Resumo
Trata-se de uma análise das razões pelas quais um número significativo de alunos negros, de duas escolas públicas da periferia de São Paulo/SP, não apenas se autodenominam 'morenos' como são assim designados por seus colegas brancos. Para compreender este fenômeno, estudou-se de um lado o imaginário destes alunos acerca dos "negros" e, de outro lado, como este imaginário, ao longo da história, se reproduz e é produzido. Examinam-se aqui quadrinhos racistas, destinados ás crianças italianas, produzidos durante o período fascista italianon (publicados por IL Balila entre 1936 e 1939).
Este artigo é dedicado à Aracy Lopes da Silva - em memória -, amiga querida que incentivou e acompanhou este estudo desde seu início.
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