Banner Portal
Como a interação universidade-empresa é remunerada no Brasil: evidências dos grupos de pesquisa do CNPq
PDF

Palavras-chave

Financiamento. Remuneração. Interação universidade-empresa. Grupos de pesquisa do CNPq. Brasil.

Como Citar

RAPINI, Márcia Siqueira; OLIVEIRA, Vanessa Parreiras de; SILVA, Thiago Caliari. Como a interação universidade-empresa é remunerada no Brasil: evidências dos grupos de pesquisa do CNPq. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 219–246, 2016. DOI: 10.20396/rbi.v15i2.8649129. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649129. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar o financiamento da interação universidade-empresa (UE) no Brasil. Foram analisados os tipos de relacionamento e suas respectivas remunerações referentes a 2.726 grupos de pesquisa do Censo 2008 do Diretório de Grupos de Pesquisa/ CNPq. A análise aponta que os tipos de remuneração mais frequentes foram a transferência de recursos financeiros e materiais entre as partes e, em menor proporção, as remunerações vinculadas à geração e à troca de conhecimento por meio de bolsas e intercâmbio de pessoal. Usando um modelo econométrico logit multinomial, foram analisadas características que influenciam no tipo de remuneração utilizado na interação U-E. Os resultados sugerem que a excelência científica, a grande área de conhecimento, o modo de interação e o setor de atuação da empresa impactam de maneira diferenciada no tipo de remuneração estabelecido.
https://doi.org/10.20396/rbi.v15i2.8649129
PDF

Referências

ARAUJO, B. C.; PIANTO, D.; DE NEGRI, F.; CAVALCANTE, L. R.; ALVES, P. Impactos dos fundos setoriais nas empresas. Revista Brasileira de Inovação, v. 11, n. esp., p. 85-112, 2012.

ARBIX, G.; CONSONI, F. Inovar para transformar a universidade brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 26, n. 77, p. 205-251, 2011.

ARROW, K. Economic Welfare and the allocation of resources for invention. In: MIROWSKI, P.; SENT, E-M. (Ed.). Science bought and sold: essays in the economics of science. Chicago: University of Chicago, 2002.

AVELLAR, A. P.; BOTELHO, M. Políticas de apoio à inovação em pequenas empresas: evidências sobre a experiência brasileira recente. Economia e Sociedade, v. 24, n. 2 (54), p. 379-417, ago. 2015.

BEINHOCKER, E. D. The origin of wealth: evolution, complexity and the radical remaking of economics. US: Random House Business Books, 2007.

CALZOLAIO, A. E.; DATHEIN, R. Políticas fiscais de incentivo à inovação: uma avaliação da Lei do Bem. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, 2012 (Texto para discussão, n.15/2012).

CAMPOS, B.; URRACA RUIZ, A. Padrões setoriais de inovação na indústria brasileira. Revista Brasileira de Inovação, v. 8, n. 1, p. 167-210, 2009.

CARRIJO, M.; BOTELHO, M. Cooperação e inovação: uma análise dos resultados do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe). Revista Brasileira de Inovação, v. 12, n. 2, p. 417-448, 2013.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. Sistemas de inovação e desenvolvimento: as implicações de política. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, jan./mar. 2005.

CGGE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Programa RHAE – Pesquisador na empresa. Diretório de projetos – Chamadas 67/2008 e 62/2009. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2011.

COHEN,W.; NELSON, R. R.; WALSH, J. P. The influence of public research on industrial R&D. Management Science, v. 48, n. 1, p. 1-23, 2002.

FLORIDA R.; COHEN, W. Engine or infrastructure? The university role on economic development. In: BRASCOMBS, L. et al. (Org.). Industrializing knowledge, MIT Press, 1999. p. 589-610.

FREEMAN, C. The “National System of Innovation” in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, v. 19, p. 5-24, 1995.

GOLDFARB, B.The effect of government contracting on academic research: does the source the funding affect scientific output? Research Policy, v. 37, p. 41-58, 2008.

GREENE, W. H. Econometric analysis. Prentice Hall: New Jersey, 5th ed., 2002.

GULBRANDSEN, M.; SMEBY, J. Industry-funding and university professor’s research performance. Research Policy, v. 34, p. 932-950, 2005.

JENSEN, R.; THURSBY J.; THURSBY, M. C. University-industry spillovers, government funding, and industrial consulting. Cambridge, MA: National Bureau of Economic Research, 2010 (NBER Working Paper, n. 15732).

KANNEBLEY JR., S.; CAROLO, M. D.; DE NGRI, F. Impacto dos fundos setoriais sobre a produtividade acadêmica de cientistas universitários. Estudos Econômicos, v. 43, n. 4, p. 647-685, 2013.

KLEVORICK, A. K.; LEVIN, R.; NELSON, R.; WINTER, S. On the sources and significance of inter-industry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, n. 2, p. 185-205, 1995

LUNDVALL, B. A. National Systems of Innovation: towards a theory of innovation and interactive learning. London: Printer Publishers, 1992.

MANSFIELD, E.; LEE, J. The modern university: contributor to industrial innovation and recipient of industrial P&D support. Research Policy, v. 25, n. 7, p. 1047-1058, 1996.

MEYER-KRAMER, F.; SCHMOCH, U. Science-based technologies: university-industry interactions in four fields. Research Policy, v. 27, p. 835-851, 1998.

MILES, I. Research and development (R&D) beyond manufacturing: the strange case of services R&D. R&D Management, v. 37, n. 3, p. 249-268, 2007.

MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

MOWERY, D. C.; SAMPAT, B. N. Universities in national innovation systems. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D. C.; NELSON, R. R. (Org.) The Oxford handbook of innovation. Oxford: Oxford University Press, 2005.

MUSCIO, A.; QUAGLIONE, D.; VALLANTI, G. Does government funding complemente or substitute private research funding to universities. Research Policy, v. 42, p. 63-75, 2013.

NARIN, F.; HAMILTON, K. S.; OLIVASTRO, D. The increasing linkage between U.S. technology and public science. Research Policy, v. 26, n. 3, p. 317-330, 1997.

NELSON, R. Capitalism as an engine of progress. Research Policy, v. 19, p. 193-214, 1990.

NELSON, R. The simple economics of basic scientific research (1959). In: MIROWSKI, P.; SENT, E-M. (Ed.). Science bought and sold: essays in the economics of science. Chicago: University of Chicago, 2002.

NELSON, R. National innovation systems: a comparative analysis. New York: Oxford University, 1993.

PACHECO, C. A. As reformas da política nacional de ciência, tecnologia e inovação no Brasil (1999-2002). Santiago de Chile: Cepal, dic. 2007.

PEREIRA, N. Fundos setoriais: avaliação das estratégias de implementação e gestão. Brasília: Ipea, 2005 (Texto para discussão, n. 1136).

PERKMANN, M.; WALSH, K. The two faces of collaboration: impacts of university-industry relations on public research. Industrial and Corporate Change, v. 18, n. 6, p.1033-1065, 2009.

RAPINI, M.; OLIVEIRA, V.; SILVA NETO, F. A natureza do financiamento influencia na interação universidade-empresa no Brasil? Revista Brasileira de Inovação, v. 13, n. 1, p. 77-108, 2014.

REDDY, P. The evolving role of university in economic development: the case of university-industry linkages. In: GORANSON, B.; BRUDENIUS, C. University in transition: the changing role and challenges for academic institutions. Ottawa: Canada: IDRC, 2011.

SCHARTINGER, D.; RAMMER, C.; FISHER, M. M.; FRÖHLICH, J. Knowledge interactions between universities and industry in Austria: sectoral patterns and determinants. Research Policy, v. 31, n. 3, p. 303-328, 2002.

TEIXEIRA, C.; MENEZES, J. H. Resultados do RHAE Pesquisador na Empresa. In: XV CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO LATINO-IBEROAMERICANA DE GESTÃO DE TECNOLOGIA. Anais... Porto, Portugal: Altec, 27 a 31 outubro 2013.

VAN LOOY, B.; CALLAERT, J.; DEBACKERERE, K. Publications and patent behavior of academic researchers: conflicting, reinforcing or merely co-existing. Research Policy, v. 35, v. 4, p. 596-608, 2004.

VELHO, L.; SAENZ, T. R&D in the public and private sectors in Brazil: complements or substitutes? Maastricht: The United Nations University, 2002 (UNU/INTECH Discussion Papers Series, 2002-8).

VIOTTI, E. Brasil: de política de C&T para política de inovação? Evolução e desafios das políticas brasileiras de ciência, tecnologia e inovação. In: VELHO, L.; SOUZA-PAULA, M. C. (Org.). Avaliação de políticas de ciência, tecnologia e inovação: diálogo entre experiências internacionais e brasileiras. Brasília: CGEE, 2008. p. 137-174.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.