Banner Portal
O discurso da ciência na contemporaneidade: “nada existe a menos que observemos”
PDF

Palavras-chave

Discurso da ciência. Divulgação científica. Paradoxos e rupturas

Como Citar

MARTINS, Marci Fileti. O discurso da ciência na contemporaneidade: “nada existe a menos que observemos”. RUA, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 99–115, 2015. DOI: 10.20396/rua.v15i2.8638861. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638861. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Nesse trabalho, pretendo refletir sobre possíveis paradoxos e rupturas que passam a constituir o discurso científico na atualidade. Isso será feito de forma indireta, já que tomo como observatório o discurso de divulgação científica, através do qual a ciência ganha novos sentidos ao, intensamente, sair dos seus lugares de produção e circulação tradicionais (as instituições acadêmicas com seus papers e congressos por exemplo) para se constituir noutro espaço social e histórico, em que é re-significada através de materiais midiáticos (revistas, jornais, programas de TV, internet). Interessa-me analisar nos materiais de divulgação científica, certos enunciados como “incerteza”, “incompletude”, “imperfeição”, “provisório”, “não pode ser comprovado jamais”, “nada existe a não ser que observemos” e “nós precisamos da incerteza, é o único modo de continuar”, os quais materializam certos sentidos sobre ciência aparentemente conflitantes com o funcionamento de um discurso da ciência concebido tanto “como uma atividade de triagem entre enunciados verdadeiros e enunciados falsos”, quanto como a produção de um sujeito da ciência que está “presente pela sua ausência” (PÊCHEUX, 1975: 1997-98).

https://doi.org/10.20396/rua.v15i2.8638861
PDF

Referências

BOHR, N.. Física Atômica e Conhecimento Humano. Ensaios 1932-1957. Rio de Janeiro.: Contraponto, 1995.

BUENO, W. Da C. Jornalismo Científico no Brasil: os compromissos de uma prática dependente. SP. Tese (Doutorado). USP, 1984

CHATEAUBRIAND, O. Semântica Formal. 2008. http://edsongil.wordpress.com/2008/08/17/semantica-formal/ visitado em 30/08/2009.

COVALON, R. Consciência Quântica ou Consciência Crítica. 2001. http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica14.htm visitado em 30/08/2009.

GUIMARÃES, C. A. F. Renée Descartes: A Filosofia da Razão. 1997. http://www.geocities.com/Vienna/2809/descartes.html visitado em 30/09/2009.

HAWKING, S. W. Uma Breve Historia do Tempo. São Paulo: Círculo do livro S.A., 1989.

HAWKING, S. W. O Universo numa casca de noz. São Paulo: Editora Mandarim, 2002.

HAWKING, S. W. Os Gênios da Ciência: Sobre o Ombro de Gigantes. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2005.

LYOTARD, J.-F. A Condição Pós-Moderna. Tradução: Ricardo Corrêa Barbosa. Posfácio: Silviano Santiago.7a Edição. Rio de Janeiro. Editora José Olympio, 2002.

MARTINS, M. F. Divulgação Científica e a Heterogeneidade Discursiva: análise de "Uma Breve Historia do Tempo” de Stephen Hawking. In: Linguagem em Discurso v.6, n.2, maio/ago. Editora da Unisul, 2006.

OLIVEIRA, A J. A. A Harmonia Cósmica. 2006. www.pordentrodaciencia.blogspot.com/2006/09/harmonia-csmica.html visitado em 30/08/2009

ORLANDI, E. Autoria e Interpretação. In: Interpretação. Petrópolis: Ed. Vozes, 1996.

ORLANDI, E. Divulgação Científica e Efeito Leitor: Uma Política Social e Urbana in Produção e Circulação do Conhecimento Vol 1 (Org.) Eduardo Guimarães. Campinas-SP: Pontes, CNPq/ Pronex e Núcleo de Jornalismo Científico, 2001.

MARIANI, B. O PCB e a Imprensa. Os comunistas no imaginário dos jornais 1922-1989. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 1998.

PÊCHEUX, M. e FICHANT, M. 1977: Sobre a História das Ciências. Lisboa: Estampa, 1977.

PÊCHEUX, M. 1975. Les Vérités de la Palice. Paris. Mespero. Trad.bras. Semântica e Discurso. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 1988.

PÊCHEUX, M. 1982. Lire l’archive aujourd’hui .Trad.bras. Ler o arquivo hoje. In: Gestos de Leitura. Campinas: Editora da Unicamp, 1994

ROLNIK, S. Subjetividade e História. In: Revista Rua no NUDECRI, UNICAMP, 1995..

SANTOS, R. O Problema do Significado na Teoria da Verdade de Tarski. Instituto de Filosofia da Linguagem. Lisboa. www.ifl.pt/main/Portals/0/ifl/people/pdfs/RSantos6.pdf visitado em 30 de agosto de 2009.

ZAMBONI, L. M. S. Cientistas, Jornalistas e a Divulgação Científica – Subjetividade e Heterogeneidade no Discurso de Divulgação Científica. Campinas-SP: Editora Autores Associados, 2001. Apoio FAPESP.

O periódico RUA utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.