Resumo
A narrativa da construção do Maracanã para a Copa de 1950 foi recheada de disputas simbólicas e de tentativas de se impor novas representações para este espaço urbano. Neste artigo investigamos as narrativas presentes nos jornais O Globo, A Noite, Diário da Noite e Jornal dos Sports atentando para duas questões. A primeira é como a edificação do estádio se tornou um pilar essencial na elaboração discursiva da entrada do país na Modernidade. A segunda é indicar como o espaço urbano do estádio suscitou negociações simbólicas sobre o torcer e ocupar esta construção. Nossa argumentação é que o Maracanã se torna uma mídia urbana, palco para disputas das práticas existentes na cidade que comumente extrapolam o viés esportivo, englobando narrativas políticas, econômicas e sociais.
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