Banner Portal
Estratégia inovativa das firmas brasileiras: convergência ou divergência com as questões ambientais?
PDF

Palavras-chave

Inovação ambiental. Pintec. Estratégias. Conhecimento.

Como Citar

QUEIROZ, Julia Mello; PODCAMENI, Maria Gabriela von Bochkor. Estratégia inovativa das firmas brasileiras: convergência ou divergência com as questões ambientais?. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 13, n. 1, p. 187–224, 2013. DOI: 10.20396/rbi.v13i1.8649076. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649076. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Com base nos dados da Pintec 2008, o artigo analisa as características e as estratégias inovativas das empresas brasileiras que realizaram inovações que reduziram os impactos no meio ambiente. Os dados evidenciam que a introdução de inovações ambientais (IA) está relacionada com o tamanho da firma e com a origem estrangeira do capital, ou seja, fatores que remetem à questão da importância da inserção internacional. Em relação às estratégias e aos esforços inovativos das empresas, os dados mostram que essas atividades são focadas nas estratégias que têm pouca ou nenhuma relação com as IA. Por outro lado, os fatores referentes à geração e difusão de conhecimento, aprendizado e fortalecimento das capacitações apresentam significativa relação com as IA. Desse modo, os resultados mostram que as estratégias das firmas não convergem com a necessidade de se avançar rumo a um desenvolvimento menos agressivo ao meio ambiente.
https://doi.org/10.20396/rbi.v13i1.8649076
PDF

Referências

ANDERSEN, M. M. An innovation system approach to eco-innovation – Aligning policy rationales. In: The Greening of Policies – Interlinkages and Policy Integration Conference. Anais eletrônicos... Berlim, 2004. Disponível em: http://www.cgiar-ilac.org/files/andersen_innovation.pdf. Acesso em: 23 maio 2013.

ARUNDEL, A.; KEMP, R.; PARTO, S. Indicators for environmental innovation: what and how to measure. In: MARINOVA, D.; ANNANDALE, D.; PHILIMORE, J. (Eds.). International handbook on environment and technology management. Cheltenham: Edward Elgar, 2007, p. 324-339.

BARCELLOS, F. C.; OLIVEIRA, J. C.; CARVALHO, P. G. Investimentos ambiental em indústrias sujas e intensivas em recursos naturais e energia. Revista Iberoamericana de Economia Ecológica, v. 12, p.33-50, 2009.

BRITTO, J. Cooperação tecnológica e esforços inovativos na indústria brasileira: um estudo exploratório a partir da PINTEC. In: IX Encontro Nacional de Economia Política da SEP, 2004, Anais... Uberlândia-MG, 2004.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Discussing innovation and development: Converging points between the Latin American school and the innovation systems perspective? 2008. The Global Network for Economics of Learning, Innovation, and Competence Building System, 2008 (Globelics working papers series, n. 08-02).

CASSIOLATO, J. E.; STALLIVIERI, F. Indicadores de inovação: dimensões relacionadas à aprendizagem. In: CGEE (Org.). Bases conceituais em pesquisa, desenvolvimento e inovação: implicações políticas no Brasil. 1a ed. Brasília: Centro de Gestões e Estudos Estratégicos, v. 1, 2010, p. 119-163.

CASSIOLATO, J. E.; STALLIVIERI, F.; RAPINI, M.; PODCAMENI, M. G. Indicadores de inovação: uma análise crítica para os BRICS. BRICS Project: A competitive study of the national innovation systems of Brazil, Rusia, India, China and South Africa. 2008 (Research paper 02/08).

CASSIOLATO, J. E.; PAGOLA, C.; LASTRES, H. M. M. Technical change and structural inequalities: converging approaches about problems of underdevelopment. In: DRECHSLER, W.; REINERT, E.; KATTEL, R. (Orgs.). Techno-economic paradigms: essays in honour of Carlota Perez. London: Anthgem Press, 2009, p. 51-65.

CORAZZA, R. I. Inovação tecnológica e demandas ambientais: notas sobre o caso da indústria brasileira de papel e celulose. Dissertação (Mestrado em Política Científica e Tecnológica). Campinas: DPCT/Unicamp, 1996.

CORAZZA, R. I. Gestão ambiental e mudanças da estrutura organizacional. RAE eletrônica, v. 2, n. 2, 2003, p. 1.

DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories: a suggested interpretation of the determinants and directions of technical change. Research Policy, v. 11, n. 3, p. 147-162, junho 1982.

DINIZ, M. J.; DINIZ, M.; OLIVEIRA JUNIOR, J. N. A introdução de inovações ambientais afeta o desempenho da indústria? Um estudo empírico para o Polo Industrial de Manaus (2000-2006). In: V Encontro Nacional da Anppas. Anais... Florianópolis, 2010.

EUROPEAN COMMISSION. Stimulating technologies for sustainable development: an environmental technologies action plan for the European Union. Communication from the commission to the council and the European parliament. Bruxelas, 2004.

FERRAZ, C; SEROA DA MOTA, R. Regulação, mercado ou pressão social? Os determinantes do investimento ambiental na indústria. In: XXIX Encontro Nacional de Economia. Anais... Rio de Janeiro, 2001.

FORAY, D.; GRÜBLER, A. Technology and the environment: an overview. Technological Forecasting and Social Change, v. 53, n. 1, p. 3-13, 1996.

FOXON, T.; ANDERSEN, M. M. The greening of innovation systems for eco-innovation – towards an evolutionary climate mitigation policy. In: Druid Summer Conference. Anais eletrônicos... Copenhagen, 2009. Disponível em: http://www2.druid.dk/conferences/viewpaper.php?id=500463&cf=32. Acesso em: 20 maio 2013.

FREEMAN, C. The greening of technology and models of innovation. Technological Forecasting and Social Change, v. 53, p. 27-39, 1996.

FRONDEL, M.; HORBACH, J.; RENNINGS, K. What triggers environmental management and innovation? Empirical evidence for Germany. RWI, 2004 (Discussion paper, n. 15).

HORBACH, J. Determinants of environmental innovation – New evidence from German Panel Data Source. Research Policy, v. 37, n. 1, p.163-173, 2006.

IBGE. Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC 2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2008/pintec2008.pdf. Acesso em: jan. 2010.

IBGE. Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC 2005. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2005/pintec2005.pdf. Acesso em: fev. 2011

IBGE. Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC 2003. Rio de Janeiro: IBGE, 2005. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2003/pintec2003.pdf. Acesso em: fev. 2011.

JAFFE, A.; NEWELL, R.; STAVINS, R. A tale of two market failures: technology and environmental policy. Washington DC: RFF, 2004 (Discussion paper, 04-38).

KEMP, R.; ANDERSEN, M. M. Strategies for eco-efficiency innovation. Strategy paper for the Informal Environmental Council Meeting. Maastricht, Holanda, July 2004.

KEMP, R.; FOXTON, T. Typology of eco-innovation (MEI project). Bruxelas, 2007. Disponível em: http://www.merit.unu.edu/MEI. Acesso em: 02 jan. 2013.

KEMP, R; PEARSON, P. Final report of Measuring Eco-innovation (MEI project). Bruxelas, 2007. Disponível em: http://www.merit.unu.edu/MEI. Acesso em: 27 maio 2013.

KEMP, R.; SOETE, L. Inside the ‘green box’: on the economics of technological change and the environment. In: FREEMAN, C.; SOETE, L. (Eds.). New explorations in the economics of technological change. London: Pinter Publishers, 1990, p. 245-257.

KUNH, T. The structure of scientific revolutions. 3ª ed. Chicago: The University of Chicago Press, 1962.

LUSTOSA, M. C. J. Inovação e meio ambiente no enfoque evolucionista: o caso das empresas paulistas. In: XXVII Encontro Nacional da Anpec Anais... Belém-PA, 1999.

MACULAN, A. M. A importância das interações para a inovação e a busca por indicadores. In: CGEE (Orgs.). Bases conceituais em pesquisa, desenvolvimento e inovação: implicações políticas no Brasil. 1a ed. Brasília: Centro de Gestões e Estudos Estratégicos, v. 1, 2010, p. 165-186.

MAZZANTI, M.; ZOBOLI, R. Examining the factors influencing environmental innovations. FEEM, 2006 (Working paper, n. 20).

NELSON. R. R.; WINTER, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge: Harvard University Press, 1982.

NEVES, F. M.; AGUILAR FILHO, H. A. de. Dos paradigmas científicos aos tecnológicos: considerações sobre o uso de uma analogia. Revista Economia Ensaios, v. 26, n. 2, p. 23-32, jan./jun. 2012.

OLTRA, V. Environmental innovation and industrial economics: the contribution of evolutionary economics. DIME, 2008 (Working papers on environmental innovation, n. 7).

PEREZ, C. Technological revolutions and techno-economic paradigms. Cambridge Journal of Economics, v. 34, n. 1, p. 185-202, Jan. 2009.

PODCAMENI, M. G. B. Meio ambiente, inovação e competitividade: uma analise da indústria de transformação brasileira com ênfase no setor de combustível. Dissertação (Mestrado). Rio de Janeiro, Instituto de Economia, UFRJ, 2007.

PODCAMENI, M. G. B.; QUEIROZ, J. M.; CASSIOLATO, J. E.; SOARES, M. C. Innovation systems, development and sustainability: a new productive paradigm? Evidences from Brazil. In: 9th Globelics International Conference. Anais... Buenos Aires, 2011.

PORTER, M.; VAN DER LINDE, C. Verde e competitivo – Acabando com o impasse. In: PORTER, M. E. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1995, p. 371-397.

RENNINGS, K. Redefining innovation: eco-innovation research and the contribution from ecological economics. Ecological Economics, v. 32, p. 319-332, 2000.

REHFELD, K. M.; RENNINGS, K.; ZIEGLER, A. Integrated product policy and environmental product innovations: an empirical analysis. Center for European Economic Research, 2007 (Discussion paper, n. 04-71).

ROMEIRO, A. R.; SALLES FILHO, S. L. Dinâmica de inovações sob restrição ambiental. In: ROMEIRO, A. R.; PHILIP, B. (Orgs.). Economia do meio ambiente: teoria política e a gestão de espaços regionais. 1a ed. Campinas: Unicamp, v. 1, 1997, p. 85-124.

STALLIVIERI, F.; SOUZA, G. J. Processos de aprendizagem e cooperação: uma análise exploratória da influência sobre o desempenho inovativo. Economia Selecta, v. 9, n. 4, p. 151-182, dez. 2008.

STERN, N. The economics of climate change: the stern review. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

VINHA, V. A convenção do desenvolvimento sustentável e as empresas eco-comprometidas. Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade). Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1999.

WILLIAMS, R.; MARKUSSON, N. Knowledge and environmental innovations. In: Blueprint Workshop on Environmental Innovation Systems. Bruxelas, Jan. 2002.

YOUNG, C. E. F.; LUSTOSA, M. C. J.; ANDRADE PEREIRA, A.; ALMEIDA, J. C. Comércio e meio ambiente. Relatório de Pesquisa – Redipea. Rio de Janeiro: IE/UFRJ, 2001.

YOUNG, C. E. F.; QUEIROZ, J. M.; ROCHA, E. R. P. Avaliação dos critérios de sustentabilidade dos financiamentos apoiados pelos Fundos Constitucionais Brasileiros. 2009.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.