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O discurso da ciência na contemporaneidade: “nada existe a menos que observemos”
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Palavras-chave

Discurso da ciência. Divulgação científica. Paradoxos e rupturas

Como Citar

MARTINS, Marci Fileti. O discurso da ciência na contemporaneidade: “nada existe a menos que observemos”. RUA, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 99–115, 2015. DOI: 10.20396/rua.v15i2.8638861. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638861. Acesso em: 2 dez. 2024.

Resumo

Nesse trabalho, pretendo refletir sobre possíveis paradoxos e rupturas que passam a constituir o discurso científico na atualidade. Isso será feito de forma indireta, já que tomo como observatório o discurso de divulgação científica, através do qual a ciência ganha novos sentidos ao, intensamente, sair dos seus lugares de produção e circulação tradicionais (as instituições acadêmicas com seus papers e congressos por exemplo) para se constituir noutro espaço social e histórico, em que é re-significada através de materiais midiáticos (revistas, jornais, programas de TV, internet). Interessa-me analisar nos materiais de divulgação científica, certos enunciados como “incerteza”, “incompletude”, “imperfeição”, “provisório”, “não pode ser comprovado jamais”, “nada existe a não ser que observemos” e “nós precisamos da incerteza, é o único modo de continuar”, os quais materializam certos sentidos sobre ciência aparentemente conflitantes com o funcionamento de um discurso da ciência concebido tanto “como uma atividade de triagem entre enunciados verdadeiros e enunciados falsos”, quanto como a produção de um sujeito da ciência que está “presente pela sua ausência” (PÊCHEUX, 1975: 1997-98).

https://doi.org/10.20396/rua.v15i2.8638861
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