Banner Portal
Pesquisa sobre Inovação Tecnológica: o possível viés da informação em levantamentos
PDF

Palavras-chave

Levantamento sobre inovação tecnológica. Viés. Questão aberta. Instrumento de coleta de dados.

Como Citar

ROMEIRO, Maria do Carmo; PREARO, Leandro Campi; SILVEIRA, Marco Antonio Pinheiro da; RIBEIRO NETO, João de Paula. Pesquisa sobre Inovação Tecnológica: o possível viés da informação em levantamentos. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 13, n. 1, p. 133–162, 2013. DOI: 10.20396/rbi.v13i1.8649074. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649074. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Esse estudo aborda o viés da informação sobre a ocorrência de inovação em levantamentos, decorrente da compreensão imprecisa do conceito de inovação implícito na questão. O reconhecimento dessa situação ressalta a necessidade de procedimentos metodológicos que detectem o erro de compreensão do conceito por parte dos informantes, a fim que sejam previstos mecanismos para minimização do erro total da mensuração de indicadores de inovação. Um desenho desses procedimentos foi aplicado em levantamento amostral no setor metal mecânico da região do ABC. Nesse estudo foram cotejadas as respostas a questões fechadas e abertas sobre a prática de inovação nas empresas. Dois fluxos metodológicos ilustram os procedimentos para detecção e correção do viés da informação, evidenciando a relevância do uso da questão aberta, na sequência da questão fechada sobre inovação. A diferença entre as estimativas dos indicadores de inovação, obtidas com e sem a aplicação desses procedimentos, mostrou-se estatisticamente significante.
https://doi.org/10.20396/rbi.v13i1.8649074
PDF

Referências

ADVISORY COMMITTEE ON MEASURING INNOVATION IN THE 21ST CENTURY ECONOMY, THE. Innovation measurement: Tracking the state of innovation in the American economy. Washington: US Department of Commerce, 2008

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO GRANDE ABC. Pesquisa Diagnóstico da Oferta e Demanda de Serviços Tecnológicos das Empresas do Setor Metal-Mecânico do Grande ABC. São Caetano do Sul: Inpes – USCS, 2009.

ARUNDEL, A. Innovation survey indicators: what impact on innovation policy? Science, technology and innovation indicators an a changing world: responding to policy needs. OECD, 2007.

BACHMANN, D. L.; DESTEFANI, J. H. Metodologia para estimar o grau de inovação nas MPE. In: XVIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Anais... 2008.

BERNDT, A.; OLIVEIRA, L. H. A construção do saber administrativo por meio de replicagens em pesquisas por levantamento (survey). Revista ANGRAD, v. 6, n. 3, p.9-26, jul.-ago.-set. 2005.

BIEMER, P. P. total survey error − design, implementation, and evaluation. Public Opinion Quarterly, v. 74,n. 5, p. 817-848, 2010.

BLINDENBACH-DRIESSEN, F.; DALEN, J. van; ENDE, J. van den. Subjective performance assessment of innovation projects. Product Development & Management Association, v. 27, p. 572-592, 2010.

COMITE DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Desenvolvimento tecnológico e inovação nas microempresas e empresas de pequeno porte: fatores de influência. Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Brasília: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2007.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. 7ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

GODOY, R. S. P. Relações entre cultura organizacional e processos de inovação em empresas de base tecnológica. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), São Carlos, 2009.

HAIR JR., J. F. et al. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HEGEDUS, C. E. N. A introdução de novos produtos e o processo de difusão das inovações na estratégia das empresas: uma análise de bens duráveis. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2006.

IBGE. Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica 2008. Rio de Janeiro, 2010.

INÁCIO JR., E. Padrões de inovação em pequenas e médias empresas e suas implicações para o desempenho inovativo e organizacional. Tese (Doutorado em Política Científica e Tecnológica) – Instituto de Geociências da Unicamp, Campinas, 2008.

JARAMILLO, H.; LUGONES, G.; SALAZAR, M. Manual de Bogotá – Normalización de indicadores de innovación tecnológica en América Latina. Bogotá: Colciencias, Ricyt, Cyted, OEA, 2001.

KLINK, R. R.; ATHAIDE G. A. An illustration of potential sources of concept-test error. Product Development & Management Association, v. 3, p. 359-370, 2006.

KUPFER, D.; ROCHA, F. Determinantes setoriais do desempenho das empresas industriais brasileiras. In: DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S. (Orgs.). Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: Ipea, 2005.

LEES, G.; WRIGHT, M. The effect of concept formulation on concept test scores. Product Development & Management Assossiation, v. 21, p. 389-400, 2004.

OLIVEIRA, A. C. Diretrizes de apoio ao esforço de inovação tecnológica no desenvolvimento de produtos em pequenas e médias empresas industriais. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2007.

O’CATHAIN, A.; THOMAS, K. J. “Any other comments?” Open questions on questionnaires: a bane or a bonus to research? BMC Medical Research Methodology, v. 4, p. 25-27, Jan. 2004.

OCDE. Proposta de práticas exemplares para inquéritos sobre investigação e desenvolvimento experimental – Manual de Frascati. OCDE, F. Iniciativas, 2007.

OCDE. Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação – Manual de Oslo. 3ª ed. OCDE, Eurostat, Finep, 2005

OCDE. Manual of the measurement of human resources devoted to Science and Technology – Canberra Manual. Bruxelas: OCDE, 1995.

PACAGNELLA JR., A. C. A inovação tecnológica nas indústrias do Estado de São Paulo: uma análise dos indicadores da PAEP. Dissertação (Mestrado em Administração de Organizações) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp), Ribeirão Preto, 2006.

PRADO, F. L. Uma análise métrica das principais tipologias de inovação. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.

QUADROS, R. et al. Technological innovation in Brazilian industry: an assessment based on the São Paulo innovation survey. Technological Forecasting and Social Change, v. 67, p. 203-219, 2002.

SAKSHAUG, J. W.; YAN, T.; TOURANGEAU, R. Nonresponse error, measurement error, and mode of data collection − Tradeoffs in a multi-mode survey of Sensitive and non-sensitive items. Public Opinion Quarterly, v. 74, n. 5, p. 907-933, 2010.

SAWHNEY, M. et al. The 12 different ways for companies to innovate. MIT Sloan Management Review, spring 2006.

SEBRAE. Diretrizes para atuação do sistema SEBRAE em acesso à inovação e tecnologia. Brasília: Sebrae, 2007.

SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica para as ciências do comportamento. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1975.

SMITH, T. W. Refining the total survey error perspective. International Journal of Public Opinion Research, v. 23, p. 464-484, 2011.

TOURANGEAU, R. Cognitive aspects of survey – Measurement and mismeasurement. International Journal of Public Opinion Research, v. 15, n. 1, p. 3-7, 2003.

VILHENA, F. PINTEC 2008 − Informações preliminares. 2010 (slides). Disponível em: http://www.redetec.org.br/redeseprogramas/redestematicas/repict/pdf/xiiiRepictFernanda2dia.pdf. Acesso em 15 set. 2010.

WALKER, R. An empirical evaluation of innovation types and organizational and environmental characteristics: towards a configuration framework. Journal of Public Administration Research and Theory, v. 18, n. 4, p. 591-615, 2008.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.