Banner Portal
Modelos teóricos e interesses de mensuração no surgimento da pesquisa de inovação brasileira (Pintec)
PDF

Palavras-chave

Pintec. Pesquisas de inovação. Indicadores de inovação. Modelos de mensuração.

Como Citar

SILVA, Diego Rafael de Moraes; FURTADO, André Tosi. Modelos teóricos e interesses de mensuração no surgimento da pesquisa de inovação brasileira (Pintec). Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 16, n. 1, p. 97–128, 2017. DOI: 10.20396/rbi.v16i1.8649141. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649141. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

O surgimento da Pesquisa de Inovação (Pintec), em 2002, constituiu uma novidade radical em termos de mensuração da inovação no Brasil. Porém, pouco se sabe sobre quais foram as motivações para sua realização. Nosso objetivo é analisar a gênese da Pintec. Para retraçar suas origens, realizamos entrevistas abertas com uma amostra intencional dos atores-chave envolvidos na sua construção conceitual-metodológica e fizemos uma revisão bibliográfica acerca da trajetória histórica dos indicadores de inovação e de seus modelos teóricos e interesses de mensuração. Partindo das entrevistas e da revisão bibliográfica, evidenciou-se que a Pintec é fruto de uma direta e incisiva demanda do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que a levou a adotar um modelo “híbrido” de survey de inovação, contemplando uma robusta seção acerca das atividades de P&D, algo incomum nesse tipo de pesquisa. Concluímos que este modelo possui limitações, embora sejam inegáveis as contribuições da pesquisa para o debate sobre inovação no Brasil.
https://doi.org/10.20396/rbi.v16i1.8649141
PDF

Referências

ARCHIBUGI, D.; SIRILLI, G. The direct measurement of technological innovation in business. In: EUROPEAN COMMISSION CONFERENCE ON INNOVATION AND ENTERPRISE CREATION: STATISTICS AND INDICATORS, Paris, 23-24 Nov. 2000. Proceedings… Luxembourg: European Commission, 2000.

ARUNDEL, A. Innovation survey indicators: what impact on innovation policy? In: OECD (Org.). Science, technology and innovation indicators in a changing world: responding to policy needs. Paris, 2007.

BAPTISTA, B.; BERNHEIM, R.; GARCÉ, A.; HERNÁNDEZ, E. Consulta a tomadores de decisión en políticas públicas de ciencia, tecnología e innovación sobre sus fuentes de información. Informe regional. [S.l.]: Banco Interameticano de Desarrollo (BID), Sector Social – División de Ciencia y Tecnología, 2010.

BARRÉ, R. S&T indicators for policy making in a changing science-society relationship. In: MOED, H.; GLÄNZEL, W.; SCHMOCH, U. (Ed.). Handbook of quantitative science and technology research. New York: Kluwer Academic Publishers, 2004.

BARRÉ, R.; PAPON, P. Économie et politique de la science et de la technologie. Paris: Editeur Hachette, 1993 (Collection Pluriel).

BASTOS, C.; REBOUÇAS, M.; BIVAR, W. A construção da Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec). In: VIOTTI, E. B.; MACEDO, M. M. (Org.). Indicadores de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

BERNARDES, R. Produção de estatísticas e inovação tecnológica: Paep 1996-2001. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 17, n. 3-4, p. 151-167, 2003.

BRASIL – Ministério da Ciência e Tecnologia. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – PADCT-III: documento básico. Brasília, 1998.

BRASIL – Ministério da Ciência e Tecnologia. Ciência, tecnologia e inovação: desafio para a sociedade brasileira – Livro Verde. Brasília, 2001.

CAMARGO, A. Sociologia das estatísticas: possibilidades de um novo campo de investigação. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, p. 903-925, 2009.

CAMPOS, N.; IOOTTY, M. Institutional barriers to firm entry and exit: case-study evidence from the Brazilian textiles and eletronics industries. Economic Systems, Regensburg, v. 31, p. 346-363, 2007.

DE NEGRI, J.; SALERNO, M. (Org.). Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: Ipea, 2005.

ERBER, F. Inovação tecnológica na indústria brasileira no passado recente: uma resenha da literatura econômica. Brasília: Cepal/Ipea, 2010 (Textos para discussão Cepal-Ipea, n. 17).

ESTERLE, L.; THEVES, J. Analysis of the different European systems for producing indicators. In: WORKSHOP ON S&T INDICATORS PRODUCTION. Lisbon, 22-23 Sep. 2005.

EUROSTAT – Statistical Office of the European Union. The third Community Innovation Survey (CIS-3): harmonized questionnaire. Luxembourg, 2001.

FRANCOZ, D.; PATINSON, B. Achieving reliable results from innovation surveys – methodological lessons learned from experience in OECD member countries. In: EUROPEAN COMMISSION CONFERENCE ON INNOVATION AND ENTERPRISE CREATION: STATISTICS AND INDICATORS. Paris, 23-24 Nov. 2000. Proceedings… Luxembourg: European Commission, 2000.

FREEMAN, C.; SOETE, L. Developing science, technology and innovation indicators: what we can learn from the past. Research Policy, Amsterdam, v. 38, p. 583-589, 2009.

GAULT, F. Social impacts of the development of science, technology and innovation indicators. Maastricht: United Nations University – UNU/MERIT, 2011 (Working Paper Series, 2011-008).

GODIN, B. The rise of innovation surveys: measuring a fuzzy concept. Project on the History and Sociology of STI Statistics, Montréal, 2002 (Working Paper, n. 16).

GODIN, B. the emergence of science and technology indicators: why did governments supplement statistics with indicators? Research Policy, Amsterdam, v. 32, n. 4, p. 679-691, 2003.

HANSEN, J. Technology innovation indicators: a survey of historical development and current practice. In: FELDMAN, M; LINK, A. (Ed.). Innovation policy in the knowledge-based economy. New York: Springer Science+Business Media, 2001.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Inovação Tecnológica 2000. Rio de Janeiro, 2002.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. Rio de Janeiro, 2004 (Série Relatórios Metodológicos, v. 30).

KANNEBLEY, S.; PORTO, G.; PAZELLO, E. Characteristics of Brazilian innovative firms: an empirical analysis based on PINTEC – Industrial Research on Technological Innovation. Research Policy, Amsterdam, v. 34, p. 872-893, 2005.

KLINE, S.; ROSERNBERG, N. An overview of innovation. In: LANDAU, R.; ROSENBERG, N. (Ed.). The positive sum strategy. Washington: National Academy of Press, 1986.

MATESCO, V. Esforço tecnológico das empresas brasileiras. Brasília: Ipea, 1994a (Texto para discussão, n. 333).

MATESCO, V. O comportamento estratégico das empresas industriais brasileiras: inovadoras versus não-inovadoras. Brasília: Ipea, 1994b (Texto para discussão, n. 336).

NELSON, R. National innovation systems: a comparative analysis. New York: Oxford University Press, 1993.

OECD – Organization for Economic Co-operation and Development. Proposed guidelines for collecting and interpreting technological innovation data – Oslo Manual. Paris, 1992.

PACHECO, C. Políticas públicas, intereses y articulación política: cómo se gestaron las recientes reformas al sistema de ciencia y tecnología en Brasil. Santiago de Chile: Cepal, 2005 (Serie Políticas Sociales, n. 103).

PACHECO, C. As reformas da política nacional de ciência, tecnologia e inovação no Brasil (1999-2002). Santiago de Chile: Cepal, 2007 (Manual de Políticas Públicas).

ROMEIRO, M.; PREARO, L.; SILVEIRA, M.; RIBEIRO NETO, J. Pesquisa sobre inovação tecnológica: o possível viés da informação em levantamentos. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, v. 13, n. 1, p. 133-162, 2014.

SALAZAR, M.; HOLBROOK, A. A debate on innovation surveys. Science and Public Policy, Cranleigh, v. 31, n. 4, p. 254-266, 2004.

SELLTIZ, C.; JAHODA, M.; DEUTSCH, M.; COOK, S. Métodos de pesquisa nas relações sociais. Tradução de Dante Moreira Leite. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária e Editora da Universidade de São Paulo, [1959] 1975.

SENRA, N. A sociologia das estatísticas como norte da pesquisa histórica das estatísticas. In: XXVIII INTERNATIONAL CONGRESS OF THE LATIN AMERICAN STUDIES ASSOCIATION. Anais… Rio de Janeiro, 2009.

SILVA, D. O processo de construção conceitual-metodológica da PINTEC. 2015, 144 f. Dissertação (Mestrado em Política Científica e Tecnológica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.

SMITH, K. Measuring innovation. In: FAGERBERG, I.; MOWERY, D.; NELSON, R. (Ed.). The Oxford handbook of innovation. Oxford: Oxford University Press, 2004.

STOKES, D. O quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnológica. Campinas: Editora da Unicamp, [1997] 2005 (Clássicos da Inovação).

VELHO, L. Indicadores de C&T e seu uso em política científica. Sociedade e Estado, Brasília, v. 7, n. 1, p. 63-77, 1992.

VELHO, L. Estratégias para um sistema de indicadores de C&T no Brasil. Parcerias Estratégicas, Brasília, v. 13, p. 109-121, 2001.

VIOTTI, E. Fundamentos e evolução dos indicadores de CT&I. In: VIOTTI, E. B.; MACEDO, M. M. (Org.). Indicadores de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.