Banner Portal
Inovação e geração de conhecimento científico e tecnológico no Brasil: uma análise dos dados de cooperação da Pintec segundo porte e origem de capital
PDF

Palavras-chave

Cooperação universidade-indústria. Pintec-cooperação. Sistema nacional de inovação. Interação e cooperação.

Como Citar

BASTOS, Carlos Pinkusfeld; BRITTO, Jorge. Inovação e geração de conhecimento científico e tecnológico no Brasil: uma análise dos dados de cooperação da Pintec segundo porte e origem de capital. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 16, n. 1, p. 35–62, 2017. DOI: 10.20396/rbi.v16i1.8649139. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649139. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo central a avaliação quantitativa das relações cooperativas desenvolvidas entre a estrutura produtiva brasileira envolvida com atividade inovativa, universidades e centros tecnológicos. A análise aborda essas relações tanto em termos de sua evolução no tempo como segundo características específicas das empresas, tais como porte e origem de capital. O trabalho empírico utiliza tabulações especiais da Pesquisa de Inovação (Pintec), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As evidências apresentadas reforçam a constatação de que esse padrão de interação é bastante complexo e multifacetado, confirmando que variáveis como porte e origem de capital têm impacto relevante sobre a intensidade das relações de cooperação. Na análise temporal constatou-se uma perceptível melhoria dos indicadores que apontam para intensificação de práticas cooperativas na última Pintec (2011). Ainda que outros fatores, tanto micro como macroeconômico, conjunturais devam ser considerados, sugere-se que essa tendência pode representar um vetor positivo no que se refere às perspectivas de desenvolvimento da indústria brasileira.
https://doi.org/10.20396/rbi.v16i1.8649139
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, E. M.; SILVA, L. A.; PÓVOA, L. Diferenciação intersetorial na interação entre empresas e universidades no Brasil. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 95-104, 2005.

ALBUQUERQUE, E. M.; SILVA, L.; RAPINI, M.; SOUZA, S. Interactions between firms and universities in on immature system of innovation: a survey of R&D performer firms in Minas Gerais, Brazil. In: III GLOBELICS CONFERENCE Pretoria, South Africa, 2005. Disponível em: http://www.globelics2005africa.org.za/papers/p0050/index.php.

ALBUQUERQUE, E. M.; SUZIGAN, W.; CARIO, S.; FERNANDES, A.; SHIMA, W.; BRITTO, J.; BARCELOS, A.; RAPINI, M. An investigation on the contribution of universities and research institutes for maturing the Brazilian innnovation system: preliminary results. In: IV GLOBELICS CONFERENCE. Mexico City, 22-24 September 2008.

ALBUQUERQUE, E. M.; SUZIGAN, W.; KRUSS, G.; LEE, K. (Ed.). Developing National Systems of Innovation – university–industry interactions in the global south. [S.l.]: Edward Elgar Publishing, 2015.

ARCHIBUGI, D.; IAMMARINO, S. The globalization of technological innovation: definition and evidence. Review of International Political Economy, v. 9, n. 1, p. 98-122, 2002.

AROCENA, R.; SUTZ, J. Knowledge, innovation and learning: system and policies in the north and in the south. In: CASSIOLATO, J. et al. (Org.). System of innovation and development – Evidences from Brazil. Northampton, MA: Edward Elgar, 2003.

ARZA, V. Chanel, benefits and risks of public-private interactions for knowledge transfer: a conceptual framework inspired by Latin America. Science and Public Police, v.37, n. 7, p. 499-511, 2010.

AZEVEDO, P.; CARIO, S. A. F.; MELO, P. A. As relações universidade e empresa para o desenvolvimento inovativo sob nova perspectiva: a abordagem institucionalista-evolucionária. In: V COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GESTÃO UNIVERSITÁRIA – CIGU. Mar del Plata – Argentina, 2, 3 e 4 de dezembro de 2015.

BEKKERS, R.; FREITAS, I. Analysing knowledge transfer channels between universities and industry: to what degree do sectors also matter? Research Policy, v. 37, n. 10, p,1838-1553, 2008.

BERNARDES, A. T.; ALBUQUERQUE, E da M. Cross-over, thresholds, and interactions between science and technology: lessons for less-developed countries, Research Policy, v. 32, p. 865-885, 2003.

BONACCORSI, A.; PICCALUGA, A. A. Theoretical framework for the evaluation of university-industry relationships. R&D Management, v. 24, n. 3, p. 229-240, 1994.

BRASCOMB, L. M.; KODAMA, F.; FLORIDA, R. Industrializing knowledge – university-industry linkages in Japan and the United States. Cambridge-Londres: The MIT Press, 1999.

BRITO, J.; DEL-VECCHHIO, R. Patterns of university-industry interactions in Brazil: an explanatory analysis using the instrumental of graph theory. Quality & Quantity, v. 48, n. 4, p. 1867-1892, July 2014.

BRITTO, J.; OLIVEIRA, B. F. Padrões setoriais de interação universidade-empresa no Brasil: um mapeamento de competências a partir de informações da pesquisa “Brazil Survey”. Revista de Economia, v. 37, número especial, p. 167-212, 2011.

BRITTO, J.; VARGAS, M. A. A systemic innovation policy with an inclusive perspective: the evolution of the Brazilian policy to the pharmaceutical sector. [S.l.], 2015 (Globelics Working Paper Series, n. 2015-07).

BRITTO, J. N. P.; STALLIVIERI, F. Innovation Policy in Brazil at a Crossroads: Institutional Hysteresis and the Need of Coordination., In: IX GLOBELICS INTERNATIONAL CONFERENCE. Buenos Aires, November 15-17 2011.

CASSIOLATO, J. E.; BRITTO, J.; VARGAS, M. A. Arranjos cooperativos e inovação na indústria brasileira. In: DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S. (Org.). Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: Ipea, 2005. p. 511-576.

COHEN, W. et al. Links and impacts: the influence of public R&D on industrial research. Management Science, v. 48, n. 1, p. 1-23, 2002.

COSTA, A.; RUFFONI, J.; PUFFAL, D. Proximidade geográfica e interação universidade-empresa no Rio Grande do Sul. Revista de Economia, v. 37, n. 3, p. 213-238, 2011.

CUNICO, E.; CIRANI, C. B. S.; TEIXEIRA, C. E.; FREITAS, W. R. S. A estrutura do SNI brasileiro e a cooperação tecnológica como instrumento para geração de inovação na indústria nacional. In: XVI SEMEAD, SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO. Anais...São Paulo: FEA-USP, 2013.

DAGNINO, R. A relação universidade-empresa no Brasil e o “argumento da hélice tripla”. Convergencía Revista de Ciencias Sociales, v. 11, n. 35, p. 253-291, 2004.

DUTRÉNIT, G.; ARZA, V. Channels and benefits of interactions between public research organisations and industry: comparing four Latin American countries. Science and Public Policy, v. 37, n. 7, p. 473-484, 2010.

ETZKOWITZ, H. Hélice tríplice: universidade-industria-governo-inovação em movimento. 1. ed. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2013.

ETZKOWITZ, H.; LEYDERSDORFF, L. The dynamics of innovation: from national systems “mode 2” to a tripe helix of university-industry-government relations. Research Policy, v. 29, n. 2, p. 109-123, 2000.

FERNANDES, A. C.; CAMPELO DE SOUZA, B.; STANFORD SILVA, A.; SUZIGAN, W.; CHAVES, C. V.; ALBUQUERQUE, E, M. Academy-industry links in Brazil: evidence about channels and benefits for firms and researchers. Science and Public Policy, v. 37, n. 7, p. 485-498, 2010.

FUENTES, C.; DUTRÉNIT, G. Best channels of academia–industry interaction for long-term benefit. Research Policy, v. 41, n. 9, p. 1666-1682, 2012.

GARCIA, R.; ARAÚJO, V. C.; MASCARINI, S.; SANTOS, E.G. Os efeitos da proximidade geográfica para o estímulo da interação universidade-empresa. Revista de Economia, v. 37, n. 3, p. 307-330,2011.

GONÇALO, C.; ZANLUCHI, J. B. Relacionamento entre empresa e universidade: uma análise das características de cooperação em um setor intensivo em conhecimento. Base (UNISINOS), v. 8, n. 3, p. 261-272, 2011.

KLEVORICK, A.; LEVIN, R.; NELSON, R.; WINTER, S On the sources and significance of interindustry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, n. 2, p.185-205, 1995.

KUPFER, D.; AVELLAR, A. P. Innovation and cooperation: evidences from the Brazilian innovation survey. In: XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA. Anais... Foz do Iguaçu: Anpec, 2009.

LUNDVALL, B. A. Introduction. In: LUNDVALL, B. A. National Systems of Innovation: towards a Theory of Innovation and Interactive Learning. London: Printer Publishers, 1992.

LUNDVALL, B. The university in the learning economy. [S.l.], 2002 (DRUID Working Paper n. 02-06).

MACHADO, D. Q.; CABRAL, J. E. O.; MATOS, F. R. N. Padrões na utilização de agentes de cooperação para a inovação na indústria de transformação brasileira. Brazilian Business Review, v. 12, n. 1, p. 105-128, jan.-fev. 2015.

MARQUES, R. A.; FREITAS, I. M. B.; SILVA, E. M. P. Colaboração com universidade e as atividades para inovação de empresas brasileiras. Engevista, v. 9, n. 2, p. 112-128, dezembro 2007.

MAZZOLENI, R. Catching up and academic institutions: a comparative study of past national experiences. Journal of Development Studies, v. 44, n. 5, p. 678-700, 2008.

MAZZOLENI, R.; NELSON, R. Public research institutions and economic catch-up. Research Policy, v. 36. p. 1512-1528, 2007.

MELO, L. M.; RAPINI, M. Financing innovation in Brazil: empirical evidence and implicit S&T. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2012.

MOWERY, D.; NELSON, R.; SAMPAT, B.; ZIEDONIS, A. Ivory tower and industrial innovation: university-industry technology transfer before and after the Bayh-Dole Act. Stanford: Stanford University, 2004.

NARIN et al. The increase linkage between U.S. technology and public science. Research Policy,v 26, p. 317-330, 1997.

NOVELI, M.; SEGATTO, A. P. Processo de cooperação universidade-empresa para a inovação tecnológica em um parque tecnológico: evidências empíricas e proposição de um modelo conceitual. Revista de Administração e Inovação, v. 9, n. 1, p. 81-105, 2012.

PARANHOS, J.; HASENCLEVER, L. Industry-university interactions in the pharmaceutical system of innovation: Brazilian and international data. In: DRUID-DIME ACADEMY WINTER PhD CONFERENCE. Aalborg: DRUID-DIME, 2009.

PERKMANN, M.; WALSH, K. Engaging the scholar: three types of academic consulting and their impact on university and industry. Research Policy, v 37, n. 10, p. 1884-1891, 2008.

PINHO, M. A visão das empresas sobre a relação entre universidade e empresas no Brasil: uma análise baseada nas categorias de intensidade tecnológica. Revista de Economia, v. 37, n. 3, p. 279-306, 2011.

PINHO, M.; TORKOMIAN, A. L.V.; SANTOS, M. E. R. As relações entre universidades e empresas no Brasil: mais do que se supõe, menos do que se precisa. In: XIV CONGRESSO IBERO-LATINOAMERICANO DE GESTÃO DA TECNOLOGIA – ALTEC 2015. Porto Alegre, outubro 2015.

PÓVOA, L.; MONSUETO, S. Tamanho das empresas, interação com as universidades e inovação. Revista de Economia, v. 37, n. 3, p. 7-21, 2011.

RAPINI, M.; CASSIOLATO, J. E.; BITTENCOURT P. A relação universidade-indústria no Sistema Nacional de Inovação brasileiro: uma síntese do debate e perspectivas recentes. Rio de Janeiro: IE-UFRJ, 2007 (BRICS Projetc, Research Paper 11/07).

RAPINI, M.; CHIARINI, T.; BITTENCOURT, P. F. Innovation system and development in Latin America: university-industry interactions in Brazil. In: XVIII ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de

Economia Política, 2013.

RAPINI, M. Interação universidade-empresa no Brasil: evidência do diretório dos grupos do CNPq. Estudos Econômicos, v 37, n. 1, p. 211-233, 2007.

RIBEIRO, L.; RUIZ, R. M.; BERNARDES, A. T.; ALBUQUERQUE, E. M. Matrices of science and technology interactions and patterns of structured growth: implications for development. Scientometrics, v 83, n. 1, p. 55-75, 2010.

RIGHI, H. M. O panorama da interação entre universidade e indústria no Brasil. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.RIGHI, H. M.; RAPINI, M. S. Interação universidade-empresa no Brasil em 2002 e 2004: uma aproximação a partir dos grupos de pesquisa do CNPq. Revista Economia, v. 8, n. 2, p. 248-268, 2007.

ROSENBERG, N. Inside the balck box: technology and economics. Cambridge: Cambridge University, 1982.

SCHARTINGER, D.; RAMMER, C.; FRÖHLICH, J. Knowledge interactions between universities and industry in Austria: sectorial patterns and determinants. Research Policy, v. 31, n. 3, p.303-328, Mar. 2002.

SEGATTO, A. P. M.; SBRAGIA, R. O processo de cooperação universidade-empresa em universidades brasileiras. Revista de Administração, v. 37, n. 4, p. 58-71, out./dez. 2002.

SILVA NETO, F.; SANTOS, U. P.; OLIVEIRA, V. P.; CASTRO, P. G.; FRANCO, L. T. M.; NEGRI, F. A interação universidade/instituto público de pesquisa e empresa no Brasil: resultados comparativos entre o relacionamento com empresas nacionais e multinacionais. Revista de Economia, v. 37, n. 3, p. 117-140, 2011.

SILVA, L. A. Padrões de interação entre ciência e tecnologia: uma investigação a partir de estatísticas de artigos e patentes. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Belo Horizonte, 2003.

SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E.; CARIO, S. Em busca da inovação: interação universidade-empresa no Brasil. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2011.

SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. A interação entre universidades e empresas em perspectiva histórica no Brasil. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2008 (Texto para discussão n. 329).

SUZIGAN, W. The underestimated role of universities for the Brazilian system of innovation. Revista de Economia Política, v. 31, n. 1, p. 3-30, 2011.

SUZIGAN, W.; RAPINI, M.; ALBUQUERQUE, E. A changing role for universities in the periphery. Belo Horizonte: Cedeplar-UFMG, 2011 (Textos para discussão, 420).

TETHER, B. S. Who co-operates for innovation, and why. An empirical analysis. Research Policy, v. 31, n. 6, p. 947-967, 2002.

TIJSSEN, R. Universities and industrially relevant science: toward mensurement models and indicators of enterpreneurial orientation. Research Policy, v. 35, n. 10, p. 1569-1585, 2006.

VELHO, L.; SAENZ, T. W. R&D in the public and private sector in Brazil: complements or substitutes? Maastricht, The Netherland: UNU/INTECH, 2002 (UNU/INTECH Discussion Paper, 2002-8).

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.