Banner Portal
Hierarquia e concentração na distribuição regional brasileira de invenções por tipos de tecnologias
PDF

Palavras-chave

Hierarquia urbana. Concentração. Patentes. Regiões inventivas. Brasil

Como Citar

RODRIGUEZ, Rodrigo Siqueira; GONÇALVES, Eduardo. Hierarquia e concentração na distribuição regional brasileira de invenções por tipos de tecnologias. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 16, n. 2, p. 225–266, 2017. DOI: 10.20396/rbi.v16i2.8650107. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8650107. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este artigo propõe uma classificação das regiões brasileiras em função de suas competências tecnológicas, as quais são identificadas por classes tecnológicas, segundo a International Patent Classification – IPC, presentes nos depósitos de patentes (BADEPI/INPI) no período 2000-2011. A classificação é baseada em três indicadores: coeficiente de Zipf, índice de Gini e estatística I de Moran. Os resultados indicam que o grau de hierarquia e concentração em regiões é menor em tecnologias de química de alimentos, engenharia mecânica e civil, sendo tais tecnologias mais presentes em regiões menos centrais. Por outro lado, as tecnologias de engenharia elétrica e telecomunicações, biológicas e nanotecnologias apresentam um grau de hierarquia e concentração maior, sendo dominadas por São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Os padrões de aglomeração indicam a existência de associação espacial positiva destas tecnologias no Sudeste e Sul do Brasil, em particular nas capitais dos estados e na região de Campinas.
https://doi.org/10.20396/rbi.v16i2.8650107
PDF

Referências

ACS, Z. J.; ANSELIN, L.; VARGA, A. Patents and innovation counts as measures of regional production of new knowledge. Research Policy, v. 31, n. 7, p. 1069-1085, 2002.

ALBUQUERQUE, E. da M. Domestic patents and developing countries: arguments for their study and data from Brazil (1980-1995). Research Policy, v. 29, n. 9, p. 1047-1060, 2000.

ANSELIN, L. Spatial econometrics: methods and models. Springer Science & Business Media, 1988.

ANSELIN, L. Local indicators of spatial association – LISA. Geographical Analysis, v. 27, n. 2, p. 93-115, 1995.

ARAÚJO, V. de C. Dimensão local da inovação no Brasil: determinantes e efeitos de proximidade. 2014. 188 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

ARAÚJO, V. de C.; GARCIA, R. Local determinants of innovation and spatial dependence – A Spatial Tobit model applied to Brazilian Micro-regions. In: 42° ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA. Anais... Natal: Anpec, 2014.

ARAÚJO, B. C.; CAVALCANTE, L. R.; ALVES, P. Variáveis proxy para os gastos empresariais em inovação com base no pessoal ocupado técnico-científico disponível na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, v. 5, p. 16-21, 2009.

AUDRETSCH, D. B.; FELDMAN, M. P. R&D spillovers and the geography of innovation and production. The American Economic Review, v. 86, n. 3, p. 630-640, 1996.

AUDRETSCH, D. B.; STEPHAN, P. E. Company-scientist locational links: the case of biotechnology. The American Economic Review, v. 86,n. 3, p. 641-652, 1996.

BARCELOS, V; et al. The use of intellectual property in Brazil. World Intellectual Property Organization, 2014 (Economic Research Working Paper, n. 23).

BAUMONT, C.; ERTUR, C.; GALLO, J. Spatial analysis of employment and population density: the case of the agglomeration of Dijon 1999. Geographical Analysis, v. 36, n. 2, p. 146-176, 2004.

CARLINO, G. A., CHATTERJEE, S.; HUNT, R. M. Urban density and the rate of invention. Journal of Urban Economics, v. 61, n. 3, p. 389-419, 2007.

CARLINO, G,; KERR, W, R. Agglomeration and innovation. National Bureau of Economic Research, 2014.

CEH, B. Regional innovation potential in the United States: evidence of spatial transformation. Papers in Regional Science, v. 80, n, 3, p. 297-316, 2001.

CHRISTALLER, W. Central places in southern Germany. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1966.

DINIZ, C. C.; GONÇALVES, E. Economia do conhecimento e desenvolvimento regional no Brasil. In: DINIZ, C. C.; LEMOS, M. B. (Org.). Economia e território. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2005. p. 131-170.

EUROSTAT. High-tech industry and knowledge intensive services (htec). 2016. Disponível em http://ec.europa.eu/eurostat/cache/metadata/DE/htec_esms.htm. Acesso em: 12 set. 2016.

FELDMAN, M. P. The new economics of innovation, spillovers and agglomeration: a review of empirical studies. Economics of Innovation and New Technology, v. 8, n. 1-2, p. 5-25, 1999.

FELDMAN, M. P.; FLORIDA, R. The geographic sources of innovation: technological infrastructure and product innovation in the United States. Annals of the Association of American Geographers, v. 84, n. 2, p. 210-229, 1994.

FUJITA, M.; KRUGMAN, P. R.; VENABLES, A. J. The spatial economy: cities, regions, and international trade. Cambridge, MA, London, England: MIT Press, 2001.

GARCIA, R. Geografia da inovação. In: RAPINI, M. S.; SILVA, L. A.; ALBUQUERQUE, E. da M. (Org.). Economia da ciência, tecnologia e inovação. População e Economia (UFMG), 2016.

GLAESER E. L.; KALLAL, H. D.; SCHEINKMAN, J. A.; SHLEIFER, A. Growth in cities. Journal of Political Economy, v. 100, n. 6, p. 1126-1152, 1992.

GÓIS SOBRINHO, E. M. G.; AZZONI, C. R. Potencial inovativo da indústria nas regiões brasileiras. Revista Brasileira de Inovação, v. 15, n. 2, p. 275-304, jul./dez. 2016.

GONÇALVES, E. O padrão espacial da atividade inovadora brasileira: uma análise exploratória. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 37, n. 2, p. 405-433, 2007.

GONÇALVES, E.; ALMEIDA, E. Innovation and spatial knowledge spillovers: evidence from Brazilian patent data. Regional Studies, v. 43, n. 4, p. 513-528, 2009.

GONÇALVES, E.; LEMOS, M, B,; NEGRI, J, A, de. The role of firm and territory in innovative activities in Brazilian post-opening economy. Economia Aplicada, v. 15, n. 1, p. 103-130, 2011.

GUERRIERO, V. Power law distribution: method of multi-scale inferential statistics. Journal of Modern Mathematics Frontier, v. 1,n. 1, p. 21-28, 2012.

HIGGS, R. American inventiveness, 1870-1920. The Journal of Political Economy, v. 79, n. 3, p. 661-667, 1971.

HOLMES, T. J.; LEE, S. Cities as six-by-six-mile squares: Zipf ’s law? Agglomeration Economics. Chicago, IL: University of Chicago Press, 2010. p. 105-131.

HSU, W.‐T. Central place theory and city size distribution. The Economic Journal, v. 122, n. 563, p. 903-932, 2012.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Regiões de influência das cidades 2007. Rio de Janeiro, 2008.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão urbano-regional. Rio de Janeiro, 2013.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil. Rio de Janeiro, 2015.

JAFFE, A. B. Real effects of academic research. The American Economic Review, v. 79, n. 5, p. 957-970, 1989.

JAFFE, A.; TRAJTENBERG, M. HENDERSON, R. M.; Geographic localization of knowledge spillovers as evidenced by patent citations. The Quarterly Journal of Economics, v. 108, n. 3, p. 578-598, 1993.

JOHANSSON, B. Generation and diffusion of innovation. In: FISCHER, M. M. Handbook of regional science. Heidelberg: Springer, 2014.

KRUGMAN, P. R. Geography and trade. Cambridge, MA: MIT Press, 1991.

LE GALLO, J.; CHASCO, C. Spatial analysis of urban growth in Spain, 1900-2001. Empirical Economics, v. 34, n. 1, p. 59-80, 2008.

LEMOS, M. B.; CAMPOS, B.; BIAZI, E.; SANTOS, F. Capacitação tecnológica e catching up: o caso das regiões metropolitanas emergentes brasileiras. Revista de Economia Política, v. 26, n. 1, p. 95-118, 2006.

LESAGE, J. P. Spatial econometrics. Regional research institute. Morgantown,WV: West Virginia Univ., 1999.

MALISZEWSKI, P. J.; HUALLACHAIN, B. O. Hierarchy and concentration in the American urban system of technological advance. Papers in Regional Science, v. 91, n. 4, p. 743-758, 2012.

MARSHALL, A. Princípios de economia. São Paulo: Nova Cultural, 1983 (Os Economistas).

MASCARINI, S. Fatores territoriais da inovação: uma análise empírica das relações entre os insumos inovativos e os resultados da inovação aplicada às microrregiões paulistas. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Geociências – Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, 2012.

MCCANN, P.. Schools of thought on economic geography, institutions, and development. In: FISCHER, M. M. Handbook of regional science. Heidelberg: Springer, 2014.

MONTENEGRO, R. L.; GONÇALVES, E.; ALMEIDA, E. Dinâmica espacial e temporal da inovação no estado de São Paulo: uma análise das externalidades de diversificação e especialização. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 41, n. 4, p. 743-776, 2011.

MORENO, R.; PACI, R.; USAI, S. Spatial spillovers and innovation activity in European regions. Environment and Planning A, v. 37, p. 1793-1812, 2005.

MUKIM, M. Does agglomeration boost innovation? An econometric evaluation. Spatial Economic Analysis, v. 7, n. 3, p. 357-380, 2012.

MULLIGAN, G. F. Agglomeration and central place theory: a review of the literature. International Regional Science Review, v. 9, n. 1, p. 1-42, 1984.

NAKAMURA, R.; PAUL, C. J. M. Measuring agglomeration. In: CAPELLO, R.; NIJKAMP, P. (Ed.). Handbook of regional growth and development theories. Cheltenham, UK; Northampton, MA: Edward Elgar Publishing, 2010.

NEWMAN, M. E. J. Power laws, Pareto distributions and Zipf ’s law. Contemporary Physics, v. 46, n. 5, p. 323-351, 2005.

OHLIN, B. International and interregional trade. Harvard Economic Studies, Cambridge, MA: Harvard University Press, 1933.

O’HUALLACHÁIN, B. Patent places: size matters. Journal of Regional Science, v. 39, n. 4, p. 613-636, 1999.

RUIZ, R. M. Estruturas urbanas comparadas: Estados Unidos e Brasil. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 35, n. 4, p. 715-737, 2005.

SCHMOCH, U. Concept of a technology classification for country comparisons. Final report to the world intellectual property organization (WIPO). WIPO, 2008.

SIMÕES, R. F. et al. Centralidades e hierarquia urbana em Minas Gerais: uma visão prospectiva. In: XIV SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA. Anais... Belo Horizonte: Cedeplar, Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

SIMMIE, J. Innovative cities. New York: Routledge, 2003a.

SIMMIE, J. Innovation and urban regions as national and international nodes for the transfer and sharing of knowledge. Regional Studies, v. 37, n. 6-7, p. 607-620, 2003b.

SUZIGAN, W.; FURTADO, J.; GARCIA, R.; SAMPAIO, S. E. K. Inovação e conhecimento: indicadores regionalizados e aplicação a São Paulo. Revista de Economia Contemporânea, v. 10, n. 2, p. 323-356, 2006.

WIPO – World International Pattent Office. International Patent Classification (IPC). Disponível em: http://www.wipo.int/classifications/ipc/en/. Acesso em: 16 jun. 2015.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.