Resumen
Este trabalho contribui para a caracterização dos processos de geração de conhecimento e inovação na área da saúde humana em países emergentes, como o Brasil. O objetivo é examinar as interações estabelecidas entre as universidades, a partir de seus grupos de pesquisa, e outras organizações. Realizou-se uma pesquisa exploratória junto a cinco grupos de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dados secundários a respeito dos grupos de pesquisa foram também utilizados. Conclui-se que equipes multidisciplinares de pesquisadores qualificam o processo de geração de conhecimento e inovações; hospital-escola é ator-chave; pacientes são relevantes no estabelecimento de interações e construção de conhecimento pelos grupos; outros pesquisadores de centros de pesquisa ou universidades do Brasil e do exterior participam do processo de geração de conhecimento; empresas industriais têm pouca ou nenhuma presença nas interações estabelecidas; existe desconexão entre produção científica e tecnológica. Essas características corroboram outros achados já divulgados na literatura acadêmica.
Citas
ALBUQUERQUE, E. M. Sistema Nacional de Inovação no Brasil: uma análise introdutória a partir de dados disponíveis sobre a ciência e a tecnologia. Revista de Economia Política, vol. 16, n. 3, p. 56-72, 1996.
ALBUQUERQUE, E. M. Catching up no século XXI: construção combinada de sistemas de inovação e de bem-estar social. In: SICSÚ, J.; MIRANDA, P. (Org.). Crescimento econômico: estratégias e instituições. Rio de Janeiro: IPEA, 2009, p. 55-83.
ALBUQUERQUE, E. da M.; CASSIOLATO, J. E. As Especificidades do Sistema de Inovação do Setor Saúde. Revista de Economia Política, v. 22, n. 4 (88), outubro-dezembro 2002.
ASHEIM, B.; GERTLER, M. S. The geography of innovation: regional innovation systems. The Oxford Handbook of Innovation, Oxford University Press, Oxford, 2006.
BARBOSA, P. R; GADELHA, C. A. G. O papel dos hospitais na dinâmica de inovação em saúde. Revista de Saúde Pública 46 (Supl), p. 68-75, 2012.
BOTELHO, M.; TATSCH, A. L. Health services and innovation in Brazil: an analysis based on teaching and research hospitals in Rio Grande do Sul and Minas Gerais. In: CASSIOLATO, J. E.; SOARES, M. C. (eds.). Health systems, equity and development. Río de Janeiro: E-papers, 2015: 355-381.
CASSIOLATO, J. E.; SOARES, M. C. Health systems, development and health - an introduction. In: CASSIOLATO, J. E.; SOARES, M. C. (Eds.). Health systems, equity and development. Rio de Janeiro: E-papers, 2015, p. 15-57.
CHAVES, C. V.; ALBUQUERQUE, E. M. Desconexão no sistema de inovação do setor saúde: uma avaliação preliminar do caso brasileiro a partir de estatísticas de patentes e artigos. Revista de Economia Aplicada, v. 10, p. 523-539, 2006.
CHAVES, C. V.; MORO, S. Investigating the interaction and mutual dependence between science and technology. Research Policy, v. 36, p. 1204-1220, 2007.
CONSOLI, D.; MINA, A. An evolutionary perspective on health innovation systems. Journal of Evolutionary Economics, 19, p. 297–319, 2009.
COOKE, Philip. Introduction: origins of the concept. In: BRACZYK, Hans-Joachim; COOKE, Philip; HEIDENREICH, Martin (Ed.). Regional Innovation Systems. London: UCL Press, 1998. p 2-25.
COSTA, A. B. da; RUFFONI, J.; PUFFAL, D. Proximidade geográfica e interação universidade-empresa no Rio Grande do Sul. Revista de Economia / UFPR, v. 37, n. especial, p. 213-238, 2011.
DJELLAL, F.; GALLOUJ, F. Mapping innovation dynamics in hospitals. Research Policy, 34, p. 817-835, 2005.
DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories: a suggestes interpretation of the determinants and directions of technical cahnge. Research Policy, 11, p. 147-162, 1982.
EDQUIST, C. Systems of Innovation: perspectives and challenges. In: FARBERGER, J.; MOWERY, D. C.; NELSON, R. (Org.). The Oxford handbook of innovation. Oxford: Oxford University Press, 2006.
FREEMAN, C. The national system of innovation in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, 19, p. 5-24, 1995.
GADELHA, C. A. G. O complexo industrial da saúde e a necessidade de um enfoque dinâmico na economia da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 8, n. 2, p. 521-35, 2003.
GADELHA, C. (Coord.). Perspectivas do investimento em saúde. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008 / 2009. Relatório final do estudo do sistema produtivo Saúde, integrante da pesquisa “Perspectivas do Investimento no Brasil”, realizada por IE/UFRJ e IE/UNICAMP. Disponível em: http://www.projetopib.org/?p=documentos
GADELHA, C. A. G. (Coord.). A dinâmica do sistema produtivo da saúde: inovação e complexo econômico-industrial. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2012.
GELIJNS, A.; ROSENBERG, N. The dynamics of technological change in medicine. Health Affairs, [s.l.], v. 13, n. 3, p.28-46, 1994.
GELIJNS, A. C.; ROSENBERG, N. The changing nature of medical technology development. In: ROSEMBERG, N.; GELIJNS, A. C.; DAWKINS, H. Sources of medical technology: universities and industry. Washington: National Academy Press, 1995.
HANLIN, R.; ANDERSEN, M. H. Health systems strengthening. Rethinking the role of innovation. Globelics Thematic Report 2016. Denmark: Aalborg University Press, 2016.
HICKS D.; KATZ, J. S. Hospitals: the hidden research system. Science and Public Policy 23(5), 297-304, 1996.
LUNDVALL, B-Å. Innovation as an interactive process: from user-producer interaction to the national system of innovation. In: DOSI, G. et al. (Eds.). Technical change and economic theory. Londres: Pinter, 1988, p. 349-369.
LUNDVALL, B-Å. (Ed.). National innovation systems: towards a theory of innovation andinteractive learning. London: Pinter, 1992.
MALERBA, F. Sectoral system of innovation and production. Research Policy, v.31, p.247–264, 2002.
METCALF, J. S; JAMES, A.; MINA, A. Emergent innovation systems and the delivery of clinical services: The case of intra-ocular lenses. Research Policy, 34, p. 1283–1304, 2005.
MOWERY, D. C.; SAMPAT, B. N. Universities in national innovation systems. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D.C.; NELSON, R.R. (Org.). The Oxford Handbook of innovation. Oxford: Oxford University Press, 2006.
NELSON, R. (Ed.). National innovation systems: a comparative analysis. Nova York: Oxford University, 1993.
NELSON, R. R.; BUTERBAUGHB, K.; PERLB, M.; GELIJNS, A. How medical know-how progresses. Research Policy, n. 40, p. 1339–1344, 2011.
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Mass./London: The Belknap Press of Harvard University Press, 1982.
PAVITT, K. Sectorial patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, n.13, North-Holland, 1984.
SILVA NETO, F. C. C. et al. Abordando os grupos de pesquisa sobre sua relação com as instituições: uma avaliação por área específica de conhecimento. In: Anais… XV Seminário sobre a Economia Mineira, Diamantina: CEDEPLAR / UFMG, 2012.
SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. da M. The underestimated role of universities for the Brazilian system of innovation. Brazilian Journal of Political Economy, v. 31, n. 1 (121), p. 3-30, January-March/2011.
TATSCH, A. L.; RUFFONI, J.; BOTELHO, M. R. A. Health innovation system: networks in Rio Grande do Sul/Brazil. América Latina Hoy, v. 73, p. 87-119, 2016.
THUNE, T.; MINA, A. Hospitals as innovators in the health-care system: a literature review and research agenda. Research Policy, [s.l.], v. 45, n. 8, p.1545-1557, out. 2016.
WINDRUM, P.; GARCÍA-GOÑI, M. A neo-schumpeterian model of health services innovation. Research Policy, 37, p. 649–672, 2008.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2019 Revista Brasileira de Inovação