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A escrita subversiva de “n. d. a.”
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Palavras-chave

Marca
Derrida
Realismo grotesco
Bakhtin

Como Citar

GONÇALVES, João Batista Costa; AMARAL, Marcos Roberto dos Santos. A escrita subversiva de “n. d. a.”: um corpo desgarrado e grotesco. RUA, Campinas, SP, v. 25, n. 1, 2019. DOI: 10.20396/rua.v25i1.8655547. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8655547. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

A escrita compreendida conforme deriva estrutural que dissemina sentidos através do deslocamento de relações entre fontes e marcas escriturais configura uma problematização de concepções logocêntricas do ato de escrever e sua legibilidade, as quais se fundamentam, sobretudo, em noções de representação, identidade, autoria e tessitura textual canônica. Nesse sentido, problematizaremos, neste artigo, como a escrita de “n. d. a.”, de Arnaldo Antunes, estrutura-se por relações de sentido que dispensam imperativos de criação que rastreiem uma fonte produtora e um sentido estável, por meio da assunção de imagens do realismo grotesco (BAKHTIN, 1987). Para tanto, fundamentamo-nos em Derrida (1972), especificamente, quando trata da questão da escritura como marca em deriva e da relação dessa questão com a da assinatura; e Bakhtin (1987), quando trata do princípio material e corporal da cultura cômica popular. Enfim, pretendemos indicar que as relações escriturais desconstrutoras características das poesias de “n. d. a.” tecem-se pelo descentramento de práticas de produção discursiva pautadas em relações de sentido reduzidas à identificação de intenção autoral a um texto e à organização de formas discursivas referenciais e objetivas.

https://doi.org/10.20396/rua.v25i1.8655547
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Referências

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