Banner Portal
Existe convergência de patenteamento no Brasil?
PDF

Palavras-chave

Convergência de patenteamento. Painel de dados espacial. Patentes. Problema da unidade de área modificável.

Como Citar

OLIVEIRA, Priscila Medeiros de; GONÇALVES, Eduardo; ALMEIDA, Eduardo Simões de. Existe convergência de patenteamento no Brasil?. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 335–364, 2016. DOI: 10.20396/rbi.v15i2.8649133. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649133. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho investiga a existência de convergência de patenteamento entre as microrregiões brasileiras. Para confirmar tal hipótese, foi estimado um painel espacial para dados de patentes referentes ao período 2000-2011, controlando-se fatores internos e externos que afetam a taxa de crescimento do patenteamento per capita. Além de microrregiões, também foram utilizadas mesorregiões e áreas de influência de cidades (Regic) para verificar a robustez dos resultados, ao mesmo tempo que se testa o problema da unidade de área modificável (Modifiable Areal Unit Problem – Maup). Dois resultados principais são constatados: existe um processo de convergência ou catching up tecnológico entre as microrregiões brasileiras; e a dependência espacial é sensível às diferentes escalas geográficas quando se estuda o crescimento do patenteamento per capita no Brasil.
https://doi.org/10.20396/rbi.v15i2.8649133
PDF

Referências

ABRAMOVITZ, M. Catching up, forging ahead, and falling behind. The Journal of Economic History, v. 46, n. 2, p. 385-406, 1986.

ACS, Z. J.; AUDRETSCH, D. Innovation and small firms. Cambridge: MIT Press, 1990.

_________. Patents as a measure of innovative activity. Kyklos – International Review for Social Sciences, v. 42, n. 2, p. 171-180, 1989.

ACS, Z. J.; AUDRETSCH, D. B.; FELDMAN, M. P. Real effects of academic research: comment. The American Economic Review, v. 82, n. 1, p. 363-367, 1992.

ALMEIDA, E.; GUIMARÃES, P. M. A análise de convergência de renda no Brasil e o problema de escala espacial. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora, 2014. Mimeografado.

ANSELIN, L. Spatial econometrics: methods and models. Boston: Kluwer Academic, 1988.

ARAÚJO, V. C. Dimensão local da inovação no Brasil: determinantes e efeitos de proximidade. 2013. 188 fls. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

ARAÚJO, B. C.; CAVALCANTE, L. R.; ALVES, P. Variáveis proxy para os gastos empresariais em inovação com base no pessoal ocupado técnico-científico disponível na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, v. 5, p 16-21, 2009.

ARBIA, G. Spatial econometrics: statistical foundations and applications to regional convergence. Berlin: Springer, 2006.

AZZONI, C. R. Rentabilidade da indústria no interior de São Paulo. São Paulo: Instituto de Pesquisas Econômicas – IPE/USP, 1990. Mimeografado.

BARRO, R. J.; SALA-I-MARTIN, X. Convergence. Journal of Political Economy, v. 100, n. 2, p. 223-251, 1992.

BAUMOL, W. J. Productivity growth, convergence, and welfare: what the long-run data show. The American Economic Review, n. 76, p. 1072-1085, 1986.

BILBAO-OSORIO, B.; RODRÍGUEZ-POSE, A. From R&D to innovation and economic growth in the EU. Growth and Change, v. 35, n. 4, p. 434-455, 2004.

CARLINO, G. A.; CHATTERJEE, S.; HUNT, R. M. Urban density and the rate of invention. Journal of Urban Economics, v. 61, n. 3, p. 389-419, 2007.

CEH, B. Regional innovation potential in the United States: evidence of spatial transformation. Papers in Regional Science, v. 80, n. 3, p. 297-316, 2001.

COE, D.; HELPMAN, E. International R&D spillovers. European Economic Review, v. 39, n. 5, p. 859-887, 1995.

DE LONG, J. B. Productivity growth, convergence, and welfare: comment. The American Economic Review, v. 78, n. 5, p. 1138-1154, 1988.

DINIZ, C. C. Desenvolvimento poligonal no Brasil: nem desconcentração nem contínua polarização. Revista Nova Economia, v. 3, n. 1, p. 35-61, 1993.

ELHORST, J. P. Specification and estimation of spatial panel data models. International Regional Sciences Review, v. 26, n. 3, p. 244-268, 2003.

FAGERBERG, J. Technology and international differences in growth rates. Journal of Economic Literature, v. 32, n. 3, p. 1147-1175, 1994.

FELDMAN, M. P. The new economics of innovation, spillovers and agglomeration: a review on empirical studies. Economics of Innovation and Technology, v. 8, p. 5-25, 1999.

FELDMAN, M. P.; FLORIDA, R. The geographic sources of innovation: technological infrastructure and product innovation in the United States. Annals of the Association of American Geographers, v. 84, n. 2, p. 210-229, 1994.

FREITAS, M. V.; GONÇALVES, E.; MONTENEGRO, R. L. G. Desigualdade tecnológica, convergência espacial e transbordamentos: uma análise por estados brasileiros (1990-2001). Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 4, p. 1-21, 2010.

GLAESER, E. L.; KALLAL, H.; SCHEINKMAN, J.; SHLEIFER, A. Growth in cities. Journal of Political Economy, v. 100, p. 1126-1153, 1992.

GONÇALVES, E. A distribuição espacial da atividade inovadora brasileira: uma análise exploratória. Estudos Econômicos, v. 37, n. 2, p. 405-433, 2007.

GONÇALVES, E.; ALMEIDA, E. S. Innovation and spatial knowledge spillovers: evidence from Brazilian patent data. Regional Studies, v. 43, p. 513-528, 2009.

GRILICHES, Z. The search for R&D spillovers. Scandinavian Journal of Economics, v. 94, p. 29-47, 1992.

GUSSO, D. Agentes da inovação: quem os forma, quem os emprega. Tecnologia, exportação e emprego. Brasília: Ipea, 2006. p. 397-444.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão Urbano-Regional. Rio de Janeiro, 2013.

JACOBS, J. The economy of cities. Nova York: Random House, 1969.

KELLER, W. Are international R&D spillovers trade related? Analyzing spillovers among randomly matched trade partners. European Economic Review, v. 42, n. 8, p. 1469-1481, 1998.

KRUGMAN, P. Geography and trade. Cambridge, MA: MIT Press, 1991.

LEMOS, M. B.; MORO, S.; DOMINGUES, E. P.; RUIZ, R. M. A organização territorial da indústria no Brasil. In: NEGRI J. A.; SALERMO M. (Ed.). Inovação, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: Ipea, 2005.

LEMOS, M. B.; CAMPOS, B.; BIAZI, E.; SANTOS, F. Capacitação tecnológica e catching up: o caso das regiões metropolitanas emergentes brasileiras. Revista de Economia Política, v. 26, n. 1, p. 95-118, 2006.

LeSAGE, J. P.; PACE, R. K. Introduction to spatial econometrics. Boca Raton, Flórida: Chapman and Hall/CRC; Press, Taylor & Francis Group, 2009.

LUCAS, R. E. On the mechanics of economic development. Econometric Society Monographs, v. 29, p. 61-70, 1988.

MANKIW, N. G.; ROMER, D.; WEIL, D. N. A contribution to the empirics of economic growth. The Quarterly Journal of Economics, v. 107, n. 2. p. 407-437, 1992.

MONTENEGRO, R. L.; GONÇALVES, E.; ALMEIDA, E. Dinâmica espacial e temporal da inovação no estado de São Paulo: uma análise das externalidades de diversificação e especialização. Estudos Econômicos, v. 41, n. 4, p. 743-776, 2011.

MORENO, R.; PACI, R.; USAI, S. Spatial spillovers and innovation activity in European regions. Environment and Planning A, v. 37, p. 1793-1812, 2005.

NAGAOKA, S.; MOTOHASHI, K.; GOTO, A. Patent statistics as an innovation indicator. In: HALL; B. H.; ROSENBERG, N. (Ed.). Handbook of Economics of Innovation. Amsterdam: Elsevier, 2010. cap. 5.

O’HUALLACHÁIN, B.; LESLIE, T. F. Spatial convergence and spillovers in American invention. Annals of the Association of American Geographers, v. 95, n. 4, p. 866-886, 2005.

PESARAN, M. H. A simple panel unit root test in the presence of cross-section dependence. Journal of Applied Econometrics, v. 22, n.2, p. 265-312, 2007.

RESENDE, G. M.; DE CARVALHO, A. X. Y.; SAKOWSKI, P. A. M.; CRAVO, T. A. Evaluating multiple spatial dimensions of economic growth in Brazil using spatial panel data models. The Annals of Regional Science, v. 56, n. 1, p. 1-31, 2016.

RIBEIRO, E. C. A.; GONÇALVES, E.; FREGUGLIA, R. S. Transbordamentos de conhecimento e capacidade de absorção: uma análise para os estados brasileiros. Economia, Brasília, v. 14, p. 3-27, 2013.

ROMER, P. Endogenous technological change. Journal of Political Economy, v. 98, p. 71-102, 1990.

SALA-I-MARTIN, X. The classical approach to convergence analysis. Economic Journal, Royal Economic Society, v. 106, n. 437, p. 1019-36, 1996.

SIMÕES, R.; BAESSA, A.; CAMPOLINA, B.; SILVA, L. A distribuição espacial da produção científica e tecnológica brasileira: uma descrição de estatísticas de produção local de patentes e artigos científicos. Revista Brasileira de Inovação, v. 1, n. 2, p. 225-251, 2002.

SIMÕES, R.; OLIVEIRA, A.; GITIRANA, A.; CUNHA, J.; CAMPOS, M.; CRUZ, W. A geografia da inovação: uma metodologia de regionalização das informações de gastos em P&D no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, v. 4, n. 1, p. 157-185, 2009.

SOLOW, R. M. A contribution to the theory of economic growth. Quarterly Journal of Economics, v. 70, p. 65-94, 1956.

STAKHOVYCH, S.; BIJMOLT, T. H. Specification of spatial models: a simulation study on weights matrices. Papers in Regional Science, v. 88, n. 2, p. 389-408, 2009.

USAI, S. The geography of inventive activity in OECD regions. Regional Studies, v. 45, n. 6, p. 711-731, 2011.

VARGA, A. University research and regional innovation: a spatial econometric analysis of academic technology transfers. New York: Springer Science & Business Media, 1998. v. 13.

WOOLDRIDGE, J. M. Econometric analysis of cross section and panel data. Cambridge, MA: MIT press, 2010.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.