objetivos e estratégias para a implementação de uma das prioridades da política industrial e tecnológica: o desenvolvimento da indústria farmacêutica brasileira. Suas principais conclusões, justificadas ao longo do trabalho, são: o objetivo da política para o complexo farmacêutico não deve ser a simples e generalizada substituição de importações, mas a construção, no País, de um ambiente de inovação farmacêutica capaz de oferecer produtos e serviços avançados para o mercado global; e que, face às novas estratégias de P&D das empresas líderes mundiais do setor, que abrem oportunidades para empresas de porte menor, esse objetivo é alcançável mediante ações coordenadas de indução e facilitação. O aperfeiçoamento do sistema nacional de inovação em saúde, o fomento ao desenvolvimento de uma teia de empresas de grande especialização, assim como ao relacionamento desta teia com empresas dotadas de capacidade comercial e de negociação compõem o leque de ações articuladas apresentado como estratégia eficaz para o aproveitamento das oportunidades apontadas. Os instrumentos disponíveis e as experiências internacionais e nacionais no fomento à inovação e ao investimento são discutidas vis à vis a estratégia proposta, e um programa nacional de desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas é sugerido como piloto articulador de uma iniciativa integrada de fomento.Citas
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