Banner Portal
Novas evidências empíricas sobre a dinâmica trimestral do consumo agregado das famílias brasileiras no período 1995-2009
PDF

Palavras-chave

Consumo trimestral das famílias brasileiras. Renda disponível do setor privado. Cointegração com quebras estruturais. Modelos de espaço-estado. Modelos de alternância de regimes markovianos

Como Citar

SCHETTINI, Bernardo Patta; SANTOS, Cláudio Hamilton Matos; AMITRANO, Cláudio Roberto; SQUEF, Gabriel Coelho; RIBEIRO, Márcio Bruno; GOUVÊA, Raphael Rocha; ORAIR, Rodrigo Octávio; MARTINEZ, Thiago Sevilhano. Novas evidências empíricas sobre a dinâmica trimestral do consumo agregado das famílias brasileiras no período 1995-2009. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 21, n. 3, p. 607–641, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642279. Acesso em: 16 ago. 2024.

Resumo

Este trabalho apresenta especificações econométricas inéditas para o consumo agregado das famílias brasileiras em níveis trimestrais, no período 1995-2009. Argumenta-se, em particular, que a utilização de aproximações trimestrais da renda disponível do setor privado (a preços de 1995 encadeados), do crédito disponibilizado às famílias brasileiras (em % do PIB) e (de uma proxy) da taxa de juros real da economia como variáveis explicativas da dinâmica trimestral do consumo agregado dessas famílias gera modelos com elevado grau de ajuste “dentro da amostra” e “fora da amostra”. Tais modelos sugerem, ainda, uma elasticidade-renda (privada, excluindo rendas líquidas de propriedade) próxima de 0,4 e semielasticidades-crédito e taxa de juros da ordem de 2% e -2% para o consumo agregado das famílias brasileiras.

Abstract

This paper presents new econometric specifications for the quarterly behavior of aggregate consumption of Brazilian households from 1995 to 2009. It is argued, in particular, that the use of quarterly measures of both private disposable income (in chained 1995 prices), the credit granted to households (as a % of GDP) and a proxy for real interest rates as explanatory variables for the level of quarterly household consumption lead to well adjusted models “within the sample” with good “out of sample” performance. Moreover, the models presented in this paper point to values of the (approximated) private income elasticity around 0.4 and credit and interest (semi) elasticities of household consumption around 2% and -2%, respectively.

Keywords: Quarterly aggregate consumption of Brazilian households; private disposable income; cointegration models with structural breaks; state-space models; markov-switching models.

PDF

Referências

ABE, R. H. Consumo no Brasil: quebras estruturais e suavização do consumo. Tese (Doutorado) – FGV/SP. Disponível em: <http://virtualbib.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/4316/ Regis%20Augusto%20Hideshi%20Abe.pdf?sequence=4>. Acesso em:05 abr. 2010.

BEECHEY, M.; HJALMARSSON, E.; OSTERHOLM, P. Testing the sxpectations hypothesis when interest rates are near integrated. Journal of Banking and Finance, v. 33, n. 5, p. 934- 943, 2009.

CAMPBELL, J. Y.; MANKIW, G. Consumption, income and interest rates: reinterpreting the time series evidence. In: OLIVIER, J. B.; FISCHER, S. (Org.). National Bureau of Economic Research Macroeconomics Annual. Cambridge, MA: MIT Press, 1989. p. 185-216.

CAVALCANTI, M. A. F. H. Um modelo macroeconométrico trimestral para o Brasil: possibilidades, limitações e resultados. Rio de Janeiro: IPEA, 2000. Mimeo.

CAVALCANTI, M. A. F. H. et al. Principais características do modelo macroeconômico do IPEA. Rio de Janeiro: IPEA, 2002. Mimeo.

CEPAL. The reaction of the governments of the Americas to the international crisis: an overview of policy measures up to 31 December 2009. Santiago do Chile, 2010.

COMMANDEUR, J. J. F; KOOPMAN, S. J. An introduction to state space time series analysis. Oxford: Oxford University Press, 2007.

DICKEY, D. A; FULLER, W. A. Likelihood ratio statistics for autoregressive time series with a Unit Root. Econometrica, 49, p.1057-1079, 1981.

ENDERS, W. Applied econometric time series. 3rd. ed. New Jersey: Wiley, 2010.

ENGLE, R. F.; GRANGER, C. W. J. Co-integration e error correction: representation, estimation, and testing. Econometrica, v. 55, n. 2, p. 251-276, 1987.

FLAVIN, M. The adjustment of consumption to changing expectations about income. Journal of Political Economy, v. 89, n. 5, p. 974-1009, 1981.

FRANSES, P. H.; HALDRUP, N. The effects of additive outliers on tests for unit roots and cointegration. Journal of Business and Economic Statistics, v. 12, p. 471-478, 1994.

GOMES, F. A. R. Consumo no Brasil: teoria da renda permanente, formação de hábito e restrição à liquidez. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 58, n. 3, p. 381-402, 2004.

GOMES, F. A. R. Consumo no Brasil: comportamento otimizador, restrição de crédito ou miopia? Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 64, n. 3, p. 261-275, 2010.

GOMES, F. A. R; FRANCHINI, D. S. The stationarity of consumption income ratios: evidence from South American countries. Economia Aplicada, v. 3, n. 4, p. 463-479, 2009.

GOMES, F. A. R; ISSLER, J. V.; SALVATO, M. A. Principais características do consumo de duráveis no Brasil e testes de separabilidade entre duráveis e não-duráveis. Revista Brasileira de Economia, v. 59, n. 1, p. 33-60, 2005.

GOMES, F. A. R; PAZ, L. S. Especificações para a função consumo: testes para países da América do Sul. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 34, n. 1, p. 39-56, 2004.

GRANGER, C. W. Empirical modeling in economics: specification and evaluation. Cambridge: Cambridge University Press, [1998].

GREGORY, A. W.; HANSEN, B. E. Residual-based tests for cointegration in models with regime shifts. Journal of Econometrics, v. 70, n. 1, p. 99-126, [1996].

HALL, R. E. Stochastic implications of the life cycle-permanent income hypothesis: theory and evidence. Journal of Political Economy, v. 86, n. 6, p. 971-987, [1978].

HAMILTON, J. D. Time series analysis. Princeton University Press, 1994.

HARRIS, R. I. D. Using cointegration analysis in econometric modelling. Essex: Prentice Hall, 1995.

HARVEY, A. C. Forecasting, structural time series models and the Kalman Filter. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

HJALMARSSON, E.; OSTERHOLM, P. A residual-based cointegration test for near unit root variables. Washington: Board of Governors of the Federal Reserve System. International Finance, 2007. (Discussion Papers, n. 907).

HJALMARSSON, E.; OSTERHOLM, P. Testing for cointegration using the Johansen methodology when variables are near integrated: size distortions and partial remedies. A ser publicado em Empirical Economics, 2010.

IBGE. Contas Nacionais Trimestrais: Indicadores de Volume e Valores Correntes. Jul./Set. 2006. Coordenação de Contas Nacionais. Rio de Janeiro, 2006.

IBGE. Sistema de Contas Nacionais - Brasil 2003-2007. Coordenação de Contas Nacionais. Rio de Janeiro, 2009.

IBGE. Contas Nacionais Trimestrais: Indicadores de Volume e Valores Correntes - Nova Série Janeiro/Março 2010. Coordenação de Contas Nacionais. Rio de Janeiro, 2010.

ISSLER, J. V.; ROCHA, F. Consumo e restrição à liquidez e bem estar no Brasil. Revista de Economia Aplicada, v. 4, n. 4, p. 637-665, 2000.

JOHANSEN, S. Interpretation of cointegrating coefficients in cointegrated vector autoregressive model. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, v. 67, n. 1, p. 93-104, 2005.

KROLZIG, H. M. Markov switching vector autoregressions. Modelling, statistical inferenceand application to business cycle analysis. Berlin: Springer-Verlag, 1997.

LEE, J; STRAZICICH, M. C. Minimum LM unit root test with two structural breaks. Review of Economics and Statistics, 63, p.1082-1089, 2003.

LEE, J; STRAZICICH, M. C .(2004). Minimum LM unit root test with one structural break. Appalachian State University (Working Paper). Disponível em: <http://econ.appstate.edu/ RePEc/pdf/wp0417.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2010.

LEYBOURNE, S.; NEWBOLD, P. Spurious rejections by cointegration tests induced by structural breaks. Applied Economics, 35, p. 1.117-1.121, 2003.

MUINHOS, M. K.; ALVES, S. A. L. (2003). Medium-size macroeconomic model for the Brazilian economy. (Working Paper Series, n. 64). Disponível em: < http://www.bcb.gov.br/ pec/wps/ingl/wps64.pdf>. Acesso em: 14 maio 2006.

PATTERSON, K. An introduction to applied econometrics: a time series approach. Palgrave Macmillan, 2000.

PAZ, L. S. Consumption in Brazil: myopia or liquidity constraints? A simple test using quarterly data. Applied Economic Letters, 12, p. 961-964, 2006.

PAZ, L. S; GOMES, F. A. R. (2008). Consumption in South America: myopia or liquidity constraints? (IBMEC Working Paper, n. 101). Disponível em: < http://www.insper.edu.br/ sites/default/files/2008_wpe156.pdf>. Acesso em: 10 abril 2010.

PERRON, P. The great crash, the oil price shock and the unit root hypothesis. Econometrica, v. 57, p. 1361-1401, 1989.

QUANTITATIVE MICRO SOFTWARE. E-Views 4 Users’ Guide. Irvine, Califórnia, 2001.

REIS, E. et al. Renda permanente e poupança precaucional: evidências empíricas para o Brasil no passado recente. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 28, n. 2, ago. 1998.

REIS, E. Model for projections and simulations of the Brazilian economy. IPEA, 1999. (Texto para Discussão, n. 619).

SANTOS, C. H. dos; MACEDO E SILVA, A. C; RIBEIRO, M. B. Uma metodologia de estimação da carga tributária líquida brasileira trimestral no período 1995-2009. Revista de Economia Contemporânea, v. 14, n. 2, p. 209-236, maio/ago. 2010.

SANTOS, C. H. dos; COSTA, F. R. Uma metodologia de estimação da carga tributária bruta brasileira em níveis trimestrais. Economia Aplicada, v. 12, n. 4, p. 581-606, 2008.

SHEA, J. Myopia, liquidity constraints, and aggregate consumption: a simple test. Journal of Money, Credit and Banking, 27, p. 798-805, 1995.

ZIVOT, E.; ANDREWS, D. W. K. Further evidence on the great crash, the oil price shock and the unit root hypothesis. Journal of Business and Economic Statistics, v. 10, p. 251-270, 1992.

O periódico Economia e Sociedade disponibiliza todos os conteúdos em acesso aberto, através da plataforma SciELO, e usa uma licença aberta para preservar a integridade dos direitos autorais dos artigos em ambiente de acesso aberto.

O periódico adotou até Abril/2015 a licença Creative Commons do tipo BY-NC. A partir de Maio/2015 a licença em uso é do tipo Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), disponível no seguinte link: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt

Autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo e informações apresentadas em seus manuscritos.

O periódico Economia e Sociedade encoraja os Autores a autoarquivar seus manuscritos aceitos, publicando-os em blogs pessoais, repositórios institucionais e mídias sociais acadêmicas, bem como postando-os em suas mídias sociais pessoais, desde que seja incluída a citação completa à versão do website da revista.

Downloads

Não há dados estatísticos.