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Evolução do grau de sofisticação das exportações brasileiras (2000-2013)
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Palavras-chave

Exportações. Intensidade tecnológica. Sofisticação.

Como Citar

BARAÚNA, Ariane Danielle; HIDALGO, Álvaro Barrantes. Evolução do grau de sofisticação das exportações brasileiras (2000-2013). Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 305–334, 2016. DOI: 10.20396/rbi.v15i2.8649132. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649132. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar a evolução do nível de sofisticação das exportações brasileiras, fazendo uso do índice de sofisticação proposto por Hausmann et al. (2007). Examina- se o grau de sofisticação das exportações brasileiras de forma desagregada, no período 2000 a 2013. O indicador de sofisticação calculado leva em conta também as disparidades existentes entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, bem como as diferenças de qualidade dos produtos conforme sugerido por Xu (2010). Os resultados indicam que a sofisticação das exportações brasileiras vem se deteriorando ao longo dos anos, em especial no segmento de alta intensidade tecnológica. A análise desagregada constata algumas diferenças entre setores. O aumento de produtividade mais notável ocorreu no setor de bens primários, enquanto o comportamento mais estável se deu no segmento de baixa intensidade tecnológica, sendo que os demais setores apresentaram desempenho oscilatório, com tendência decrescente no período recente. Feito o ajustamento para a qualidade dos produtos, a ordenação entre os setores ficou mais evidente, ressaltando as diferenças tecnológicas e de qualidade entre eles. Os valores mínimos (máximos) de produtividade apresentaram expressiva(o) redução (aumento) nos dois grupos de países considerados. Também se constataram diferenças significativas entre os setores de países com distintos níveis de renda. Países em desenvolvimento mostram comportamento mais homogêneo do índice de sofisticação das exportações brasileiras entre os setores do que os desenvolvidos.
https://doi.org/10.20396/rbi.v15i2.8649132
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