Resumo
A resenha faz uma leitura crítica do livro Roberto Civita: o dono da banca. A vida e as ideia do editor da Veja e da Abril. Propõe-se situar a biografia escrita pelo jornalista Carlos Maranhão no contexto da globalização a partir da definição elaborada por Santos (2000). O argumento é a que obra coloca Civita como um empresário de sucesso que pautou a opinião pública, mas que não foi capaz de entender o funcionamento da sociedade em rede, de acordo com a definição de Castells (2003). Além disso, o livro relata como o dono da Veja era responsável por colocar os interesses econômicos acima dos valores deontológicos da profissão (KOVACH; ROSENSTIEL, 2004) sem, no entanto, deixar para o leitor essa transgressão da ética jornalística evidente. A obra, portanto, possui um valor de memória e é rica em informações obtidas por meio de entrevistas e pesquisa no acervo da Editora Abril, mas deixa de mencionar
os processos judiciais contra a empresa.
Referências
CASTELLS, Manuel. Internet e sociedade em rede. IN: MORAES, Dênis de (org). Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2012.
KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os Elementos do Jornalismo. São Paulo: GeraçãoEditorial, 2004.
LAGO, Cláudia; ROMANCINI, Richard. História do Jornalismo no Brasil. Florianópolis: Insular.
MARANHÃO, Carlos. Roberto Civita: o dono da banca — A vida e as ideias do editor da Veja e da Abril. São Paulo: Companhia das Letras, 2016
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